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Sergio Pires

Primeira Mão - 01/12/10


Primeira Mão - 01/12/10 - Gente de Opinião


O JEITINHO PARA BURLAR A LEI E

ANDAR BÊBADO PELAS RUAS DO BRASIL

Há algumas coisas que as autoridades vão empurrando com a barriga, não enfrentam na hora certa e depois, têm que gastar mais tempo, mais gente e mais dinheiro, porque o problema, antes pequeno, torna-se enorme. O caso do crime organizado no Rio de Janeiro é um deles. Tivesse tomada a decisão de atacá-lo há duas décadas, não teria havido uma guerra civil e tantos mortos e feridos. Mas, como sempre, antes tarde do que nunca. O mesmo pode-se dizer em relação ao trânsito. Décadas de descaso e impunidade ensinaram os motoristas brasileiros a não respeitar a legislação, a se lixar para os outros, a ignorar os mais elementares cuidados. Quando pego, sempre protegido pelo jeitinho brasileiro e pela impunidade que adoramos, não importa que crime de trânsito tenha cometido, o infrator sempre se saiu bem. De uns tempos para cá, começou-se a querer finalmente humanizar e organizar o trânsito. Empacou tudo de novo na falta de decisão e no amor eterno à impunidade.

Veja-se, como exemplo, a questão dos bêbados que assolam nossas ruas, pilotando seus veículos como se fosse armas. Criada a Lei Seca, imaginou-se que, até que enfim, os criminosos do trânsito pagariam por seus crimes. Nada disso. Eles continuam trafegando como se nada lhes atingisse. Se não quiserem, não fazem o teste do bafômetro. Sem o teste do bafômetro, mesmo que o sujeito esteja cambaleando, não há prova de que ele estivesse embriagado quando causou acidentes, mortes, tragédias. Pior que tudo isso é que ninguém fica ruborizado. Nem o governo que criou uma lei pífia; nem os policiais que prendem bêbados mas nada podem fazer contra eles; nem o Judiciário que não manda para a cadeia este tipo de gente. O único ruborizado, mas não de vergonha, é o motorista embriagado. Enquanto não passa o efeito da cachaça, ele está vermelho. Depois, tudo volta ao normal para ele. Menos para suas vítimas, aleijadas ou mortas.

  

DESCANSO

Ninguém é de ferro. Por isso, o governador eleito Confúcio Moura deu um stop na sua correria, para recuperar forças e voltar a mil para anunciar seu secretariado. Ele viajou ontem à noite para um rápido descanso, que não teve desde que iniciou sua campanha eleitoral. Volta em alguns dias.

 

QUEBRA CABEÇA

Ao retornar, Confúcio já terá praticamente todo o seu secretariado montado. Vai anunciar os nomes a partir do dia 10. Ele está conseguindo montar um grande quebra-cabeça, dando espaço para os principais aliados. Só não abriu mão de uma coisa: todos os indicados terão que ter ficha limpa.

 

SEM DIÁLOGO

Esse quesito eliminou vários pretendentes, alguns com grande chance de chegar ao secretariado. Mesmo a pedido de alguns dos mais importantes aliados, Confúcio disse que não poderia atender por causa de problemas dos indicados com a Justiça. Praticamente em tudo o mais ele abre o diálogo. No caso ficha suja, não.

 

CALA BOCA

Havia quem estava doido para que se concretizasse a boataria de que o governo Cahulla não cumpriria seus compromissos de final de mandato. Os fofoqueiros de plantão deram-se mal. Como desde o primeiro mês da atual administração, o pagamento do pessoal de novembro foi feito dentro do mês. Um cala boca nas cassandras.

 

ALGUNS FICAM?

Nem todos os ocupantes de cargos comissionados do atual governo serão defenestrados por Confúcio Moura. Há casos, raros, diga-se de passagem, em que os atuais ocupantes de postos de segundo escalão para baixo, ficarão onde estão. Dentro de algum tempo, saberemos se a informação de bastidores é real ou apenas conversa.

 

NOME NOVO

Por enquanto, Confúcio só anunciou o nome do novo comandante do Corpo de Bombeiros, o coronel Ubiraja Caetano. Mas há outros definidos. O jovem Júlio Olivar, jornalista e radialista, nome do PC do B de Vilhena, estará na equipe. Deve assumir a cultura ou o turismo. Foi convidado e aceitou.

 

PRIMEIRÃO

Júlio, aliás, é uma nova liderança no cone sul do Estado. Praticamente sozinho, lutou contra forças políticas poderosas na sua região, foi um dos primeiros a se aliar à candidatura de Confúcio e, como parceiro de primeiro hora, foi também um dos primeiros a ser convocado.

SEDUC E DETRAN

O governador eleito tem dois problemas complexos para definir nos próximos dias. O primeiro deles é a Seduc, que estaria na cota do senador do PDT, Acir Gurgacz. Confúcio ainda não definiu o nome, entre os sugeridos. O outro é o Detran, uma máquina de fazer dinheiro e para onde há pelo menos dez candidatos para o comando. Nos dias de descanso, Confúcio terá que definir a situação nos dois casos.

 

DOIS MESES

Na Assembléia, os dias são de tensão e conversas sem fim. A disputa pela Mesa Diretora continua fervilhando e toda a semana surgem novos candidatos à Presidência. Os três grupos que já estão formados tentam cooptar votos dos seus concorrentes. Faltam ainda dois meses para a decisão.

 

COVARDÕES

Na guerra do Rio, viu-se como são covardes os bandidões. Quando têm que enfrentar a polícia, em condições de igualdade, correm desesperados. Só atacam pobres coitados, desarmados.     

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Fonte: Sergio Pires  - ibanezpvh@yahoo.com.br
 
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