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Leo Ladeia

Politica & Murupi - O voto norteia o país. Ao fim e ao cabo, o povo é que manda!


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O Congresso Nacional arrebentou o cabresto e 26 duplas velozes saíram desembestados abandonando na estrada a carruagem forrada de veludo vermelho acetinado da Alta Corte do país com seus príncipes embasbacados, sem entender o que houve. Um duro golpe no orgulho de cada um. Como se atreveram? Ontem pela manhã alguns poucos registros da imprensa falavam do estrago que a maioria dos senadores e com um agora (será?) corajoso Pacheco haviam provocado no Poder Judiciário especialmente no STF e seu puxadinho eleitoral. O Antagonista trazia em manchete: “Integrantes do STF se sentiram “traídos” após aprovação de PEC” e seguia, “Na visão dos integrantes do Supremo, a aprovação do texto que limita decisões monocráticas do STF foi uma “provocação desnecessária. Integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) se sentiram traídos tanto pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quanto pelo líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões individuais dos ministros”. Lembrei Augusto dos Anjos – “A mão que afaga é mesma que apedreja” por entender que a traição só ocorre entre íntimos ou associados...

A sofrência maior é de Sêo Barroso, advogado que foi guindado ao píncaro da gloria jurídica tornando-se presidente do STF e que, ainda se acomodando à cadeira e cheio de ideias para consertar o Executivo, a Constituição, o Congresso, a Democracia, o Estado Democrático de Direito, o País, os “manés perdidos” recebeu um petardo pela proa, justo quando estava no timão vendo a carta náutica que previa tempo bom e “Mar de Almirante”. Para integrantes do STF Jaques Wagner destruiu pontes que o governo Lula construía com o Supremo e um deles tem opinião forte: “Não esperem mais que o Tribunal facilite a vida de Lula”. Além de Wagner, caso difícil é o de Pacheco pois os quase futuros colegas - ele era opção para integrar o STF - estranharam seu empenho para aprovar a PEC, tendo até conseguido votos do Otto Alencar (PSD-BA), Daniela Ribeiro (PSD-PB) e Mara Gabrilli (PSD-SP). Vamos meditar com a Raja Yoga.

O que ocorreu de tão importante com o “Capacho Pacheco” vestindo a capa de um herói Marvel? Ora, sua coragem era menor que o sub-átomo de alguma coisica, mas o Zema de Minas pediu que ele fizesse uma ponte com Lula e, só para variar, Zema tomou um chá de cadeira do “homi” e se pirulitou. Pacheco sentiu o golpe. Rifado para a vaga do STF, não aguentou as pressões da imprensa, parlamento e claro, de eleitor mineiro que queriam vê-lo lutando de capa e espada pelo estado que deve muito à União e tem Lule e seus agregados querendo pegar esse débito e transformar em crédito e cacife político. Abandonado, ouvindo cobras e lagartos, vendo os “negócios advocatícios” indo para a “Casa do Crica” e percebendo a desconfiança do seu eleitorado, Pacheco capitulou e cresceu, ainda que a contragosto. Afinal é da natureza aguentar o pisoteio e provo com a sua afirmação antes de colocar a PEC em votação: "Não há nenhum tipo de afronta, nem tampouco, nenhum tipo de retaliação, absolutamente. O que nós estamos buscando fazer no Congresso Nacional é o aprimoramento da legislação e o aprimoramento da Constituição Federal para garantir que os poderes funcionem bem", enquanto mantem sob a parte final de sua coluna vertebral os processos de impeachment contra vários ministros do STF e enquanto não se esquece as ordens que recebeu da Corte. É um “sopro pachequista de barata” antes de dar a mordida.

Com relação a Jaques Wagner duas leituras: a aprovação da PEC eram favas contadas pois a articulação do Planalto foi pífia. Sem uma boa mão Wagner entregou o jogo saindo maior do que entrou ainda que perdendo um jogo sem chance. De mais a mais, deu um pau no esquerdismo lambe-botas de Rui Costa, Randolfe, Cantarato e Humberto Costa e abriu fretas para seu futuro onde só o poste Haddad tenta alçar voo. No frigir dos ovos para qualquer lado que se volte percebe-se que no Brasil há um novo eleitor mais politizado, que não acredita na velha imprensa ca(*)ando regras pelos jornais nacionais e que vive cada vez mais nas redes sociais interagindo, vendo e ouvindo muito. Para os novos tempos, surgiram as novas armas para as velhas práticas. Como diria Elba Ramalho, “o povo não é besta”. Mas e o STF o que fará? Engolir a seco ou partir para o desforço? Fico com a segunda alternativa. Aliás, Sêo Gilmar, aquele advogado que dá expediente no STF já disse que lá no STF não existem covardes e que os que votaram a favor da PEC são pigmeus morais (ou quis dizer Moraes?) E sobre o Congresso? Acredito que alguém com o rabo preso vai dar uma de João sem Braço e entregar a rapadura e aposto pelas antigas e agora novas ligações – a esposa dele trabalha no STF – em Randolfe Rodrigues. E para não esquecer da Globo, a frase da Globo News foi protocolar, poética, madura e medrosa: “Acabou a lua de mel do STF com Lula.” Esqueceram de citar que para quem deu a presidência a Lula, tudo é possível e o establishment vence. Se o jogo é truco, o Senado tem o Zap mas não sabe usar ou talvez não tenha coragem de usar.   

               

2-O ÚLTIMO PINGO

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1-O STF pegou um rebanho de gado humano e socou dentro de duas penitenciárias em Brasília para resolver, punir, multar ou algo do tipo desde o dia 9 de janeiro. 10 meses e tem gado preso sem saber porque e nem os advogados conhecem o processo que mais parece coletivo, dado ao teor das sentenças.

2-No meio desse gado estava um cidadão doente. Ao falar dele e de uma intercorrencia médico-judicial – deve existir isso aí – o Sêo Barroso disse que todo dia morrem quatro presos no país, porém não descreveu o que significa ser um indivídio preso que é o sentenciado julgado depois do processo judicial. Sêo Barroso não disse o nome do preso mas disse que morreu “possivelmente de causas naturais“, contrariando a PGR que havia pedido sua soltura, negada pelo STF, face aos graves problemas de saúde. Acho que o tal pedido entrou no rol daquelas saídas jurídicas para não responder as irrespondíveis: a famosa “perdeu mané”.

3-O STF refez tudo que foi quebrado pelos manifestantes, terroristas, bandidos ou patriotas, de acordo com o gosto do freguês, mas há um cadáver e perdão pela redundância, devidamente morto no salão. Os cadáveres tem essa mania odienta de permanecerem imóveis como se estivessem mortos, esperando que alguém assine atestado de óbito, chore, acenda vela, etc. O “decujus” pois Sêo Barroso não disse o nome na nota burocrática, bem estilo STF, vem a ser CLERISTON DA CUNHA, o Clezão para os amigos e a família. 

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