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Leo Ladeia

Politica & Murupi - O paradoxo chamado Brasil


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Enquanto Lula faz um discurso correto e previsível na COP 28 cobrando a participação efetiva e a divisão de responsabilidades das outras nações sobre temas ambientais, rejeitando a pecha de grande satã da floresta, infelizmente a fotografia mostra Marina Silva a princesa da Amazônia, a seca na região, os rios secando, barcos ancorados a léguas de distância do leito, Manaus debaixo de fumaça, o fogo destruindo vários “campos de futebol” e ela entre os presentes tentando montar uma fala que explique aquilo que é inexplicável: Marina não quer o petróleo da foz do Amazonas, mas lhe falta argumento para estruturar seus motivos e sobram razões para que vejamos por trás do seu mutismo ou dos entraves linguísticos as combatidas ONGS, que convivem com ela na Amazônia, com seu beneplácito e simpatia e sem sequer piscarem sobre os 22 milhões de humanos esquecidos e que formam um caldo de caboclos,  ribeirinhos, agricultores, pecuaristas, pescadores, comerciantes, crianças, índios, comerciantes, enfim as gentes da “Rain Forest”. Enquanto fala e bem, reconheço, vemos o Brasil que desejamos passando – que afronta para um país tão rico - o chapéu para angariar fundos, para salvar o Brasil real e paradoxal. Entre os ricos somos um país de pobres e em nosso país continuamos pobres, ignorantes e dependentes de sovinas.

O Brasil arrecada demais do seu povo para gastar demais com a sua elite – o tal establishment que falo sempre – e com obras e investimentos mal planejados e mal executados. Vivemos numa capital sem esgoto, com água tratada para metade da população. O desemprego no Brasil está estacionado em 7,5% e a taxa de desalentados – os que já não procuram mais emprego – está em 20%. A educação vai mal e dados oficiais mostram 2,5 milhões de crianças fora de creches. Óbvio que isso tem impacto sobre outros dados. Por mês 3 mil pessoas morrem no trânsito. As mortes violentas principalmente homicídios nos mostram números maiores que dos países em guerra e as cadeias estão cheias. Somos um país que mata a fome do mundo mas que deixa seu povo morrer à míngua, sem moradia, sem educação e sem futuro.

E para não aumentar a lamúria, o Brasil está formando ou aprimorando o seu consórcio de sanguessugas com os três poderes constituídos da república: “NINGUÉM SOLTA A MÃO DE NINGUÉM” ou “MEXEU COM UM, MEXEU COM TODOS”. Esta semana foi pródiga em exemplos, mas o mais recente é do Artur Lira. Deu n’“O Estadão” diz: A cúpula da Câmara articula, em conjunto com o Supremo Tribunal Federal (STF), uma estratégia para segurar o máximo possível a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os poderes da Corte. Aprovada pelo Senado no último dia 22, a proposta precisa ser pautada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que tem feito reuniões com o ministro do Supremo Gilmar Mendes, na tentativa de engavetar a PEC. A ideia é resgatar um projeto alternativo, de autoria do deputado Marcos Pereira, vice-presidente da Câmara, mais ameno do que a PEC. O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e foi apelidado como “PL da Moderação dos Poderes”. Convenhamos que é algo vergonhoso, indecente, imoral e covarde, mas se está bomm para eles, que siga então a mula véia e que as melancias se arrumem sozinhas na carroça.

Mas nem tudo está perdido. Vez por outra surge uma brisa: a OAB pôs a boca no trombone, senadores – parte – também e até parte da velha imprensa dos jornalões teve coragem de dizer que o STF erra ao condenar o jornalismo pela fala de um entrevistado. Convenhamos, para dona Carmem isso pode ser aceito após o feriado, para Lule a democracia é relativa e para Dino o tempo da liberdade absoluta não existe. Para nós, passados na casca do alho e que vivemos o período da ditadura, é censura e ditadura! 


2-O ÚLTIMO PINGO

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Pois é né... Então aquela possibilidade cantada e decantada como real de que o governador de Rondônia e seu vice fossem passados na navalha foi só fantasia apesar de tantas provas, as agora pseudo-provas, levantadas, arquivadas, mostradas, relatadas, etc., etc., etc., era só o desejo e a ilusão? E como é que fica agora? Bagatolli continua Senador, Marcos Rocha continua Coronel e Governador e Sergio Gonçalves vice e irmão de Junior Gonçalves que continua Chefe da Casa Civil? Mas se tudo eram favas contadas como é que a feijoada desandou e agora o que se vê é só “Banda de Tambaqui Assado”? E quanto foi gasto com esse processo rolando na justiça durante esse tempo todo? Alguém vai pagar o prejuízo? Calma. Tudo isso é só retórica. Não responda e nem leve a sério, pois não creio em possibilidades concretas ou vice-versa. Só em Natal e nos presentes de Papai Noel. Entendeu? Jura que não? Então tá certo... Deixa quieto!

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