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Leo Ladeia

Politica & Murupi - Comemorando a vida três anos após a Covid


Politica & Murupi - Comemorando a vida três anos após a Covid - Gente de Opinião
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Há exatos três anos eu saia do hospital depois de ficar 22 dias internado para tratar das múltiplas consequências da COVID. Ficamos internados no mesmo quarto eu e a minha esposa e diferente dela, meu quadro se agravou rapidamente. Estive como descreveu Zé de Nana, “no bico do urubu”. O pulmão do ex-fumante compulsivo por 50 anos estava comprometido em 80%. Tive medo e durante algumas noites olhava para a minha esposa no leito ao lado e em rápido processo de cura e me via afundando rumo ao desconhecido. Fiquei dependente de tudo, depressivo, deitado num torpor, meio ausente, sem noção de horas ou dias. Uma providência foi relevante para a minha recuperação. Em razão de minha condição de ex-fumante pedi ao Dr. Wanssa que me deixasse num quarto, não me intubasse e nem me levasse para a UTI. Naquele período ainda não havia vacina no mundo ne tampouco um protocolo médico científico confiável. O que existia mesmo, e muito, era a desinformação que foi o maior problema para os doentes e a classe médica que atuava com recursos financeiros e técnicos escassos e enfrentando algo novo sem registros relatados na cultura médica. Eu havia tomado o kit COVID à base de Ivermectina, cloroquina, vitamina C, D, pouco saia de casa sempre com máscara, trabalhava em um ambiente esterilizado, mas apesar dos cuidados fui infectado por um candidato em campanha que estava contaminado e que esqueci e baixei a guarda quando ele me pediu para tirar uma foto sem máscara ao seu lado. A contaminação foi rápida e logo estava eu na fila da morte. Saí do hospital no dia 15 de novembro, no segundo turno da eleição para prefeito e com máscara, com dificuldade para respirar e de me locomover. Passei pelo Maj. Guapindaia e cumpri minha obrigação de votar. Hoje, comemorando a vida e agradecendo a Deus e muita gente que trabalhou para minha recuperação inclusive depois de sair do hospital para reduzir as sequelas que a doença deixou, lembrei-me daquela eleição que foi vencida por Hildon Chaves e refleti sobre as mudanças que ocorreram a partir daquele ponto em termos eleitorais. A próxima eleição, eu nem sonhava, seria um filme de terror! Há três anos em novembro de 2020 o TSE era um apêndice do STF, um anexo administrativo, um  departamento ou seção om o pomposo nome de TRIBUNAL SUPERIOR, mas que não enfeixava tanto poder quanto hoje e que passou a ter em 2022, quando o Brasil dividido se preparava para a eleição mais disputada que se tem notícia.

Estamos no limiar de um novo ano eleitoral e me pergunto como será o TSE do ano que vem? O voluntarismo de Sêo Alexandre Moraes terá se transformado em regra comportamental do tal anexo? E o establishment irá atuar e ditar os caminhos outra vez? A polarização irá ocorrer de novo? Quem serão os atores polos da política que estarão sob a lupa de mais um advogado, o Sêo Kassio Nunes, feito ministro do STF por indicação de Sêo Bolsonaro? Aliás, excetuando-se o Sêo Luiz Fux que atuou como juiz, os nove restantes são advogados ou membros do MP. Juiz de carreira no STF e nas Altas Cortes é como orelha de freira e isso nos leva a uma reflexão: se as Altas Cortes são majoritariamente formadas por advogados por que nesta quadra nacional os advogados que atuam no processo do 8 de janeiro são tão desrespeitados e por que a OAB não se insurge? Mistérios da justiça e do direito devo crer.

Bem, se do STF e do TSE, já se sabe quase tudo faltando apenas a indicação do 11º nome para substituir a também juíza de carreira Rosa Weber, que foi aposentada por idade. E se das Altas Cortes quase tudo sabemos, na seara política a mistura de tatu com cobra é grande e ninguém se arrisca – salvo raras exceções e Rondônia é uma exceção – a citar nomes com tradição para gerenciar seus estados. Futuro incerto e soturno. Com o STF forte, imiscuindo-se na vida nacional além do permitido e com uma classe política atabalhoada, espera-se uma eleição de novo bastante judicializada. Uma pena porque o grande ator – o povo – ficará alijado da disputa.


2-O ÚLTIMO PINGO

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Sêo Dino, Ministro da Justiça e das forças de segurança deve estar com um “urubudino azarex” agarrado em sua corcunda. Depois da saia justa para o Itamaraty negando que a MOSSAD forças israelenses atuaram aqui no Brasil junto com a “sua PF” – possivelmente sem ele saber – na captura de terroristas pintou a visita do tráfico batendo às portas do seu palácio de justiça e segurança. Luciane Barbosa Farias, mulher do chefe da facção Comando Vermelho no Amazonas, conhecida como “dama do tráfico”, foi levada ao Ministério da Justiça para duas agendas na pasta, pela advogada Janira Rocha, ex-deputada federal pelo PSOL. Para o Zé de Nana, “é coisa de desparafusar o umbigo e cair a bunda no chão”.  Sêo Dino diz que fake news apesar das fotos, o Boulos diz que é coisa de bolsonarista,apesar das fotos e para a oposição isso é batom na cueca. Antigamente o nome disso era fogo amigo, mas no Brasil de hoje, fogo só na floresta de Dona Marina. Sobre amigos é bom lembrar o filósofo Fu Manchu, mago dos importados: “amigos, amigos, negócios à parte com Xing Ling”. 

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