Terça-feira, 2 de dezembro de 2025 - 12h20

Dos anos 90 para cá,
a tecnologia tem avançado com bastante rapidez e está presente no nosso dia a
dia. Seja um condomínio com portaria eletrônica, um pedido no restaurante por
meio de um QRcode, o agendamento de uma consulta, a solicitação de um carro por
aplicativo, a busca de um endereço no Waze ou até mesmo uma chamada de vídeo –
que não substitui a presença física, mas encurta distâncias entre parentes e
amigos, principalmente em datas especiais como as festas de final de ano que
estão se aproximando. Com demandas específicas, mas também repassando dicas
importantes de segurança, as aulas de Tecnologia da Informação têm ajudado e
acolhido alunos do Super Cérebro Longevidade na capital cearense.
Levando em
consideração que a população brasileira está envelhecendo e rápido, com a
previsão dos idosos serem o maior grupo etário do país em 2046, inseri-los
nesse mundo tecnológico requer empatia e respeito às mudanças que a idade
carrega. Formado em Processamento de Dados – atualmente TI -, Administração, Comércio
Exterior e Direito, Umberto Nanni trabalha há pelo menos uma década
exclusivamente com pessoas a partir dos 45 anos. “Essa combinação me permite
transitar bem entre tecnologia, negócios, pessoas e os desafios que a
longevidade traz para o nosso dia a dia”, explica.
Professor no Super
Cérebro Longevidade, sede Aldeota, em Fortaleza (CE), Umberto Nanni conta que
nesse método, além de seguir um cronograma padrão útil para todos, há a
possibilidade de entender a necessidade individual e adaptar o conteúdo. Em
resumo, o aluno tem flexibilidade para direcionar o aprendizado de tecnologia
de acordo com a sua própria vida. “Eles chegam com um conhecimento bem básico e
um grande desejo de ter mais segurança e autonomia no dia a dia. O medo existe
– medo de mexer, de apagar algo, de “estragar” o celular, de cair em golpe –,
mas esse medo vem acompanhado de uma vontade sincera de aprender. Meu trabalho
é transformar esse medo em confiança”, diz o professor.
Mesmo que de forma
limitada, as pessoas acima de 60 anos já têm o hábito de utilizar o aplicativo
de conversas on-line WhatsApp, seja mandando mensagens, gravando áudios e, às
vezes, encaminhando uma foto. Com uma aula mensal no cronograma de atividades
do Super Cérebro Longevidade, mas podendo aumentar de acordo com a necessidade
e o interesse dos alunos, o primeiro contato costuma ser tímido e chegam até a
dizer que não sabem o que perguntar. Bastam algumas aulas e eles aparecem com
uma listinha de dúvidas anotadas – desde mensagens que receberam e não
entenderam até funções novas e algo que mexeu e não deu certo.
Luciana Jucá Martins
(59) e Renata Brasil (60) têm em comum a vontade de se tornarem independentes
quando o assunto é tecnologia. Alunas do Super Cérebro Longevidade, elas já
evoluíram bastante. A primeira, advogada, comemora o fato de conseguir utilizar
serviços digitais no dia a dia sem precisar mais pedir ajuda aos familiares e
amigos. “Hoje em dia, eu tenho mais facilidade para interagir em grupos de
mensagens, cursos on-line, fazer compras e até programar uma viagem”, explica.
Formada em Ciências Econômicas, Renata também recorria aos parentes quando
tinha alguma dificuldade com os aplicativos do celular. “A tecnologia é um dos
principais motores de inovação e desenvolvimento de uma sociedade moderna. Hoje
em dia eu mesmo utilizo o Waze, faço reserva em restaurantes e compras em lojas
virtuais com muita facilidade e segurança”, conta.
“Com o tempo, mudam
nossa atenção, nossa visão, nossa memória. Então, os estímulos e os conhecimentos
precisam ser adaptados a essa fase da vida. Muitas vezes, algo simples, como
aumentar o tamanho da letra no celular, já gera um avanço enorme: a pessoa
passa a enxergar melhor, a ler mensagens com tranquilidade e a usar recursos
que antes evitava justamente por não conseguir visualizar. Não é só tecnologia.
É sobre devolver autonomia”
Professor Umberto Nanni

De acordo com a franqueada do Super Cérebro Longevidade em Fortaleza, Danniela Rolim Medeiros, a tecnologia é um conhecimento inclusivo e fundamental atualmente. “Dar a possibilidade aos nossos alunos de ter essa independência e não precisar esperar alguém em casa que tenha disponibilidade de tempo para ajudar, é fantástico. Sem falar que eles se sentem úteis e inseridos nessa nova realidade”, comemora. Geralmente, quando um idoso pede ajuda ao sentir dificuldade de manusear um aparelho de telefone ou mesmo um computador, o mais comum é a outra pessoa pegar o equipamento e fazer. Desta forma, o idoso não aprende e vai sempre precisar de alguém que o ajude.
O professor Umberto Nanni observa que o maior desafio é mostrar que eles são capazes. “Quando a pessoa acredita nisso, o difícil passa a ser apenas uma etapa natural do aprendizado”, ressalta. No Super Cérebro Longevidade o estímulo cognitivo por meio da tecnologia acontece de forma bastante ampla. Sem que o aluno tenha a percepção de uma prova, o trabalho em sala de aula engloba leitura (por meio de mensagens, notícias e e-mails); comunicação (escrita, gravação de áudios e respostas a diferentes pessoas); criatividade (busca de músicas, vídeos e demais conteúdos que despertem curiosidade) e inclusão social (interação em grupos de família no WhatsApp, envio de fotos e relatos de acontecimentos).
“Talvez você se lembre de quando começou a andar de bicicleta. Seus pais seguravam a bicicleta, você provavelmente caiu algumas vezes, eles te levantaram, te incentivaram… até que você conseguiu seguir sozinho. Hoje, quando chegamos aos nossos pais e avós e ‘resolvemos’ todas as dúvidas tecnológicas por eles – pegamos o celular, fazemos tudo por conta própria e devolvemos já pronto –, muitas vezes achamos que estamos ajudando. Mas, na prática, podemos estar tirando deles, aos poucos, a sensação de ser e de sentir-se vivo, capaz e atuante”
Professor Umberto Nanni
Estatísticas:
- 88% da população com 10 anos ou mais acessaram a internet regularmente em 2023
- 66% da população com 60 anos ou mais acessaram a internet regularmente em 2023
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
- 69,4% dos brasileiros acima de 60 anos ou mais usavam a internet em 2024, ante 44,8% em 2019
- Dos 52% dos idosos que não utilizam internet, 66% não sabem utilizar a tecnologia
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
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