Quinta-feira, 4 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Silvio Persivo

A implacável lei de quem não faz


A implacável lei de quem não faz - Gente de Opinião

A frase, atribuída a Neném Prancha, de que quem não faz gol leva resume o que foi a rodada de hoje da Copa do Mundo do Catar. O jogo entre Coréia do Sul e Portugal foi o mais importante do grupo H porque, dependendo de seu resultado, qualquer coisa que acontecesse no outro jogo seria pouco importante. Não foi assim. O jogo havia começado, logo aos 4 minutos, Ricardo Horta, depois de uma jogada de Dalot pelo lado direito, abriu o placar. A Coreia, sem opção, foi para o ataque e balançou as redes, aos 16 minutos, com Kim Jin-Su, mas o gol foi anulado por impedimento. Só, aos 26 minutos, com Kim Young-Gwon, num escanteio chegariam ao empate. Depois do gol, Portugal voltou dominar a partida e teve  as melhores chances de fazer o segundo gol. Também, no segundo tempo, a posse de bola era do time português que não conseguia criar oportunidades efetivas de gol. Son, o Zorro, foi quem incomodou e, no final, aos 45 minutos, puxou o contra-ataque enfiou, com maestria, a bola nos pés de Hwang Hee-Chan, que só teve o trabalho de desviar  de Diogo Costa e garantir a vaga para as oitavas de final. Nem sem sofrimento, é verdade, tiveram que esperar Gana impedir um terceiro gol do Uruguai, que classificaria os sul-americanos. No grupo G algo similar aconteceu com o Brasil com menos emoção. O Brasil desde que a bola começou a rolar teve o domínio da posse de bola contra Camarões. Mas, apesar das escapadas de Antony e de Martinelli pelas pontas e de Rodrigo, pelo meio, não surgiram chances efetivas de gol. Só  Martinelli, com uma cabeçada, aos 13 minutos, ficou numa posição melhor para abrir o placar. A ironia é que Mbeumo proporcionou o primeiro perigo para a meta brasileira na Copa, aos 47 minutos, obrigando Ederson a fazer uma grande defesa. No segundo tempo o  Brasil voltou a dominar o jogo e a desperdiçar chances de ser mais efetivo. Até fez o goleiro Epassy realizar algumas defesas importantes. Mas nem mesmo as  trocas, colocando Bruno Guimarães, Everton Ribeiro e Marquinhos, no lugar do lesionado Alex Telles, melhorou a capacidade de chegar com perigo ao gol de Camarões. Gabriel Jesus, desaparecido, só foi substituído tardiamente por Pedro. E mesmo este, que teve duas oportunidades, parecia que desaprendeu como concluir. Algumas conclusões brasileiras em direção ao gol foram ridículas. Bruno Guimarães, então, devia ter sido treinado para aprender a chutar. E, de novo, o castigo aconteceu: numa jogada perfeita dos camaroneses, aos 46 minutos, Ngom cruzou na área e Aboubakar com uma cabeçada certeira,  deixou Ederson, sem pai nem mãe, olhando a bola entrar. Foi uma despedida gloriosa de Camarões da Copa e, certamente, merecida. Jogaram com seriedade, empenho e fizeram o que faz diferença: o gol. Um castigo para Tite, que errou muito na escalação e no tempo de fazer as mudanças. O Brasil, é fato, acabou em primeiro lugar por causa do outro jogo onde a Suiça fez 3x2 na Sérvia. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 4 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Como melhorar o processo de decisões

Como melhorar o processo de decisões

O que mais influencia as decisões humanas não é, como advogaram os economistas clássicos, a visão do Homo Economicus, ou seja, apenas o racionalismo

Um Estudo de Desenvolvimento Econômico em Edição Limitada

Um Estudo de Desenvolvimento Econômico em Edição Limitada

Agora vou tratar de fazer o lançamento do livro "Um Estudo do Desenvolvimento Econômico-Conceitos, Teoria, Prática". Escrever um livro sobre desenv

Organizando a morte: no ritmo do candomblé, da ciência e da memória

Organizando a morte: no ritmo do candomblé, da ciência e da memória

Vou me valer do candomblé, que nos lembra uma verdade profunda: a morte não é um fim abrupto, mas uma transição. "Continuidade, não fim" é a essênc

A urgência de cursos modernos de economia para um mundo em transformação

A urgência de cursos modernos de economia para um mundo em transformação

Na semana do Economista precisamos falar sobre um tema muito importante e atual: a necessidade de investir em cursos de economia modernos e na forma

Gente de Opinião Quinta-feira, 4 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)