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Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 28/05


POLÍTICA & MURUPI

 

FRASE DO DIA

‘Eu, por exemplo, há muito tempo não sou nomeado para qualquer CPI porque só se nomeiam as pessoas da absoluta confiança (...) do governo que leva, faz de conta, finge, mente e não resolve nada’.– Senador Pedro Simon reserva moral do país.

Pauta política de 01 a 10

 

01-Rouba mas faz:

Porque aceitamos o rouba mas faz? Suponha que um estado precise comprar camionetes e que o governador do tal estado tenha ligações com uma loja de veículos. A compra vai ser feita na “loja do homem”, a qualquer preço. Nada de preço mais baixo. Roubou mas fez. Quanto custa e quem ganha com isso? O preço pago a mais foi roubado e fará falta à saúde, segurança, educação, etc. Perdem todos e ganha o governador e o dono da loja. O exemplo existe todos os dias em qualquer lugar do Brasil e são tantos os casos e tantos ladrões que a sociedade ficou anestesiada. Quem rouba não faz. Quem rouba é apenas um ladrão a mais.

 

02-O custo do rouba mas faz:

A corrupção custa ao Brasil R$1,5 bilhão por ano em perdas indiretas, fora os desvios dos cofres públicos. Isso corrói como os investimentos, a educação, a credibilidade do país e gera inflação ou gastos do governo. Essas perdas equivalem a 0,08% do PIB brasileiro e revelam uma relação perversa. Para cada 1 ponto nos índices de corrupção, a sociedade é penalizada em 7,5 pontos percentuais em impostos. Nossa carga tributária é de 40%. Se você gosta de fazer contas utilize a regra de três e calcule quanto é a corrupção no Brasil. O Banco Mundial diz que o mundo movimenta US$1 trilhão em propinas a cada ano. Rouba mas faz o que?

 

03-Rondônia bem na foto:

14 estados dentre os quais Rondônia e todos os outros da Região Norte, podem aumentar o seu nível de endividamento tomando mais empréstimos, por terem feito o dever de casa como gosta de dizer Ivo Cassol. Estão com dívidas inferiores ao que manda a lei que é de uma vez a receita líquida real anual. Estamos muito bem. Somos um estado novo com carências de toda sorte, passamos por momentos difíceis tendo que demitir funcionários no governo Bianco e pagamos até hoje pela gestão desastrada do BC frente ao Beron. Nosso futuro promete.

 

04-Levando uma bola nas costas:

Está quase fechado o acordo entre Furnas/Odebrecht e o Ministério do Meio Ambiente para a bendita licença ambiental, com a assinatura de uma espécie de Termo de Ajuste de Conduta, com o compromisso de revisão de alguns pontos do relatório que o Ibama. Se tudo andar como está previsto, esta semana o prego estará batido e a ponta virada. A costura começou com ministra Marina Silva se dando conta de que havia sido rifada pelo Ibama. A solução técnica alinhavada, passou por uma solução política para fortalecer a permanência da Ministra Marina Silva à frente da pasta.

 

05-A Alagoas o que é de Alagoas:

Hoje às 16 horas Renan Calheiros, Presidente do Congresso do Brasil vai subir à tribuna do Senado para explicar ao país como é difícil a vida de um pai para dar sustento aos seus filhos. Deve mostrar que um pecuarista de Alagoas ganha tanto dinheiro que precisa da ajuda de um lobista para carregar os envelopes e falar de armação política e da imprensa. Bem vestido, aos olhos da nação estará nu, explicando o inexplicável e recebendo o apoio dos seus pares. Optar pela moralidade é o caminho possível para dar ao Congresso a condição de Poder. Isso implica em expurgos e o primeiro seria Renan Calheiros. A democracia suporta se preciso for.

 

06-Renan, um zumbi no Senado:

"É chute mesmo, não é projeto executivo. É só um documento para o Renan pressionar a Dilma na liberação do recurso" a frase é de Adeilson Bezerra, secretário de Infra Estrutura de Alagoas grampeado pela PF e, Renan Calheiros com certeza vai falar sobre ela. Não hoje é claro, pois o discurso está pronto e mexer pode complicar. Como nas novelas da TV, é preciso que a trama de cada capítulo seja explicada em separado e para isso é preciso de tempo. A mentira precisa ter a cara e o jeito de verdade, mas nunca deixará de ser mentira. 

 

07-O panorama visto da ponte:

“A reportagem o colocou sob suspeita. Isso não quer dizer que o senador Renan seja culpado ou tenha qualquer culpa. Até que provem o contrário, ele é inocente. Ou seja, se há insinuações, que se investiguem essas insinuações e se estabeleça um critério para avaliar se ele é culpado ou se é inocente. Nós temos processo de investigação e vamos investigar”. Esse foi o discurso “óbvio lulante” do presidente Lula hoje pelo rádio. Enquanto Renan se afoga, Lula apenas observa sem nada poder fazer. Nestas horas o silêncio é de ouro.

  

08-Prisioneiros VIPs:

O tipo de crime e o perfil dos criminosos vão acabar mudando velhos hábitos policiais no país. Algemas por exemplo, já estão sendo consideradas como instrumentos de tortura. Algema e camburão soa para os três “Ps”: pobre, preto e prostituta. Fora esses três, preso com algema no braço só por duas causas: falta de prestígio determinada por desgraça pessoal irreversível ou abuso de autoridade da polícia. Isso nada tem a ver com direitos humanos. É que a elite do poder entrou de cabeça no crime e deseja tratamento diferenciado se por acaso, “a casa cair”.

 

09-Blindagem ampla, geral e irrestrita:

De joelhos com o seu presidente, o Congresso resolveu dificultar a divulgação de descobertas semelhantes às da Operação Navalha. Está sendo moldada uma PEC que, a pretexto de garantir a completa autonomia da instituição, pretende impedir o vazamento de investigações em andamento. Seriam eliminados os vínculos financeiros e administrativos entre o governo e a PF. O presidente da República continuaria a indicar o superintendente, mas a nomeação estaria condicionada a uma sabatina no Senado. A idéia não é impedir o erro e sim impedir que o erro seja divulgado. Nosso Congresso é um espetáculo de “non sense”

 

10-Outra blindagem:

Uma nova unidade orçamentária no Siafi será criada para todas as obras do PAC que ultrapassarem o valor de R$ 10,4 milhões e que sejam realizadas em parceria com Estados e municípios. A idéia é olhar com lupa de aumento cada convênio firmado durante o período de execução. A medida tem origem a partir dos resultados de escuta telefônica e provas de movimentos dos picaretas obtidos pela PF com a Operação Navalha, que já mostram fraudes em licitações de obras do PAC.

 

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