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Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 20/08


POLÍTICA & MURUPI

 

FRASE DO DIA

“Eu só não quero é me meter em bola dividida” – Deputado Antonio Palocci em sua nova fase no Congresso: fazer amigos e influenciar pessoas.

Pauta política de 01 a 10

01-De Paulo Queiroz a Larry Rohter:

Li ontem o texto do Davi Nogueira - www.tudorondonia.com sobre Paulo Queiroz e, por acaso, a entrevista com Larry Rohter - O Estado de São Paulo. Do texto do Davi destaco: “Paulo Queiroz tem sido, não apenas um mordaz crítico do Governo Federal, mas um semeador de meias verdades que tentam se cristalizar como se fossem verdades absolutas.” Do Larry Rohter destaco: “Governar é fazer coisas. E fazer jornalismo é criticar. A crítica é um elemento-chave na profissão”. Volto ao Larry: “Crítica injusta sempre dói, não importa de onde venha.” E finalizo com uma frase que é marca na minha vida: A imprensa existe para ser livre. Não para ser justa.

 

02-Reformando a reforma agrária:

A revista Época traz uma instigante reportagem sobre a reforma agrária e que tem como mérito, propor uma reflexão sobre o modelo medieval adotado no Brasil. Oportuna, numa época em que duas outras questões envolvem o campo e o meio ambiente. O Brasil de novo se inclina para a monocultura da cana em função do sucesso em que se transforma o biodíesel como alavanca das exportações. A outra questão diz respeito a nós amazônidas. A revista levanta o véu de um tema sobre o qual há muitas divergências e quase que apenas uma convergência: A Amazônia carece de um modelo de desenvolvimento sustentável. Para ler e refletir.

 

03-Extrema ousadia:

A revista Veja além da obrigação prazerosa de bater no Renan Calheiros, levanta a suspeita de que grampos telefônicos ilegais estejam captando os segredos dos magistrados do STF. A PF contesta, mas três ministros foram duros e incriminadores ao falar sobre o assunto. Numa hora em que o STF se prepara para o julgamento dos mensaleiros, a reportagem joga mais gasolina num grande incêndio e que pode ter conseqüências maiores que o simples fato de julgar 40 pessoas. O fato é grave e se verdadeiro merece uma punição exemplar. Urge uma revisão sobre a segurança e sigilo de dados oficiais em qualquer um dos poderes. E Abin, na moita.

 

04-O estado contra a violência:

O nome é Pronasci, é uma espécie de PAC da Segurança e será lançado hoje. A previsão de investimentos é de R$ 6.707 bilhões até 2012. Para este ano já estão reservados R$ 483 milhões e com a promessa de que não sofrerão contingenciamentos. O Pronasci envolve ações integradas nas 11 regiões metropolitanas mais violentas do país, a saber: Brasília, Vitória, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Recife, Maceió, Salvador, Curitiba Porto Alegre. A novidade é que será uma ação de governo e com a participação da União, estados e municípios e focada na segurança como um todo. Agora é torcer para dar certo. Ou vai ou racha.

 

05-Mensalão – o começo do fim:

Independente da decisão do STF em acolher ou não, a denúncia do processo do “mensalão”, o Procurador Geral da República remeterá mais provas para a análise da Corte, reforçando as acusações que já fez. É que em paralelo, a Receita Federal revela num relatório, que as multas aplicadas até agora aos trambiqueiros já atingem um valor expressivo: R$ 284 milhões. E mesmo passíveis de contestação, representam a prova material do ilícito. O STF deve decidir esta semana se transforma o inquérito do mensalão numa ação penal. Quanto às prisões que todos gostaríamos de ver, aí são outros quinhentos, pois a justiça é a lesma lerda de sempre.

 

06-Mensalão – o fim do começo:

Já está quase conclusa a denúncia contra a maracutaia do “mensalão tucano” ou “valerioduto mineiro”. A denúncia será apresentada pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, o mesmo que denunciou a “quadrilha dos 40”. Além de Valério e Azeredo, entra na roda Cláudio Mourão, caixa de campanha de Azeredo ao governo de Minas. Mourão atuou na captação de dinheiro junto a empresas privadas, e como bom mineiro, bem quietinho, meteu a mão em verbas públicas. Mesmo que a denúncia contra 40 não seja aceita, o mensalão mineiro já está na roda e só esperando que se abram as portas da esperança. É esperar e torcer.

 

07-Nos bastidores da crise mundial:

Com toda propriedade, Lula esbanjou otimismo hoje no seu programa de rádio: "Este país é um país sério, governado com seriedade, nós aprendemos a fazer a lição de casa. Ou seja, quando muitos ficavam gritando pela imprensa que nós deveríamos gastar, nós resolvemos economizar e hoje nós temos a estabilidade macroeconômica necessária, as reservas necessárias para que possamos dizer: a crise que está acontecendo não vai afetar o Brasil", disse. Como todo mundo enfiou a viola no saco e como ninguém sabe o tamanho da crise, o melhor é acreditar no Lula. 

 

08-A revolução silenciosa da miséria:

Não apenas o FED, o poderoso banco central americano, mas os bancos centrais da Europa, Japão e Ásia resolveram usar o mesmo remédio que o Brasil tomou quando o sistema bancário esteve às portas da bancarrota. O Proerd brasileiro, uma espécie de soro caseiro, para bancos desidratados, virou de uma hora para outra, a panacéia para a crise financeira nascida no lucrativo mercado imobiliário americano. Vão surgir explicações técnicas para o fato, mas pode estar nascendo uma nova era. O mercado, pilar do capitalismo, pode ter dado sinais de fadiga, corroído pela miséria e pela fome agindo como ácido. Miséria e fomes atacam as estruturas e em qualquer país. Até nos EUA.

 

09-Façam o que digo e não o que faço:

O senador Almeida Lima da tropa de choque de Renan Calheiros contratou dois sobrinhos e uma prima, mas não considera isso nepotismo. Para ele, nepotismo seria ter parentes em todas as vagas do gabinete Ouça o que ele diz: "Não voto que proíba marido, mulher, filho, nada, não tem esse negócio de primeiro grau, segundo e terceiro, nada. Estabelece uma cota. Por exemplo, prefeito. A administração tem 300 cargos em comissão. Se você não puder ter ali três, quatro, cinco, seis pessoas da sua relação de parentesco, que mundo cão é esse?". Quem vê o virulento senador vociferando moralidade da tribuna do senado estranha. Por fora bela viola.

 

10-Para não esquecer do Renan:

Renan conseguiu ficar mais uma semana na presidência do Senado. A tática está dando certo e as críticas começam a se restringir à revista Veja e, mesmo no Senado a oposição sente que não pode manter a obstrução para sempre. Matérias importantes estão atrapalhando a vida dos próprios senadores e uma bomba política pode ser detonada a qualquer hora. Uma aliança PT e PSDB para resolver a questão da CPMF está sendo costurada. Enquanto isso, Renan vive, se é que se pode chamar a isso de vida, pelos corredores como um zumbi. Pensa que é senador e pior, acha que é presidente. Ao Severino, rei do baixo clero contrapõe Renan o bufão da corte.

 
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