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Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 14/08


POLÍTICA & MURUPI

 

FRASE DO DIA

– "Não sei o que ele disse ou deixou de dizer. Isso não importa." – Ministro Jobim sobre o presidente da Anac que é contra aumentar o espaço entre poltronas dos aviões.

Pauta política de 01 a 10

01-Um vivo morto-vivo:

O boato começou em Brasília e se espalhou. Melki havia morrido. Luto oficial decretado, choro, aulas suspensas e tudo o mais que um ilustre defunto político tem direito. Enfarto, seqüestro, teorias conspiratórias e tristeza decorrente da prisão, tudo foi escarafunchado para explicar a morte. Só faltava mesmo o “de cujus” Melki está vivo e se alguma coisa lhe falta é só o celular, origem de toda a confusão. “Eu vi a cara da morte e ela estava viva”, cantou Cazuza. Diferente do poeta, Melki, “o Lázaro”, devidamente morto por algumas horas, conheceu em vida o desfecho de sua própria morte. Um privilégio que poucos têm. 

 

02-Cai o primeiro:

Lino Rossi é o primeiro dos ex-deputados da máfia das sanguessugas a ser preso. Rossi foi denunciado pelo MPF de Mato Grosso, acusado de lavagem de dinheiro, corrupção e formação de quadrilha. Embolsou no rumoroso caso, através de licitações fraudadas, uso de emendas parlamentares ao Orçamento da União e venda de ambulâncias a preços superfaturados cerca de R$ 3 milhões. É o primeiro, mas não o único. Quanto a pagar pelo crime que cometeu e devolver o dinheiro roubado, bem, aí são outros quinhentos. A justiça é aquela lesma lerda.

 

03-A hora e a vez do mensalão:

Apesar de todo mundo saber que o mensalão nunca existiu, a justiça insiste na tese e no dia 22 de agosto, acontece o início do julgamento. O Procurador Geral da República terá uma hora para justificar a sua denúncia contra 40 ilibados cidadãos, dentre eles, José Dirceu e o “China”, Luiz Gushiken. Perda de tempo. Como duvidar da palavra de um cidadão da estirpe do Zé Dirceu? Acreditar na verdade da justiça é diminuir a capacidade intelectual de um dos maiores gênios na arte de enganar. Zé Dirceu é um gênio e gênios não se sentam nos bancos dos réus.   

 

04-Fraco de idéia, fraco de gestão:

Cabe à Anac, regular os assuntos ligados à aviação civil, dentro de normas pré-existentes ou criadas por exigências da sociedade, da segurança, etc. Mas o presidente da Agência, o fracote Milton Zuanazzi, inovou e o órgão fará consulta pública sobre o espaço que deve existir entre as poltronas dos aviões. Milton quer evitar problemas de segurança como evacuar um avião em 90 segundos, como se esvaziar um avião cheio fosse mais fácil. Embromação! A Anac não precisa de opinião. Precisa de regras, o que se faz exercendo o poder que a agência deveria ter e não tem, por incapacidade de encarar uma briga com o duopólio aéreo no Brasil. TAM e GOL.

 

05-Glossário do Léo - provisório:

Provisório significa temporário, ou seja tem relação com tempo. Não o tempo da meteorologia e sim o tempo do Einstein, aquele tal que é relativo. Calma. Veja a CPMF. Criada no tempo em que a saúde precisava de grana, com o tempo mudou de função e hoje tem outros fins, como ajudar na governabilidade. Uma votação importante como votar a própria CPMF, custa dinheiro. E afinal o que é uma CPMFizinha de nada na pujante economia brasileira? A CPMF continua sendo provisória, mas de longo prazo. Logo, provisório é tudo aquilo que é permanente por algum tempo. Entendeu? Glossário do Léo: Não é só isso, mas é quase como se assim fosse.

 

06-Agregando valor:

A ministra, Dilma Rousseff, defendeu a idéia de que o Brasil exporte o biocombustível em lugar da matéria-prima. Para Dilma a União Européia quer "nos especializar como fornecedores de matéria-prima, o que não é interessante". O Brasil terá que atender às exigências de mercado e das leis dos EUA, União Européia e Japão, tendo em conta padrões de sustentabilidade, regras trabalhistas e rigor no que se refere ao meio ambiente de forma a impedir a criação de barreiras no futuro. Detentor da biomassa, das condições para produzir e de tecnologia inovadora, o Brasil não pode perder o momento. É preciso agregar valor ao nosso novo produto.

 

07-Pondo na reta:

O usineiro João Lyra fez algo incomum. Declarou-se sócio de Renan Calheiros num esquema que envolve “laranjas”, correndo o risco de responder pelo crime de falsidade ideológica. Para Renan é mentira do desafeto. Para o Senado, não. A denúncia feita pela Veja e confirmada por João Lyra será motivo de mais um processo contra o presidente do Senado. Lyra diz não ter provas da sociedade secreta, um argumento para defesa do Renan. Um rolo dessa magnitude abre caminho para uma devassa fiscal. Mas será que o Senado encara? Lyra fez o que Renan insinua que outros senadores fizeram. Mas se um boi arrombar a cerca, o resto vai atrás. 

 

08-Preparando o suco:

Uma semana depois do Renan ter sido acusado de usar laranjas para ser proprietário de uma rádio, o Ministério das Comunicações decidiu fazer um recadastramento no setor. Todas as empresas de rádio e TV no Brasil terão que enviar em 60 dias, informações sobre a composição do capital social, quadro de diretores, procuradores com poder de gerência, endereço e nome fantasia. Até aqui, morreu Neves. Na seqüência, se entrar a Receita Federal e PF que a porca pode torcer o rabo. Se espremer bem, o volume de suco de laranja vai entrar para o Guiness.

 

09-Lanche azedo:

Não convidem para dividir o mesmo lanche num avião, o Ministro Nelson Jobim da Defesa e o atrapalhado Presidente da Anac, Milton Zuanazzi. A relação entre os dois foi pras cucuias logo na primeira reunião do Conac dirigida pelo ministro da Defesa, que se sentiu ludibriado pelo presidente da Anac. Os dois haviam tido uma conversa prévia e acertado como seria o discurso na hora da reunião. Aí Zuanazzi “mijou na arvinha” e diante dos demais participantes, disse que determinada ordem de Jobim seria impossível de cumprir. Assinou a própria sentença de morte.

 

10-Fechando o piquete:

A “ex-gestante” vai encaminhar hoje ao Conselho de Ética os comprovantes de depósitos de R$ 12 mil mensais que recebia de Renan Calheiros como pensão alimentícia informal. A pedido da PF, os relatores do processo pediram à jornalista, as datas em que os pagamentos foram feitos, para cruzá-los com os saques na conta do presidente do Senado. Essa é uma das principais lacunas na investigação. Mas Veja já prepara mais uma dor de cabeça para Renan. O tema da próxima denúncia é a origem de suas terras, onde além do gado deve haver muita laranja.

 

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