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Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 13/08


POLÍTICA & MURUPI

 

FRASE DO DIA

"Acima de tudo está o ordenamento jurídico. O Brasil não precisa de novas leis, mas de homens públicos que observem as normas existentes." – Ministro Marco Aurélio de Mello sobre sobre quem é o dono do mandato – partido ou parlamentar.

Pauta política de 01 a 10

01-Líder na ALE – precisa-se:

Depois da saída do deputado Euclides Maciel da liderança do governo na ALE, cansado de dizer sim, a vaga esta aberta. Se a saída foi estranha, a vaga em aberto nem tanto. O governo tem o apoio quase unânime dos deputados, o que torna o líder uma figura decorativa. Nada de discussões, acordos ou tratativas para aprovação de propostas. Mas, em sendo uma obrigação regimental da Casa, no lugar do líder, talvez seja o caso apenas de se nomear um “sinuelo”. Os interessados nem precisam fazer discursos, votação ou apresentação de currículos. Basta assentir silenciosamente com a cabeça, balançando para cima e para baixo. Como de costume.

 

02-Agenda do apagão elétrico:

O ministro Mantega já disse que não vai haver, ninguém acredita que vá haver, mas o “apagão” bate à porta e com data para acontecer. No governo já se diz que se os investimentos em gás não acontecerem, há 30% de chances de um “apagão” em 2011. Coisa da “imprensa fascista” diriam alguns. Ledo engano diz o senador petista Mercadante, “O apagão de 2001 deixou uma lição muito dura para o país. A falta de investimento, de planejamento estratégico e a carência de chuvas, foi dramática. Mas naquela época havia gordura para ser queimada, e agora não há mais. Medidas estão sendo tomadas, mas temos dificuldades pela frente.”

 

03-República franciscana:

“Tem que ser agora. Depois de aprovada a CPMF, Lula não vai mais precisar da gente até o fim do seu mandato”. A frase com jeito de discurso de oposição, é na verdade de um dos líderes da base aliada do governo Lula e revela a forma nojenta e abjeta de se fazer política. Toma lá dá cá, é o lema. E para manter pressão, já não serão mais os cargos acertados. “O preço já subiu”, revela despudoramente um deputado. Para esticar a teta, um grupo de parlamentares está com uma nova idéia. Encurtar o prazo de validade da CPMF para dois anos. É nojento. Revoltante.

 

04-A vaia que não vale:

O prefeito César Maia dançou sobre a vaia do Maracanã. A idéia é que o carioca havia poupado o alcaide e a vaia tinha um só destino – Lula. Ontem a correção foi feita em grande estilo. César Maia foi vaiado na abertura do Parapan. Ao seu lado estava o ministro Orlando dos Esportes que seguiu a cartilha de Lula “Não ouvi vaias. Ouvi manifestações do povo aqui presente, ouvi a vibração". Claro que César Maia minimizou e explicou a vaia apelando para o espírito carioca: "A vaia é um pouco do jeito carioca. Se não vaiar, não está in". Mas que foi vaia foi. E valeu.

 

05-Glossário do Léo - partido:

Partido, tanto significa quebrado, como um grupo de pessoas com um ideal. Fácil, desde que longe dos verbos dar e tirar. Dar partido é oferecer vantagem. Tirar partido é receber proveito. Exemplo: ditadura tinha um só partido. Os militares deram partido e surgiu o MDB. Veio a classe política e para tirar partido, inchou o MDB. Assim como a CPMF, a idéia provisória virou permanente e com vício de origem. Eis aí o partido como existe hoje: a sociedade fragmentada, representada por minorias com um só ideal: Apoiar o governo em troca de algo. É o “é dando que se recebe.” Entendeu? Glossário do Léo: Não é só isso, mas é quase como se assim fosse.

 

06-Na alça de mira:

Duas ferramentas importantes estão sendo mutiladas. A LRF já perdeu um pedaço. Judiciário, Legislativo e MP não mais prestam contas ao Executivo. Outra: a Anac por mau gerenciamento transformou-se no alvo do ministro Jobim. Só falta atirar. Na trilha do que pode ocorrer à Anac, estão as outras agências reguladoras e o temor de que os ministérios, de forma autônoma, passem a executar políticas setoriais. Sem marcos regulatórios, voltam as desconfianças dos investidores e abre-se o caminho para o fim da independência do Banco Central. Retrocesso que pode levar à amputação de uma perna, em vez de tratar da unha encravada.

 

07-Uma boa má notícia:

Um feito digno de registro. Em 2006 o desmatamento na Amazônia caiu 25%. Hoje Lula revelou que a meta para o ano em curso é uma nova redução de 30%, melhor resultado desde 1988. Pena que falamos em redução, como se desmatar fosse imprescindível para o desenvolvimento do Brasil e da região. Crítico da ministra Marina Silva, quando o assunto é Rondônia, sem constrangimento me penitencio por sua coragem e trabalho m prol do meio ambiente. Ela estava certa e o resultado mostra isso. É que “quando me zango Marina, não sei perdoar”.

 

08-Hora da verdade:

O governo Lula pode estar encarando a primeira crise internacional greve, com essa montanha russa nas bolsas e na cotação do dólar. Até agora e com bastante gordura para queimar, o país se mantém numa atitude de ver a barba do vizinho pegando fogo, enquanto molha a sua. Ainda não se conhece a extensão da crise e o nível de comprometimento do Brasil com o fato que lhe deu origem – a dívida imobiliária americana. Alterações no dólar porém, já puxam os preços de commodities, um fato relevante para o Brasil que atua forte nessa área. Agora é aguardar e esperar que tenhamos ferramentas e cabeças para gerenciar a crise. E haja turbulência.

 

09-Fechando a porta:

Dia 30 de outubro próximo, pelo menos está marcado para essa data, acontece o leilão da usina de Santo Antonio. Precavido, o governo tomou uma providência para evitar que o bandido “leve o ouro”. O Ministério de Minas e Energia impôs limite de 20% para a participação societária de construtoras e fornecedores de equipamentos. Até agora como observa Zé Carlos na sua Bnazeiros, nada foi falado sobre a não participação de Furnas. Para bom entendedor, meia palavra basta. Furnas participa com o mesmo consórcio que fez o projeto e mais a Cemig. 

 

10-A semana do presidente:

A semana complicada do Renan começa com a Veja descendo a pau, vai ao Conselho de Ética para escolha de um relator da nova denúncia, passeia pelos corredores com a informação vazada de que sua documentação da compra do gado é inconsistente vai ao plenário para os discursos constrangedores e pode terminar com a oitiva de seu carrasco João Lyra. E como desgraça pouca é bobagem, a ex-“gestante” se prepara para mostrar a barriguinha pós parto na revista Playboy. Para o Zé de Nana, “todo castigo pra...é pouco”. O Zé de Nana é impublicável.

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