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Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 13/06


POLÍTICA & MURUPI

 

FRASE DO DIA

“Não sou empregado da Coca-Cola. Sou um senador da República e um diplomata.” Do Senador Artur Virgílio para o Senador Tasso Jereissati, ambos do PSDB, num a discussão sobre a ZPEs.

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Pauta política de 01 a 10

 

01-Bezerro de ouro:

A história do bezerro de ouro não colou na Bíblia. Moisés desceu o cajado e acabou com a esculhambação. Mas estão tentando fazer uma adaptação lá em Alagoas. A Folha de São Paulo pegou as informações fornecidas oficialmente por Renan Calheiros, fez as contas e...bingo! O bezerro do senador de Alagoas é de ouro. Para chegar ao valor recebido com a venda do gado, o Senador Renan teria que ter vendido “de mamando a caducando” pelo maior preço do Brasil. Renan esqueceu que a cotação do boi é diária e pública. Caiu do cavalo e a vaca foi pro brejo.

 

02-Informação seletiva, audição idem:

“O presidente da República tem ser informado pelos ministros de tudo que é importante que ocorre no país". A frase, dita ontem pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, foi a justificativa para o fato de Lula ter sido informado da Operação Xeque-Mate, na qual o irmão do presidente, o Vavá, é investigado. Estranho país, esse Brasil, que ainda discute o que o presidente da república pode ou não pode saber. Estranho presidente, esse Lula, que sendo presidente diz em público que nada sabia sobre o mensalão.Estranho país em que um ministro do Supremo diz que é um país de faz de conta.

 

03-Barraco federal:

Tasso Jereissati ontem, estava num dia de cão. Depois de bater boca com Artur Virgílio, retirou-se da reunião do CAE, mas ao ver pelo telão que Mercadante estava criticando a proposta, voltou e o bicho pegou. Depois de sobrar para os assessores de ambos que os abasteciam de informações, a discussão caiu para um bate boca de quinta e Tasso berrou para Mercadante: "Eu o proíbo de discutir dessa cadeira. Se V.Excia. quiser discutir, levante-se daí e venha discutir como um senador mortal". Mercadante resolveu pôr fim à discussão, ressaltando que o projeto das ZPEs estava retirado da pauta desta terça.

 

04-ZPEs –solução ou guerra fiscal?

Apesar da oposição de São Paulo, o governo fechou ontem um acordo com as lideranças políticas em favor de uma das propostas mais polêmicas em tramitação no Congresso: o projeto que autoriza a criação das ZPEs. As ZPES nasceram no governo José Sarney que autorizou os Estados a criarem, com incentivos fiscais e apoio logístico, áreas especiais de produção industrial. Defensores do projeto dizem que as ZPEs vão alavancar a industrialização em áreas menos desenvolvidas e servirão como atração de investimentos. A discussão esbarra em São Paulo que teme perder competitividade para outros estados.

 

05-Quem quer dinheiro:

A reforma política ganhou fôlego e passa a ter chances reais de ser aprovada hoje. O grande trunfo é a grana para financiamento público de campanha. Sem lista fechada, sem grana. Embora as bancadas continuem divididas, ao final do dia, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, considerava provável a aprovação, embora reconhecendo a existência de forte divisão nos partidos, inclusive no seu, o PT, onde quase 60% são a favor e 40%, contra, proporção que se reproduz no PMDB. Nada que os cifrões não resolvam porém.

 

06-Quem quer reforma:

Com a questão aberta, é provável que o PT vote rachado, assim como PSDB e PMDB. Apesar do DEM, os maiores, porém, são francamente a favor do voto em lista, e, por decorrência, toda a reforma, que agrega fidelidade partidária, financiamento público e a troca das coligações por federações, na pratica algo inócuo. Os partidos contra o voto em lista são os menores, como o PP, o PTB, o PDT, o PSB e até o PR. Otimista com a votação, Chinaglia quer viabilizar saídas para o voto em lista, caso seja derrotado. Nesse sentido, pediu o levantamento de projetos em tramitação sobre o voto distrital misto e o exame da proposta de "voto distritão", do ex-deputado Fernando Lyra. Será que agora vai?

 

07-De trairagens e moluscos:

No jogo do bicho não tem peixe e se tivesse não seria o palpite preferido do presidente Lula. A oposição o acusa de trabalhar para os tubarões e dar migalhas para os pobres. O Ibama não libera a maldita licença ambiental e joga no seu colo um bagre. A PF tira uma de traíra e vaza informações sobre o seu irmão Vavá que Lula diz ser um lambari. Tarso Genro e o Frei Chico resolvem abrir a boca e como o peixe morre pela boca, complicam a vida do Lula, que sendo um molusco entra na história como comida de peixe.

 

08-Todos são cúmplices:

O Senado se afunda mais um pouco. Unidos para inocentar Renan Calheiros e divididos quanto ao ritmo do processo, uns querem ver logo arquivada a denúncia e outros, que haja encenação. Os que querem o arquivo temem que a encenação possibilite o depoimento da jornalista conhecida como “a gestante”, uma espécie de tratamento carinhoso dispensado pelo seu digamos assim...”ex-amor”, Renan Calheiros. Tudo pronto no Conselho de Ética e na Corregedoria, mas é preciso que a opinião pública fique também favorável. Alheios aos preparativos da peça, Pedro Simon e Jefferson Perez circulam na coxia e é aí que a porca pode torcer o rabo.

 

09-Receita de pizza:

José Nery do PSOL tentava um encontro com o relator do processo contra Renan Calheiros, o também senador, Epitácio Cafeteira. Queria pedir os depoimentos de pessoas vinculadas ao caso, como “a gestante”, mas ouviu da assessoria que o senador relator tinha consulta oftalmológica. Diante da insistência do José Nery, pois a consulta não duraria o dia todo, a assessoria citou um artigo da resolução que criou o Conselho de Ética para dizer que, como relator, Cafeteira não poderia ter contato com ninguém, para julgar com absoluta isenção. Do outro lado, advogados de Renan concluíam versão resumida de sua defesa entregue a Cafeteira para enviar aos membros do Conselho antes mesmo que o relator se pronuncie.

 

10-CPI do Sintero:

Sou contra a CPI do Sintero, por entender que vida sindical é inviolável, mas reconheço que a CPI tem bases legais para funcionar. Sou a favor de quaisquer manifestações públicas até para impedir a instalação de uma CPI, mas reconheço que o que houve ontem foi uma bagunça desrespeitosa, que não soma nada, não altera nada e coloca nas costas do Sintero uma carga de dúvidas que antes não existia. Para tudo é preciso regra.

 

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