Uma coluna sem papas na língua 15/10/09

Sem acordo 

Sem acordo com o PT que já tem pelo menos dois pré-candidatos ao governo, o PMDB resolveu definir seu caminho para as eleições do ano que vem: fará prévias dia 14 de novembro para escolher seu candidato ao governo num encontro estadual em Ji-Paraná. Ficou caminho aberto para um entendimento entre as duas agremiações num eventual segundo turno. 

As desconfianças

Disputarão as prévias peemedebistas o atual prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura e a ex-prefeita de Cacoal Sueli Aragão. Com esta opção por prévias, o PMDB deixa claro que terá candidatura própria, ao contrário do que tinha sido ventilado nos bastidores nos primeiros meses do ano. 

Cahulla é o cara

Já na contagem regressiva para assumir o governo do estado em abril, com a renuncia de Ivo Cassol para desincompatibilizar par a disputa ao Senado, o vice-governador João Cahulla (PPS) começa a correr trecho pelo estado apelando pela unificação da base aliada. Júnior faz ouvidos moucos ao apelo, já que também é pré-candidato. 



Mágoa do barbudo

Indagado pelo apresentador Sérgio Melo, ao final do programa Papo News da TV Candelária, se ficou alguma mágoa ao longo de sua trajetória política, o senador Valdir Raupp não hesitou. “Foi na campanha de 90. Assassinaram o senador Olavo Pires e botaram a culpa em mim e só depois descobriram que eu era inocente, mas era tarde, acabei perdendo aquela eleição”, disse. 

Sem papas 



Sem papas na língua e sempre encurralando os entrevistados, a apresentadora Alisângela Lima vai ganhando espaço e audiência com o programa Rede de Opiniões, levado ao ar as terças a noite, pelo SGC. Na última terça-feira o assunto abordado foi o trânsito caótico de Porto Velho que dirimente esta ceifando vidas. 

Fora da disputa

Tudo se encaminha para o prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho ficar fora da disputa pelo governo do estado do ano que vem. Primeiramente por causa da condenação pela falta de conta em campanha e a inegibilidade, em segundo lugar porque o Diretório Regional do PT é contra entregar a prefeitura para o PMDB na capital. 

Barrado no baile

Bem que o senador cassado Expedito Júnior (PSDB) queria ser o relator da PEC da Transposição, mas os senadores Valdir Raupp e Fátima Cleide deram um chapéu no tucano e o cargo acabou nas mãos do peemedebista Valdir Raupp. Expedito não gostou da cama de gato armada pelos adversários rondonienses e chiou muito nos corredores do Congresso. 

Ponte do Madeira

Em guerrilha contra o DNITT, o movimento pró mudança do local da ponte sobre o Rio Madeira na BR-319 continua ganhando adeptos: tem um deputado estadual brigando pela causa na Assembléia Legislativa e um vereador fazendo à mesma coisa na Câmara Municipal de Porto Velho. O movimento é bem articulado. 

A retribuição?

O Partido Verde-PV esta com tudo na Câmara Municipal de Porto Velho. Depois de emplacar o líder do governo, o vereador Marcelo Reis, acaba de eleger o novo presidente do Poder Legislativo municipal, o vereador Eduardo Rodrigues. Como se sabe, os verdinhos têm sido mais fiéis aos projetos do Executivo do que os próprios petistas, rachados com secretários municipais pela disputa a ALE no ano que vem. 

Do Cotidiano

Trabalho escravo

Além do analfabetismo e das doenças extintas que retornam, uma das grandes vergonhas brasileiras que aparecem com grande impacto no exterior é o retorno inglório da escravidão. As denúncias sobre casos de trabalho escravo contemporâneo atingem um recorde histórico no Brasil, de acordo com o relatório Conflitos no Campo Brasil 2008, elaborado pela Comissão Pastoral da Terra, que registra 280 ocorrências no ano passado. Ao todo, os casos relatados pela CPT envolveram sete mil trabalhadores.
O Brasil precisa ficar alerta com relação a mudanças que não são exatamente para melhor, como ocorreu no caso da escravidão. Neste momento, um dos assuntos mais candentes relacionados à agropecuária que tramita no Congresso é um projeto de lei que prevê a contratação temporária no meio rural. A proposta tem enfrentado a objeção de juízes, procuradores e representações sindicais, mas conta com forte apoio no Senado, onde está sendo examinada.
Ela sugere uma alteração na lei que poderá permitir a terceirização indiscriminada do trabalho no meio rural, recuperando a infame imagem do gato, o aliciador de boias-frias, como são qualificados os trabalhadores rurais volantes, que saem para fazer pequenas empreitadas e levam comida para a refeição no intervalo do trabalho.
A proposta, que já se tornou um novo foco de disputa entre ruralistas e trabalhadores rurais, foi deixada por um morto: o falecido senador Ramez Tebet (PMDB-MS), que propôs legalizar a contratação rural temporária de até 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo período.
Homenagem ao falecido – Para os senadores, aprovar a medida seria uma “homenagem” à memória do senador extinto. Tanto que a matéria foi aprovada na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária e passou para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
A legalização do trabalho rural temporário e terceirizado é defendida pela bancada parlamentar “ruralista”, mas enfrenta forte oposição em amplos setores da sociedade, onde há preocupação com as consequências de medida desse tipo, que vai reeditar e oficializar uma das práticas mais lamentáveis da produção brasileira.
Em procedimentos clandestinos, configurando ofensa aos direitos dos trabalhadores rurais, eles são embarcados em condições precárias para trabalhar em regime de quase escravidão em lavouras para as quais seguem com base em contrato verbal com o “gato”, sem contrato de trabalho com o proprietário da fazenda, que apenas remunera o aliciador de mão-de-obra “por baixo do pano”. 

Via Direta

*** O radialista Edivaldo Soares deve reforçar a nominata do PMDB à Assembléia Legislativa no ano que vem *** O PSDB de Expedito Júnior filiou uma carrada de sindicalistas ao apagar das luzes do prazo de filiações *** Em Espigão do Oeste a disputa a ALE-RO será renhida *** Envolve os ex-prefeitos Nilton Caetano (PSB) e Lúcia Tereza (PP) *** O Parlamento estadual aprovou ontem CPI pra investigar a Usina Hidrelétrica de Jirau. 

Fonte: Carlos Sperança - [email protected] 
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