Sábado, 28 de julho de 2012 - 05h19
O auge do ciclo das usinas já passou e boa parte da massa operária que trabalhou nos canteiros das usinas de Jirau e Santo Antônio, começa a se deslocar para Altamira, no Pará, onde esta sendo erguida a Usina de Belo Monte. Pelos números coletados pelo Cadastro Geral de Empregos-Cagero, órgão pertencente ao Ministério do Trabalho, com esta migração de operários, Altamira tem se constituído no município que mais gera postos de trabalho com carteira assinada na Amazônia nos últimos seis meses.
É mais um ciclo que esta se completando em Porto Velho, depois de tantos que já foram vivenciados por aqui, desde a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, prestes há completar 100 anos, e que deixou ao seu término legiões de trabalhadores perambulando pelas ruas, sem lenço, sem documento. Naquela época, a língua predominante na terrinha era o inglês e se comemorava como data nacional, o 4 de Julho, data da independência dos EUA.
Tivemos o final de outros ciclos, onde pontuou a falta de emprego, a miséria e a criminalidade, como no fim do garimpo da cassiterita, e depois do ouro nas águas do Rio Madeira. Em todos eles, Porto Velho, não se preparou não se planejou e sofreu pesadas conseqüências para isto.
Vejo o filme recorrente. Não se vê planejamento para enfrentar o pós usinas, como não houve para enfrentar as conseqüências desastrosas do auge do aumento da população, com demandas sociais reprimidas na saúde, educação, segurança pública, trânsito infernal, etc.
Já era o caso das esferas municipais, estaduais e federais se unirem na discussão de projetos, de planejar alternativas econômicas. Como garantir emprego e renda para os milhares de trabalhadores que deixarão as usinas? É um baita desafio para o próximo prefeito e para o governador Confúcio Moura cujo mandato se estende até 2014.
O que as seguidas administrações estaduais e municipais tem feito é enxugar gelo. Primeiro esperam a desgraceira acontecer para depois tentar resolver as coisas. Milhões de recursos foram despejados em Porto Velho nos últimos anos e até hoje a capital não atende toda a população com água encanada, a rede de esgoto continua a mesma estruturada pelos ingleses no século passado e por ai vai. Falta visão de futuro aos nossos governantes.
Fonte: Carlos Sperança
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