Quarta-feira, 30 de março de 2022 - 15h25
Há,
na Amazônia, no Brasil e no mundo, um papel reservado aos políticos: ser
maiores que as seitas e bolhas usadas nas campanhas eleitorais. Depende deles a
capacidade de unir para enfrentar graves problemas. Os exemplos externos nesta
época de crises deveriam servir de orientação: nações divididas, que não
respeitam resultados eleitorais, pisam na própria Constituição e cancelam a
alternância sofrem riscos de queda.
Há
dois exemplos muito claros disso. Os EUA estão divididos entre o trumpismo que
não aceita perder eleições e as alas emergentes do Partido Democrata dispostas
a tudo para não sair de suas posições. A Rússia, ao mesmo tempo que dá demonstração
de força militar, sofre de fraqueza interna. A oposição aumenta com a “guerra”
na Ucrânia e a repressão aos insatisfeitos com a crise na economia não promete
bom futuro.
As
eleições podem ser a oportunidade patriótica de criar uma agenda mínima de
salvação nacional, mesmo porque a crise já alcança até o agronegócio, que ainda
estava imune. O país está desmoralizado por ações duvidosas quanto ao clima e
precisa sair já dessa pressão. Se as eleições forem uma competição entre egos e
marqueteiros, o vencido vai provocar o “terceiro turno” na mídia, redes
sociais, Congresso e Justiça. O vencedor, por sua vez, vai sofrer como os
presidentes Joe Biden, cuja popularidade caiu, e Vladimir Putin, que já tem
meio mundo contra si.
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Goela abaixo
Numa
trama bem urdida, a deputada federal Mariana Carvalho e o prefeito de Porto Velho
Hildon Chaves estão tomando goela abaixo o PL do senador Marcos Rogério e do
deputado federal Chisóstomo. Pela ordem política natural das coisas, a legenda
ficaria com Marcos Rogério e aliados, já que se trata de uma composição com um
senador e um deputado federal a frente. Os rivais forasteiros são uma deputada
federal e um prefeito. O fator de desequilíbrio é o apoio dos irmãos Bolsonaro
a favor dos tucanos invasores. A articulação ameaça a postulação de Marcos
Rogério ao governo do estado, pois sem o comando da legenda fica sem chão.
Patinha governista
Já
se acredita nos meios políticos que exista patinhas palacianas – estaduais e
nacionais - na tentativa de tucanos de alta plumagem rondoniense tomarem de
assalto o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro em Rondônia, atualmente nas
mãos do senador Marcos Rogério e do deputado federal coronel Chrisóstomo. Os
dois já estão gritando e buscando apoio do Diretório Nacional, mas lá
dificilmente terão guarida, já que um dos filhos do presidente Bolsonaro é que deu
o punhal da traição para os invasores da legenda, cobiçada pela fartura de
recursos neste pleito.
Ranking nacional
No
momento o estado de Rondônia ocupa a terceira posição no pais em exportação de
imigrantes ilegais para os Estados Unidos – perdendo apenas para Minas Gerais e
Espirito Santo – e a quarta posição em desmatamento. No quesito desmatamento já
ocupamos as primeiras posições em décadas passadas, a surpresa é a imigração
acelerada para os Estados Unidos. Se percebe um certo despovoamento de algumas
cidades rondonienses e o IBGE deverá ratificar isto no censo 2022 já em
andamento pelo estado. Além dos Estados Unidos, os migrantes rondonienses estão
descendo para o Acre, Sul do Amazonas, e Norte do Mato Grosso.
A volta de Amorim
O
PDT comemorou a volta de Ernandes Amorim ao partido. O caudilho rondoniense vai
disputar uma cadeira a Câmara dos Deputados, depois de ter sido deputado
estadual, prefeito e Senador. Sua maior façanha política foi derrotar o então
senador Amir Lando em 1994 numa disputa ao Senado quando Lando vivia seu melhor
momento, como liderança nacional, expoente da cassação do presidente Fernando
Collor de Melo. Numa aliança com Chiquilito, candidato a governador e com
Bianco, seu colega de chapa ao Senado, Amorim se tornou a grande surpresa
daquele pleito. Em 2022 tem tudo para voltar ao topo com apoio do Vale do
Jamari.
O protagonismo
O
PDT vem na campanha de 2022 com força para retomar o protagonismo na política
rondoniense, com candidatos em todos os níveis. Vem surpresas por aí e o
senador Acir Gurgacz presidente estadual do PDT tem percorrido o estado
exaustivamente conquistando novos reforços para a agremiação que já conta com
chapas competitivas a Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. O próprio
Acir está numa corrida de recuperação e isto ficou bem claro nos meios
políticos com a boa recepção que tem encontrado em redutos tradicionais.
Via Direta
*** No troca-troca partidário, feito um
balanço, o União Brasil em Rondônia levou vantagem atraindo nomes para compor
boas nominatas a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados *** No que vai ser a
união de Leo Mores com Marcos Rogério? Um deles deve acabar desistindo da
disputa ao governo do estado para acontecer esta composição *** Impressiona o racha no bolsonarismo em
Rondônia. O semento possui pelo menos três alas se digladiando pelo poder ***
Rusgas daqui imbróglios dalí até Jayme Bagatolli está de barbas de molho, pois
tem gente puxando seu tapete no PL ***
Aumenta o número de mulheres disputando cargos eletivos em Rondônia. Em
eleições anteriores foi difícil cumprir a cota exigida pela justiça eleitoral
aos partidos.
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