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Carlos Sperança

Três postulantes ao governo poderão deixar a arena das eleições de 2026, como coelhos assustados


Três postulantes ao governo poderão deixar a arena das eleições de 2026, como coelhos assustados - Gente de Opinião

A razão não explica

Continuando no papel de gorila em loja de cristais, o presidente Donald Trump anuncia um cerco naval à Venezuela, que põe suas tropas em alerta para uma eventual ação invasora do ex-Grande Irmão do Norte. Na medida em que o Brasil faz fronteira em Roraima e Noroeste do Amazonas, qualquer turbulência em território venezuelano preocupa o Brasil.

Os EUA não têm vergonha alguma de meter a colher em assuntos internos dos outros países, mesmo que a explicação seja infantil ou absurda, como o voo de uma borboleta na Amazônia produzir furacão em Nova York. Pela necessidade de um olhar geral para o quadro, tão preocupante quanto navios gringos na costa venezuelana foi a decisão inexplicável dos EUA de cancelar uma já organizada atividade junto à Força Aérea Brasileira, a Operação Formosa. Interromper atividades militares de profundo sentido pacífico não se explica de forma alguma.

O Brasil precisa com urgência de uma agenda mínima de união nacional para não se deixar arrastar por tanta loucura. Não é preciso ter gênio estratégico para compreender que os tarifaços causam desgraças para a economia e as populações dos países envolvidos. Não há lógica ou justificativa alguma para desorganizar a economia e semear guerras enquanto fala em prosperidade e paz. No mais, é estupidez considerar relações entre países como se fossem assuntos pessoais dos presidentes.

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Coelhos assustados

Pelo menos três postulantes ao governo de Rondônia poderão deixar a arena das eleições de 2026, como coelhos assustados, caso o ex-governador Ivo Cassol (PP) consiga se desvencilhar das amarras da inelegibilidade. São eles o senador Marcos Rogerio (PL-Ji-Paraná), o prefeito de Cacoal Adailton Fúria (PSD) e o ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB). Com Cassol elegível, se tornaria o grande favorito da contenda, um top das galáxias em Rondônia. Único político por aqui acima do bolsonarismo, ele teria o apoio dos demais desistentes, conforme informações de bastidores.

Riscos reduzidos

Sabe-se desde já pelos bastidores políticos que caso o ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) e o deputado federal Fernando Máximo (UB) quebrem a cara nas disputas ao governo estadual ou ao Senado nas eleições deste ano – e nas minhas contas são grandes chances dos dois tubular gloriosamente - virão quente e fervendo para as eleições municipais de 2028 para chutar do poleiro o atual alcaide Leo Moraes (Podemos). Leo, que não é bobo nem nada, já trata de reduzir os riscos de cair do cavalo em 2028, apoiando Fernando Máximo a qualquer cargo que tente disputar. Mas ainda terá Hildão para lhe assombrar, logo ele, que como um fantasma dos infernos surgiu na disputa de 2016 para lhe tirar o pão da boca. Cruzes!

Terra de traíras

Numa terra de traíras políticos como Rondônia é imprescindível que as lideranças que vão disputar cargos eletivos como o governo estadual e as duas cadeiras ao Senado tenham o controle dos seus partidos. Não contando com isto, serão alvo de chantagens, traições e desaforos intermináveis. Algumas lideranças têm o controle partidário, como aqueles que vão disputar o CPA, casos do vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil), do ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB), o senador Confúcio Moura (MDB), o senador Marcos Rogério (PL). Já, Adailton Fúria (PSD), depende do inconfiável Expedito Junior, Ivo Cassol (PP) da deputada Silvia Cristina, o deputado federal Fernando Máximo depende de trocar de partido, já que não tem o controle do União Brasil onde está filiado,

Disputa ao Senado

Na disputa das duas cadeiras ao Senado também é necessário o postulante se precaver contra inconfidências de aliados. Mas sendo postulante ao Senado, Marcos Rogério controla o PL, o ex-senador Acir Gurgacz tem o comando do PDT, o governador Marcos Rocha depende dos manos Gonçalves (aqueles do golpe dos supermercados), Bruno Scheid tem as bênçãos do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mariana Carvalho do mando político do União Brasil, Delegado Camargo, dos bolsonaristas, Silvia Cristina tem o mando do PP, Valdir Raupp não tem o controle do MDB, mas via diretório nacional teria legenda garantida para a peleja.

Trairagem dos infernos!

A julgar pelos punhais da traição nas eleições municipais em Porto Velho e agora nas eleições ao governo estadual e ao Senado no ano que vem não será diferente. Tudo começou com a rasteira aplicada no deputado federal Fernando Máximo, favorito para a corrida ao Palácio do Prédio do Relógio, sede do governo municipal em 2024. Revoltado com a rasteira, Máximo apoiou e foi decisivo na vitória do prefeito Leo Moraes. Os manos Gonçalves e o governador Marcos Rocha que apunhalaram Máximo, na reta final também apunhalaram Mariana, voltando-se a Leo Moraes. Todo mundo agora já está afiando cimitarras da traição para o pleito de 2026. Quem já está sentindo o gostinho  amargo de uma rasteira e o tucano Hildon Chaves, já que o clã Carvalho acertou apoio ao concorrente, o vice-governador Sergio Gonçalves.

Pacto dos governadores

 O pacto dos governadores da direita, que reúne dez mandatários estaduais já não acredita na anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro já travam os entendimentos nas mesas das negociações, sem os filhos e a esposa do ex-presidente, o que tem revoltado todo o clã dos bolsonaros. Nos eventos que participa, o governador de Goiás Ronaldo Caiado (União Brasil), afirma com todas as letras que o próximo presidente da República sairá destes governadores –o próprio Caiado, Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Ratinho Junior – iniciativa que enfureceu ainda mais os integrantes da dinastia Bolsonaro. Numa jornada de canibalização, os bolsonaros ameaçam detonar os governadores insurgentes.

Via Direta

*** A empresa aérea Azul já encerrou atividades em 16 cidades brasileiras, além de suspender voos em cidades rondonienses. O vizinho Amazonas é um dos estados mais prejudicados pela situação falimentar da empresa *** Os governadores que entraram na disputa pelo Palácio do Planalto – de SP, MG, PR e GO já consideram favas contadas que o ex-presidente Jair Bolsonaro é carta fora do baralho do pleito presidencial por estar inelegível *** Por isto nos eventos que participam já falam que um deles será o próximo presidente. É o pacto feito entre Ronaldo Caiado, Romeu Zema, Ratinho Junior e Tarcísio de Freitas *** E o governador que for ao segundo turno, possivemente com Lula terá o apoio dos demais.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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