Terça-feira, 17 de junho de 2025 - 08h10

Só
na literatura mais fantástica e na distopia se pode imaginar a Amazônia seca,
mas no ano 2000 a ciência entrou na parada: surgiu o Experimento de Seca na
Floresta (Esecaflor) com o propósito de simular um futuro no qual as mudanças
climáticas reduziriam de tal forma as chuvas que a paisagem hoje exuberante e
de rica biodiversidade seria um fantasma do que é hoje.
Nos
últimos 25 anos, o que na época parecia uma hipótese fantasiosa foi, ano após
ano, apresentando crescentes sinais de perigo. Instalado na Floresta Nacional
de Caxiuanã (Pará) para simular o caos ambiental que poderia sobrevir de
condições agravadas de seca, o experimento é impactante, mas simples: consiste
em cobrir um hectare com placas de plástico transparente que só permitem à metade
da água da chuva alcançar o solo.
Para
um efeito comparativo localizado, ao lado desse apocalipse simulado está um
hectare perfeitamente preservado. Acima das duas porções do experimento, duas
torres metálicas monitoram os terrenos e enviam dados ao Laboratório de
Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia, onde são processados.
Em
um quarto de século, boas e más notícias partiram da análise dos os dados
colhidos. As más são muitas, pois de fato seria uma catástrofe. A boa é que no período
não ocorreu a temida savanização, uma das hipóteses do apocalipse amazônico. Os
catastrofistas savanistas talvez precisem alterar seu discurso.
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Erro de estratégia
O
vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil) cometeu um grave erro de
estratégia ao antecipar a corrida eleitoral rumo ao governo estadual nas
eleições do ano que vem. Com esta atitude alertou os adversários e desde então
os inimigos se uniram para um incansável bombardeio a ele e toda sua família.
Insuflado para assumir a candidatura desde já por um grupo de deputados
estaduais e sacaneado por um outro quinhão da base aliada, Gonçalves precisa de
uma correção de rumos para a campanha que se avizinha. Ele vai assumir o
governo em abril do ano que vem e por enquanto não tem a caneta e nem força
para enfrentar este olho do furacão.
Fogaréu criado
A
grande verdade é que o vice-governador Gonçalves está apagando a fogueira do
lançamento antecipado da sua postulação com gasolina. Quanto mais é bombardeado,
mas busca os órgãos de comunicação para entrevistas, mais comparece as inaugurações,
as feiras agropecuárias para dar mais visibilidade a sua campanha. A estratégia
correta neste momento seria recuar da candidatura e só se manifestar a respeito
quando assumir o cargo em abril. Com a caneta na mão, mais da metade dos seus
opositores vão virar pó, já que são interesseiros e se vendem de acordo com
suas conveniências do momento. E são ávidos por recursos de emendas parlamentares.
Marketing falhando
O
marketing político de Sérgio Gonçalves está falhando na estratégia. É eficiente
na preparação, dá gosto de vê-lo concedendo entrevistas, tem todos os números
de Rondônia na ponta da língua, atende a imprensa com carinho, etc e tal. Mas
falhou no lançamento jogando o vice na arena dos leões antecipadamente. Por
enquanto deveria se ater as ações do vice-governador, ganhar folego, catimbar o
jogo até assumir o CPA, já que o atual governador é candidato ao Senado
deixando vaga sua cadeira. Também é preciso se ocupar de uma definição de partido,
já que não tem controle do União Brasil.
A paternidade
O Estado do Acre comemorou no final de semana
63 anos de emancipação política administrativa. Até 1981 aquele estado tutelou
Rondônia, que era território federal e só então a terrinha se transformou em
estado. Até os primeiros projetos de colonização de Rondônia dependia dos acreanos.
E por conta desta “paternidade” toda, nossos vizinhos quiseram ficar com a
Ponta do Abunã em 1986, com a mão grande, na celebre “guerra do Abunã”. Uma
guerra de araque, porque as tropas da PM do Acre, assim que saiu uma decisão
judicial a favor de Rondônia, caíram fora de lá.
Nos bastidores
A
antecipação da corrida eleitoral para o governo estadual em 2025 já movimenta
os bastidores da política rondoniense com os possíveis candidatos ao Senado e
ao CPA Rio Madeira já correndo trecho. Mas ainda não se sabe que é quem nas
paradas. Até a candidatura do vice-governador Sergio Gonçalves está ameaçada
dentro do seu próprio partido, o União Brasil. Na capital, um importante apoio,
o do prefeito Leo Moraes ainda não está definido para o governo do estado. Mas
sabe-se que vai apoiar o governador Marcos Rocha (União Brasil) e o deputado federal
Fenando Máximo ao Senado.
Via Direta
*** Na Câmara de Vereadores de Porto Velho,
pelo menos 15 vereadores já se manifestaram falando em disputar cargos eletivos
a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados nas eleições do ano que vem. A
maioria está de olho nos desgastes dos atuais deputados estaduais e federais ***Trocando de saco para mala: Os inimigos
já estão conspirando para não deixar o vice-governador Sergio Gonçalves assumir
o cargo de governador no ano que vem. O objetivo é aparar as asas de Gonçalves
para a disputa do CPA *** Os primeiros movimentos estão sendo criados,
fomentados, dirigidos, engendrados nas catatumbas do Palácio Rio Madeira até no
sentido de afastamento do vice.
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