Quarta-feira, 23 de dezembro de 2020 - 10h46

Negue ao bispo
O ambicionado acordo entre a Europa e o Mercosul, concluído depois de décadas de entendimentos, esbarra agora na intransigência ambiental. Vários países europeus só vão ratificar o acordo se o Brasil ceder às exigências para reduzir os riscos de rigores climáticos. A diplomacia brasileira não soube negociar e agora o acordo depende de muito esforço para aplainar arestas, porque sem isso a ratificação do acordo será impossível.
As ongs acharam na resistência parlamentar das nações europeias uma versão nova da fórmula “queixar-se ao bispo”, que vigorou na Inquisição. Queixar-se ao bispo era como entrar na Justiça para se defender. Hoje, embora o Papa Francisco advogue causas ambientais, as ongs preferem se queixar ao Parlamento Europeu. Cerca de 70 entidades, entre as quais a ABI, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e o Observatório do Clima, enviaram carta ao PE no início de dezembro negando uma negação.
Nesse caso, o presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, negou a existência de um projeto para controlar as ações de ongs que atuam na região. As entidades negam a negação, garantindo que o Conselhão projetou um marco regulatório para controlar 100% das entidades na região até 2022. Queixar-se ao bispo é coisa velha, mas negar negação começa a virar a nova moda neste mundo varrido pela pandemia.
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Plano Diretor
Por exigência do Ministério das cidades, os municípios precisam revisar o plano diretor a cada 10 anos, caso contrário ficam sem verbas da União. Com isso, nas últimas sessões do Legislativo municipal da capital a atualização foi aprovada, mesmo com contestações dos movimentos sociais que defendiam uma discussão mais abrangente. O Plano prevê a expansão urbana para os lados do setor chacareiro (Zona Leste) e na margem esquerda do rio madeira na BR 319, depois da ponte, entre outros quesitos.
É natal...
Com o Natal, quero augurar aos leitores, fornecedores, direção e corpo de funcionários deste Diário da Amazônia e jornais eletrônicos que compõe a rede que veicula esta coluna pelo estado (além dos estimados radialistas que nos prestigiam nos polos regionais), um Feliz Natal e Prospero Ano Novo. Que venha a vacina, que a peste finalmente seja dominada pela ciência para um 2021 venturoso, repleto de paz e de saúde a nossa população já tão sofrida com nove meses de pandemia no costado.
A pandemia
Vai ser extremamente difícil para as autoridades sanitárias rondonienses conter a população nestas festividades de natal e ano novo. A maior parte do povão se comporta como se a pandemia do coronavirus já acabou, mas ocorre justamente o contrário, ela está piorando dia a dia. O segmento jovem, por exemplo, trocou a prudência do distanciamento social pela diversão, propagando geometricamente a peste em Porto Velho e nas cidades polos, como Ji-Paraná, Cacoal, Ariquemes e Vilhena. Temos por consequência, um 2021 muito sofrido.
Nova rodoviária
A deputada federal Mariana Carvalho (PSDB-RO) foi a única da bancada federal de Rondônia a se preocupar com a construção da nova rodoviária que vem num jogo de empurra entre governadores, desde o governo Confúcio Moura com os ex-prefeitos Roberto Sobrinho e Mauro Nazif. Com recursos de emenda parlamentar da representante da capital, finalmente será possível dar o pontapé inicial para o novo terminal. Mas uma andorinha só não faz verão. Nazif, Leo Moraes e Chrisostomo precisam acordar e colaborar nesta empreitada com a tucaninha.
Explosão de preços
A oscilação da oferta de grãos, especialmente de soja e milho deve ter impacto imediato na produção de proteínas, afetando muito a avicultura em todo o país em 2021. Para evitar uma explosão de preços das aves e ovos, o Ministério da Agricultura retirou a taxação para importação da soja e milho, os ingredientes da ração usada nos aviários e as tratativas seguem com os Estados Unidos para a compra dos produtos, já que quase toda produção brasileira de grãos foi vendida para China antecipadamente.
Via Direta
***Na eleição das mesas diretoras do Congresso Nacional, vale tudo, até a união dos parlamentares do PT de Lula com o PSL da base bolsonarista *** Foi marcante o crescimento das redes de supermercados em Rondônia em pleno ano da pandemia. A Rede Gonçalves conquistou o pódio nesta expansão com novas unidades na capital e interior do estado *** Também o Grupo Araújo, com sede em Rio Branco se expandiu, como também os supermercados Meta e Nova Era, com três unidades e centro de distribuição na capital*** Que em 2021 os políticos se regenerem para sobrar mais recursos para a saúde e educação, merenda e transporte escolar, são meus votos para o próximo ano.
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