Quarta-feira, 20 de agosto de 2025 - 08h15
A
Amazônia tem um imenso potencial nos mais diversos campos da mineração, até
porque grande parte do território nacional é desconhecida do ponto de vista da
cartografia geológica, ou seja, o olhar que vê a cara da superfície do
território brasileiro ainda não conhece a maior parte do seu coração mineral.
Para
celebrar por haver muitas reservas minerais ainda inexploradas e lamentar por
não as explorar como seria necessário, no Brasil elas em geral são muito
animadoras, mas mesmo as grandes reservas desaparecem se trabalhadas
intensamente ou causam danos se exploradas sem cuidados.
No
caso dos fertilizantes fosfatados, produtos essenciais baseados no fósforo, imprescindíveis
para a agricultura e a vida humana, já que sem ele é impossível cultivar qualquer
alimento, o esgotamento da mina de Lagamar (MG) em 2018 ligou um alerta. É
preciso aproveitar ao menos o potencial já conhecido enquanto amplia o raio de
escrutínio do território em busca de reservas ocultas, pois a exploração do fosfato
não é um estalar de dedos: leva de 6 a 10 anos para o início da produção.
Leve-se
ainda em conta que a mineração do fósforo é altamente negativa para o meio
ambiente. Talvez este seja o grande dilema da humanidade a essa altura do
confronto entre preservacionistas e produtores de alimentos. É a reprodução na
vida real do desafio proposto pela Esfinge mitológica: decifra-me ou te devoro.
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Bolsonarismo rachado
Impressiona
o racha conservador para as eleições de 2026, tanto na disputa do Palácio do
Planalto, como na corrida sucessória rondoniense. Na peleja presidencial, os
governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Carlos Massa Ratinho Junior, do
Paraná, Ronaldo Caiado de Goiás e Romeu Zema de Minas Gerais já estão em
campanha pelo Brasil afora o que gerou graves críticas dos filhos do ex-presidente
Jair Bolsonaro. Foram taxados de ratos covardes. Um racha explicito e raivoso,
com Bolsonaro já abandonado a própria sorte com sua estimada tornozeleira.
Em Rondônia
Igualmente
em Rondônia o bolsonarismo se dividiu para as eleições de 2026 na corrida pelo Palácio
Rio Madeira, sede do governo estadual. De um lado o vice-governador Sergio
Gonçalves, de outro o deputado federal Fernando Máximo, além de uma terceira
via bolsonarista com Adailton Fúria e Hildon Chaves. Com Marcos Rogério recebendo
a determinação de Jair Bolsonaro para disputar a eleição ao Senado, o outro
senador do PL, Bagatolli também se mostra interessado em entrar na peleja. Também
ao Senado a briga bolsonarista é grande prometendo patadas para todos lados na
disputa. São vários conservadores disputando as duas cadeiras ao Senado, de
Marcos Rogério a Silvia Cristina, de delegado Camargo a Bruno Scheidt.
Crise e desemprego
Com
a determinação da justiça, depois de averiguações ambientais, dezenas de balsas
instaladas para explorar a mineração do ouro entre Calama em Rondônia ao sul do
Amazonas pelo Rio Madeira serão destruídas pela Policia Federal ocasionando
nova crise entre garimpeiros, Policia Federal e organismos ambientais. Em
operações anteriores tivemos consequências destas destruições, como confrontos
entre empresários garimpeiros apoiados por prefeitos e políticos bolsonaristas
com as autoridades policiais. A pior das consequencias é o desemprego, com
famílias urrando em municípios rondonienses e amazonenses.
Foco do narcotráfico
Se
de um lado, temos a necessidade de intervir nestes focos de garimpos ilegais
que se transformaram em pontes do narcotráfico dominado pelos carteis da Bolívia,
do Peru e da Colômbia, de outro lado é preciso fazer alguma coisa para dar
opções econômicas para as famílias dos garimpeiros prejudicados com a explosão das
balsas. Centenas de garimpeiros rondonienses seguem nesta epopeia de faiscar
ouro nas águas do Rio Madeira e sem fonte de renda, retornam as cidades de
nosso estado buscando o que fazer. É preciso separar o joio do trigo.
Confronto no Sul
Os
dois principais clãs políticos do interior do estado de Rondônia entram em
confronto nas eleições 2026 por cadeiras na Câmara dos Deputados. De um lado, hasteando
a bandeira do clã Donadon, o ex-deputado federal Natan Donadon (Vilhena), de
outro lado um dos deputados estaduais mais votados nas eleições passadas, Ezequiel
Neiva de Carvalho (Cerejeiras), uma liderança política em ascensão na região. O
Cone Sul está sem deputado federal há mais de uma década, depois de ter emplacado
parlamentares atuantes como o ex-prefeito Arnaldo Lopes Martins, Reditário
Cassol e o próprio Natan Donadon.
Domínio longevo
O
domínio do clã Donadon no Cone do Sul tem mais de trinta anos. Depois de Melki
que foi eleito prefeito em Colorado em 1996 ele trocou de domicilio eleitoral e ganhou o primeiro
mandato em Vilhena onde foi prefeito duas vezes. E ainda emplacou parentes,
como Marlon Donadon e a esposa de Melki,
Rosane em outras gestões. Os irmãos Marcos Antônio, um foi deputado estadual e
presidente da Assembleia Legislativa, Natan federal e atualmente Rosangela
Donadon é deputada estadual. Um domínio de mais de 30 anos dos Donadons na região
da soja, agora sob ameaça de uma dinastia ascendente, os Neiva de Carvalho.
No Vale do Jamari
O Vale
do Jamari vem com as asas crescidas para as eleições do ano que vem. terá
provavelmente um candidato ao governo, que é o atual senador Confúcio Moura
(MDB), um extremista Bolsonarista ao Senado, que é o atual deputado estadual Delegado
Camargo e dois deputados federais buscando a reeleição, que são o delegado
Thiago Flores e o recém empossado Rafael Fera. A região ainda conta com o presidente
da Assembleia Legislativa Alex Redano, também cogitado para ser candidato a
vice-governador numa das chapas bolsonaristas em formação para a peleja 2026.
Via Direta
*** Num dos efeitos das mudanças
climáticas e no comportamento dos animais, as onças estão aparecendo nas
periferias das cidades dos humanos, seja em Ji-Paraná e Porto Velho em
Rondônia, ou na Sul maravilha, como no interior paulista, ou em Cascavel, no
Paraná ***
Com a devastação das matas, os felinos buscam por comida. Gatos, cachorros
viram comida, ou virando latas de lixo nos condomínios *** O prefeito Leo Moraes interviu em pontos críticos de alagamentos em
Porto Velho. Vamos ver os resultados durante o inverno amazônico quando o bicho
pega, a partir de novembro *** Já com o mito Jair Bolsonaro fora do páreo
nas eleições 2026, sua esposa Michele já busca polarização com Lula nos eventos
do PL Brasil afora
Redano não cogita? E o jogo dos Fúrias
Falta bom sensoNão é educado dizer palavrões, mas a realidade amazônica, tendo em vista o melhor aproveitamento de suas riquezas, exige que se leve
O MDB nunca foi favorito nas disputas ao governo de Rondônia
Divisão de culpasMesmo ainda sem impacto real do tarifaço maluco de Donald Trump, há quem já aumente os preços pondo a culpa nele. No caso da perda
Grande tristeza a decadência da nossa representação no Congresso Nacional
Terrível ou maravilhosoDesde que foi anunciada para se realizar em Belém em novembro deste ano, a COP30 já foi bombardeada de todas as formas por n
Porto Velho vai aumentando seus clãs políticos
Hora da sensatezA declaração de guerra comercial dos EUA não é só ao Brasil, ao presidente Lula ou ao ministro Alexandre de Moraes. Quem faz essa e