Segunda-feira, 25 de agosto de 2025 - 08h15
Three
Mile Island (1979), Chernobyl (1986) e Fukushima (2011), locais de terríveis acidentes,
marcaram de tal forma o imaginário popular que a expressão “energia nuclear”
por longo tempo virou sinônimo de tragédia. No entanto, a lei não escrita
segundo a qual “o que pode dar errado vai dar errado” é só parcialmente válida
para o contexto da energia nuclear.
O longo
aprendizado até chegar a políticas adequadas e sistemas seguros foi sempre um
jogo de muitos pequenos acertos e poucos grandes erros, embora estes sejam mais
impactantes e assustadores. Hoje, quando se cogita a aquisição de usinas
nucleares flutuantes da estatal russa Rosatom para a Amazônia, relacionada com
a exploração de urânio na mina de Caetité, na Bahia, não é surpresa que os
ambientalistas sintam urticárias ao pensar em bombas nucleares navegando pelos
nossos rios.
O ministro
brasileiro Alexandre, de Minas e Energia, não está entre os medrosos. Frente a relatórios
sobre o uso prático sem acidentes das usinas flutuantes, que produzem
quantidades módicas de energia nuclear, o Brasil tem em perspectiva a
instalação até 2035 de 22 reatores entre a Amazônia e a costa do Nordeste. Pode
ser que haja muito agito entre quem ainda não sabe que a energia nuclear já representa
cerca de 3% da matriz elétrica brasileira. De qualquer forma, o que pode dar
certo depende de ser praticado dentro de margens seguras e racionais.
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O grande acordo
Pelo
menos dez governadores de direita teriam fecharam acordo em torno das eleições
do ano que vem para derrubar do poleiro o atual presidente Luis Inácio Lula da
Silva, seus comandados petistas e sua base de apoio. No acordo firmado quatro
governadores vão disputar a eleição presidencial e aquele que for ao segundo
turno terá apoio dos demais. Devem disputar a eleição para o Palácio do Planalto
os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil) de Goiás, Tarcísio de Freitas
(Republicanos) de São Paulo, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), do Paraná e
Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais. Pode integrar também a confraria de governadores
na peleja, Eduardo Leite (PSD), do Rio Grande do Sul.
Jogo de estratégia
O
jogo de estratégia dos governadores conservadores, alguns ainda muito ligados ao
bolsonarismo, já começa a definir quem é quem no jogo sucessório. Para revolta
dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, preso com tornozeleira eletrônica
em sua residência em Brasília, os mandatários já estão deixando de lado a
liderança do mito, convencidos que ele estará inelegível para 2026 e por isto
vão adiantando os entendimentos na mesa de negociações, o que se constitui um
clamor das bases da direita, convencidas que tomarão o poder na próxima
eleição.
Acompanhando
Já
começando a entrar em campo para as eleições do ano que vem os candidatos ao Palácio
Rio Madeira, sede do governo e Rondônia, acompanham as movimentações nas
esferas federais. O apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro no estado é
importante, mas importante ainda é uma dobradinha com um presidenciável em
condições de bater Lula, sendo o nome mais provável até agora do governador de São
Paulo Tarcísio de Freitas. Lá em cima, no plano federal, o bolsonarismo está em
crise e batendo cabeça. Existe racha na própria família Bolsonaro e ciúmes
exagerados tem motivado o deputado federal Eduardo Bolsonaro a detonar Tarcísio
de Freitas.
Expresso porto
Tão
prometida pelos ex-governadores a estrada denominada de expresso porto acabou
não saindo do papel e foi incluída no programa de obras do governo federal para
os próximos anos através da concessionária da BR-364. Mas Porto Velho não pode
esperar tanto tempo, pois os caminhões de soja têm causado graves prejuízos ao
leito das ruas centrais da capital multiplicando acidentes. Neste sentido o
prefeito Leo Moraes tem mantido contatos em Brasília para a agilização da
estrada. Uma inciativa que merece o apoio da bancada federal em Brasília para
acelerar os entendimentos.
Sinuca de bico
Rondônia
está numa verdadeira sinuca de bico no que tange a questão do saneamento básico.
De um lado está a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia-Caerd que nos seus
quase 50 anos de existência não deu jeito na situação e a própria capital do
estado padecendo com o abastecimento de água e é simplesmente detonada quanto a
coleta e tratamento de esgoto. Uma licitação está correndo e com isto a iniciativa
privada levar a melhor e a situação piorar ainda mais como ocorre em Ariquemes,
como recentemente denunciou o deputado Alex Redano, atual presidente da Assembleia
Legislativa. É coisa de louco!
As prioridades
Constato
como nossos governantes –seja do Executivo ou do Poder Legislativo nas esferas
estaduais e federais – tem dificuldades em eleger prioridades em Rondônia. Na
capital, por exemplo, a a saúde está num caos e a segurança em colapso com o
avanço das facções criminosas. Mas o governo estadual prioriza gastar R$ 80
milhões num novo estádio, sem equipe no estado pelo menos na Série B do
campeonato brasileiro. Em Ariquemes, onde toda população do Vale do Jamari
clama por um hospital regional decente, a prioridade dos políticos locais é
gastar uma fortuna na ampliação do aeroporto, numa cidade que não conta com
voos da Gol, Latam ou Azul.
Via Direta
*** O segmento do crime organizado que controla
o roubo de fiação e cabos elétricos em Porto Velho vai levando a melhor contra
a autoridades de segurança *** É preciso qualificar as estratégias, estrangular as
atividades dos maus comerciantes transformados em receptadores comprando este
material roubado pelos meliantes, geralmente drogados *** A quase quarenta anos atrás o poeta Vespasiano Ramos foi
homenageado no Cemitério dos Inocentes, em Porto Velho, onde foi sepultado. De
lá para cá tem sido pouco lembrado, mesmo com a disputa pelo seu corpo travada entre
Rondônia e o Maranhão onde ele nasceu *** Uma peleja que Rondônia levou a
melhor, mas não tem reverenciado o poeta como ele realmente merece.
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