Sexta-feira, 23 de maio de 2025 - 08h20
O
garimpo é uma das fontes de riquezas mais polêmicas. Sua capacidade de gerar ganhos
é diretamente proporcional aos riscos apresentados nas atividades de extração.
Um desafio ao anarco-liberalismo, que avança no mundo, propondo a liberdade
plena em um mundo no qual as pessoas são vigiadas e submetidas a um imenso
cipoal de leis locais, regionais, nacionais e mundiais, disciplinar o garimpo
não é tarefa simples, mesmo com tantas leis.
Há
uma lei não escrita segundo a qual só se deve mudar algo se as consequências da
mudança forem avaliadas. O avanço da mecanização agrícola nos tempos
ditatoriais expulsou mão de obra das regiões de culturas perenes e concentrou a
posse da terra, determinando a expulsão de milhares de camponeses. Sem a
prevenção das consequências, ficaram ao deus-dará mulheres e crianças
abandonadas, situações que depois iriam resultar na criminalidade
infanto-juvenil e no atual contingente recrutável por gangues urbanas e o crime
organizado.
Todos
querem os criminosos presos, mas quem quer cuidar dos filhos deles soltos nas
ruas? Toda mudança tem consequências e é preciso preveni-las. A operação para
expulsar garimpeiros na Terra Indígena Kayapó, no Pará, é positiva, mas falta
combinar com os indígenas o que virá depois. Afinal, eles também ganhavam com a
exploração do ouro, mediante autorizações e outras formas. Criou-se um problema
social que requer solução.
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Bases rachadas
Sempre
que as bases governistas racham, acabam levando pau da oposição em Rondônia.
Temos vários casos para lembrar: o MDB rachado não conseguiu eleger em 90, o
vice-governador Orestes Muniz, prevalecendo Oswaldo Piana Filho num segundo
turno com Valdir Raupp. Desunida a base pianista acreditando numa vitória fácil
nas urnas em 94, o candidato chapa branca Chiquilito sucumbiu frente a Valdir
Raupp, derrotado na eleição anterior. Em 1998, a base de Raupp rachou e
facilitou a vitória do seu opositor José Bianco. Também Ivo Cassol não emplacou
seu sucessor, Jose Cahula quando ele rachou com Expedito. Deu Confúcio na
cabeça. Aí a base aliada de Confúcio se dividiu e não elegeu Maurão de Carvalho,
e por aí vai.
Eleições 2026
Os
exemplos recorrentes de eleições passadas não estão servindo para nada aos
atuais governantes. A federação União Progressista, do governador Marcos Rocha,
está rachada para as eleições do ano que vem com três candidatos ao Palácio Rio
Madeira, sede do governo estadual. Não é difícil adivinhar que quem for rifado
vai pular para outro partido ou apoiar um outro candidato, como ocorreu nas eleições
municipais quando o deputado federal Fernando Máximo, com seu apoio, elegeu o
atual prefeito Leo Moraes. Passa o tempo e a política não muda muito nestas
paragens. A canibalização é enorme;
Sob ataque
O
diretor geral do Detran de Rondônia, Sandro Rocha, agora conhecido em Rondônia,
por “maninho”, está sob ataque da oposição. Além da polemica viagem à Europa
com uma comitiva, os oposicionistas estão espalhando pelo estado afora um
decreto assinado pelo governador do Acre Gladson Camelli no qual “Maninho” foi demitido
no vizinho estado. Maliciosamente, os oposicionistas acusam Sandro Rocha de ter
saído corrido de lá. Até então, Sandro estava evoluindo bem para se eleger
deputado estadual no pleito do ano que vem. Agora pode ter que suar bem mais
para levar seu projeto adiante.
Cassolismo festeja
As
contas vigentes no cassolismo é a seguinte: se o ex-governador Ivo Cassol, com
o status de inelegível já lidera as pesquisas eleitorais para as eleições de
2026 ao governo de Rondônia, calcula-se que com ele livre das amarras da inelegibilidade
será o cara. Ivo é o único político conservador em Rondônia que não depende das
bênçãos bolsonaristas para ser bem-sucedido no estado, mesmo porque ele tem
muito mais muita semelhança com elação ao comportamento político de Jair
Bolsonaro do que os demais postulantes bolsonaristas: é mais autoritário,
brigão, turrão, centralizador, mas carismático.
Pesquisas fajutas
Constato
que as primeiras pesquisas encomendadas pelos partidos políticos para as
eleições de 2026 ao governo de Rondônia, Senado, Assembleia Legislativa e Câmara
dos Deputados estão furadas e fajutérrimas. Na eleição a governador, os institutos
mal-intencionados não inserem o nome do senador, o ex-governador Confúcio Moura
(MDB), que está bem elegível e colocam o nome de Cassol inelegível. Se Confúcio
tivesse sido inserido nas sondagens, mudaria alguma coisa. De resto, estima-se
que poderia haver uma polarização entre Marcos Rogério (PL) e Ivo Cassol (PP).
Com a diferença que Marcos Rogério está elegível, Ivo Cassol ainda não.
Via Direta
*** Em Rondônia, quando um político
cobra propinas na sua municipalidade, ao invés de ser punido é promovido.
Nestas bandas a moralidade é bem elástica. Mas, cobrar 35 por cento de
mensalinho já é demais *** A juíza Elma Tourinho deixou o MDB e vai buscar abrigo em
outras legendas para disputar a Câmara dos Deputados. Ocorre que no meio conservador
bolsonarista ela não terá espaço para crescer e seguir sua carreira política *** Aumentam os atritos entre os vereadores
ovelhas e os independentes em Porto Velho. Os ovelhas são 19, e os independentes
apenas quatro e ficam de fora das benesses da municipalidade. E são tratados a
pão e água, como ocorria nas gestões passadas.
Os guerreiros estão em pé de guerra com as machadinhas afiadas
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