Quinta-feira, 15 de outubro de 2020 - 11h05
É
difícil não dar razão a quem alega haver muita desinformação sobre a Amazônia.
Sua vastidão, multidisciplinaridade, ampla composição de povos – alguns dos
quais até sem contato com o Estado oficial – fazem de todos os interessados
detentores apenas de informações parciais sobre tamanha amplitude. Cautelosos
cientistas do passado, frente a descobertas extraordinárias que derrubavam as
crenças anteriores, diziam que a verdadeira ciência vai além da ciência, ou
seja, do que já é conhecido.
Esta
noção, cabível à Amazônia, a revela como detentora de uma infinidade de
segredos não revelados, muitos sob o risco de jamais chegarem ao conhecimento,
sucumbindo ao desmatamento e ao fogo. Há pouco, a revista científica Science publicou um estudo que vem jogar
água em cima de muitas noções limitadas que se tinha a respeito da preservação
florestal.
Para
Cecília Gontijo Leal, primeira responsável pela pesquisa, “é comum que os rios
funcionem para demarcar o limite, a borda de uma área protegida”, mas “eles
deveriam ser centrais”. Nesse caso, a orientação para minimizar as perdas com a
biodiversidade deveria estender a preservação a partir das águas para suas
margens e demais extensões florestais. As águas não são cofres invioláveis de
biodiversidade. Cuidar delas é a primeira chave para uma preservação efetiva.
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Muita trairagem
Os
candidatos a prefeitos em Porto Velho estão abismados com tanta trairagem dos
integrantes das suas chapas a vereança. Em busca de recursos, de santinhos, gasolina,
etc, os postulantes a vereador namoram os adversários de seus majoritários sem
o menor pudor já sinalizando que se chegarem a conquistar cadeiras no legislativo
municipal podem vender até a mãe deles em busca de vantagens políticas e
econômicas. As renovações na capital só têm piorado o cenário político. É um vestibular
de pilantragem.
Que situação!
Observem
com cuidado a situação do atual prefeito Hildon Chaves (PSDB) no seu projeto de
reeleição. Se subir mais uns 5 pontos, vai se tornar uma candidatura mais
competitiva para um previsível segundo turno no embate com a oposição. Já, se,
se cair cinco pontos de intenções de votos, pode correr o risco de ficar fora
do segundo turno. A necessidade faz o sapo pular: Como o tucano tem uma das
taxas de rejeição mais elevadas na atual jornada, reduzir sua impopularidade é
urgente. Tarefa para seus alquimistas da comunicação.
Pontos frágeis
Nesta
corrida contra o tempo Hildon tem que reagir em fatores exponenciais. Ao contrário
de 2016, nesta campanha a maioria dos formadores de opinião age contra ele
(Vinicius é o mais contemplado neste segmento). O tucano também terá que passar
uma explicação plausível para sua omissão quanto a prometida construção da nova
rodoviária, objeto de grande desgaste desta gestão. No entanto, a inauguração
da revitalização do Complexo Madeira Mamoré poderá funcionar como um bom
antídoto, estabilizando seu desembarque no segundo turno.
Efeito manada
Enquanto
o efeito manada, tão típico nas eleições de Porto Velho nos últimos anos ainda
não aponta para nenhum lado, vejo neste estágio de campanha Vinicius Miguel
(Cidadania/Novo/PDT) e o surpreendente Lindomar Garçom (Progressistas), mais
pertos do desembarque no segundo turno contra o tucano. Neste caso, seria mais
interessante para o alcaide enfrentar Garçom, do que Vinicius já que o
candidato dos Progressistas que surfa no populismo é considerado um cavalo
paraguaio.
Taca-lhe o pau!
Bravo
como uma onça do pantanal, o candidato bolsonarista (ele leva vantagem sobre os
rivais do mesmo segmento nas minhas contas) Eyder Brasil (PSL) usa uma estratégia agressiva
contra o prefeito Hildon Chaves na busca da polarização. A estratégia é boa,
mas nesta peleja de chegada ao segundo turno, ele também terá que apontar sua
artilharia para Vinicius Miguel e Lindomar Garçom, seus principais rivais oposicionistas.
Via Direta
*** Proponho um enigma ao cara–pálida
leitor: Quem seria o candidato a prefeito que aplicou uma peia na esposa na
semana passada? A coisa deixou marcas *** Trocando de saco para mala: Depois de
relações cordiais na maior parte de sua administração, o prefeito Hildon Chaves
vai concluir seu mandato em pé de guerra com o gov. Marcos Rocha *** Tudo por conta da retirada da máquina
de asfalto cedida pela prefeitura pelo ex-governador Confúcio Moura *** Com
isto, os tucanos ficaram impedidos de pavimentar a avenida Calama que dá acesso ao conjunto Cristal e ao setor chacareiro
pela avenida Raimundo Cantuária *** A
primeira pesquisa Ibope pode sinalizar
polarização entre o prefeito Hildon Chaves (PSDB) e Vinicius Miguel (Cidadania
em Porto Velho *** Mas considerando que sempre temos efeito manada fora da
polarização por aqui, um deles pode ficar de fora do segundo turno.
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