Terça-feira, 13 de maio de 2025 - 08h19
À
medida que os vários ramos da ciência se aprofundam nas pesquisas sobre a
realidade da Amazônia vai se entendendo que a realidade é muito diferente dos
palpites, fantasias e falsificações cultivados durante séculos e tidos como verdades.
Descobertas
diárias revelando aspectos novos, surpreendentes e precisos sobre a floresta,
desde a observação direta dos cientistas até a maior acuidade apresentada pela
evolução da pesquisa por satélite, reescrevem praticamente tudo o que se sabia
sobre a floresta até o século passado. Essa compreensão torna urgente
aprofundar o conhecimento e vencer a recorrência dos clichês e slogans
superados – tais como “pulmão do mundo” e afins.
Um
dado novo de extrema importância é trazido por uma pesquisa assinada por vários
cientistas brasileiros ligados ao Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia a
partir do Projeto PyroCarbon da Amazônia, concluindo que monoculturas
submetidas a práticas insustentáveis armazenam menos carbono do solo do que
florestas queimadas periodicamente.
Certamente
a queimada é um imenso desastre, mas a recuperação da terra pode ser ainda mais
demorada quando usada impropriamente para fins aparentemente saudáveis, já que as
monoculturas, mesmo sem queimadas, podem perder carbono por outros fatores,
tais como erosão do solo e uso intensivo de maquinário. Há muito a estudar até
chegar às melhores práticas.
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A crise no MDB
Ao
entregar a presidência estadual do MDB ao vice, senador Confúcio Moura, o
deputado federal Lucio Mosquini (Ouro Preto) minimizou a crise no partido. Com
isto, já não se fala mais na expulsão do emedebista bolsonarista, embora a
vontade dos convencionais continue a mesma, ou seja, um pé nos glúteos de
Mosquini. Do lado do parlamentar, ele ganha tempo para pensar na saída do partido,
tem prazo até a abertura da janela partidária em meados do ano que vem, quando
então poderá trocar de legenda sem a punição da perda do seu mandato. Saindo a
federação com os Republicados, ele se incorpora a nova legenda.
A esperada janela
Dispositivo
criado na legislação eleitoral para permitir aos deputados estaduais e federais
trocarem de partido de acordo com suas conveniências, a janela partidária é
aguardada por muitos parlamentares dispostos a trocar de legendas visando
acomodações mais confortáveis para as disputas. No âmbito da Câmara dos Deputados,
desde que não seja prestigiado pelo União Brasil, agora incorporado ao União Progressista,
a saída do deputado federal Fernando Máximo é considerada como certa, já que
ele precisa do controle de uma legenda para disputar o comando do governo do estado
ou uma cadeira ao Senado.
Cassolismo festeja
O
cassolismo festeja a possibilidade do ex-governador Ivo Cassol recuperar seus
direitos políticos e disputar o Palácio Rio Madeira, sede do governo estadual,
pela terceira vez. Quem não deve estar nada satisfeito com a possibilidade é o senador
Marcos Rogério (PL), que lidera a corrida pelo Centro Administrativo. Ivo é
forte no eleitorado conservador e Marcos Rogério perde muito com a presença de
Ivo nesta peleja. Pior mesmo é para o vice-governador Sérgio Gonçalves, presa
fácil para a concorrência conservadora, bom para Confúcio Moura (MDB) que vê o
bolsonarismo rachado em três correntes.
Olho nas composições
Com
o vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil) confirmando sua disposição em
disputar o governo de Rondônia, tendo como possíveis concorrentes o senador
Marcos Rogério (PL) liderando a corrida pelo CPA e já correndo trecho pelo estado
e o senador Confúcio Moura liderando a formação de uma coalizão de centro e de
esquerda para a disputa, o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB) e o deputado federal
Fernando Máximo (União Brasil) estão avaliando suas chances para esta disputa.
Eles também são bem avaliados na peleja por uma das duas cadeiras ao Senado em
2026.
Grande disputa
Alguns
nomes já vão despontando na grande batalha pela renovação das oito cadeiras a Câmara
dos Deputados pelo estado e Rondônia. Em Porto Velho, a juíza Euma Tourinho, em
Ariquemes o ex-vereador Rafael Fera, em
Ji-Paraná, o ex-prefeito Jesualdo Pires, em Cacoal Joliane Fúria. Nomes novos
entram em confronto com lideranças mais antigas. Na capital, por exemplo alguns
vereadores ameaçam entrar nesta peleja. Lideranças consideradas decadentes,
como o ex-senador Amir Lando, voltam à cena política buscando a reabilitação,
assim como o ex-senador Ernandes Amorim na região de Ariquemes.
Via Direta
*** Com o PT esvaziado e retraído nos
estados do Acre, Rondônia e Amazonas, a esperança da base aliada é no MDB,
através do clã Barbalho, no Pará *** Em Rondônia, a base aliada do Planalto deve
apostar suas fichas no senador Confúcio Moura, também liderança emedebista *** As criações das federações partidárias
embaralharam de vez a sucessão estadual em Rondônia. Até identificar quem é
quem nas paradas a coisa vai longe e o cenário nublado deve persistir até as
convenções do ano que vem *** O prefeito Leo Moraes trabalha em pontos críticos
de alagações em Porto Velho e no próximo inverno será possível constatar estas
melhorias.
O negócio de reeleição de presidentes, governadores e prefeitos custa o olho da cara para o erário
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