Quinta-feira, 26 de janeiro de 2023 - 16h51

O Ministério
da Agricultura e Pecuária (Mapa) já começou a discutir novos modelos de
financiamento para a adoção de práticas de produção sustentável. Segundo a
secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo
do Mapa, Renata Miranda, a ideia é aproximar o produtor, o setor privado e os
interessados no carbono brasileiro.
“Vamos
modelar uma prática de crédito que vai disponibilizar taxas de juros menores
quanto maior for o apetite do produtor em adotar tecnologias sustentáveis.
Podemos ser protagonistas desse mercado no mundo através da descarbonização da
agricultura. Temos muito a trabalhar mas com certeza temos muito a produzir
nesse setor”, disse a secretária. O tema foi debatido nesta quinta-feira (26)
em reunião com o diretor do Earth Innovation Institute, Daniel Nepstad, e
Guilherme Quintella, da Taxo Agroambiental.
Para o
ministro Carlos Fávaro, a descarbonização da agricultura brasileira deve ser
implementada com prioridade no país. “É a contemporaneidade do Ministério da
Agricultura, que eu quero deixar como legado”, comentou Fávaro.
O sequestro
do carbono no solo depende de fatores como cobertura vegetal, práticas de
manejo e classes de solo. A adoção de práticas agrícolas sustentáveis como o
Sistema de Plantio Direto e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta pode
aumentar o estoque de carbono do solo, reduzindo a liberação do gás carbônico
na atmosfera.
O Brasil
pode ser uma liderança global na descarbonização da produção de alimentos, na
avaliação de Nepstad. “O Brasil está muito bem posicionado, todas as
ferramentas e oportunidades estão aí e está na hora de implementar isso. Hoje
existem oportunidades de conseguir o financiamento e os sinais do mercado
necessários para fazer essa transição”.
Para
Quintella, o Brasil deve avançar na busca de procedimentos de quantificação de
e identificação do carbono no solo. “É muito importante que o Brasil avance
nessas discussões, especialmente no carbono do solo do Cerrado, onde o Brasil
domina essa tecnologia com maestria. O papel da Secretaria e do Mapa é enorme
na identificação e na qualificação desses padrões de sequestro de carbono”,
disse. O assessor especial do Mapa Carlos Augustin também participou da reunião.
Na última
quarta-feira (25), representantes de indústrias de bioinsumos, de empresas que
trabalham com crédito de carbono, da Embrapa, de universidades e do Mapa reuniram-se
em São Paulo para esboçar uma política pública de incentivo a uma produção
agropecuária mais sustentável.
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