Quarta-feira, 19 de novembro de 2025 - 14h21

“Aqui, a gente
respeita e preserva a natureza para garantir a vida na cidade”. A voz da
pescadora Edilúcia Alves Lopes, moradora do Distrito São Carlos, deu forma à
ideia de partilha, conexão e troca de saberes que marcou ação integrada
realizada por órgãos públicos, na última terça-feira (18/11), na localidade
ribeirinha. O encontro aproximou instituições e comunidade, entrelaçando
experiências, com prestação de atendimentos jurídicos e psicológicos, registro
de demandas e disseminação de direitos.
A ação foi coordenada
pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), por meio do Escritório de Direitos
Humanos da instituição, com a participação do Ministério Público de Rondônia
(MPRO), mediante o Núcleo de Atendimento às Vítimas (Navit) e Promotoria de
Justiça da Infância. Também estiveram presentes a Secretaria Municipal de
Inclusão e Assistência Social (SIAS) e Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas
para Mulheres, além de integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) –
Seccional Rondônia.
O trabalho teve como
dinâmica a oferta de palestras e atendimento jurídico e psicológico, associados
à escuta sensível dos moradores e ao reconhecimento das particularidades da
vida ribeirinha.
Durante o encontro,
PRF e a Secretaria Municipal de Assistência Social realizaram palestras nas
escolas do distrito, centradas nos temas bullying, violação de direitos na
internet, projeção de futuro e qualificação profissional. “Esses momentos nos
trazem aprendizado, mas também a chance de sermos ouvidos. Eu gosto bastante”,
disse Patrícia Gabriele, de 14, anos, estudante da Escola Municipal Henrique
Dias.
A ação também
promoveu rodas de conversa com meninas e mulheres da comunidade e prestou
atendimentos voltados à prevenção e ao enfrentamento da violência doméstica e
violências contra crianças e adolescentes.
O Ministério Público
atuou em casos que apresentaram indícios de violência, fazendo encaminhamentos
jurídicos e adotando providências para a garantia de direitos.
“Iniciativas como
esta nos permitem identificar situações de vulnerabilidade com mais precisão e
garantem que direitos fundamentais não sejam violados. Quando estamos presentes,
conseguimos prevenir riscos, proteger pessoas e construir relações de
confiança”, afirmou a promotora de Justiça Tânia Garcia, que participou da
atividade.
Como parte da
mobilização, equipes do Navit-MPRO fizeram panfletagens de material informativo
Núcleo de Atendimento às Vítimas, com divulgação de contatos de redes de apoio.
Em seguida, foi
realizado encontro com representantes de instituições e órgãos públicos no
distrito, como Polícia Militar, Polícia Civil, Unidade Básica de Saúde e
escolas. Os agentes públicos apresentaram demandas relacionadas a
acessibilidade, segurança pública e meio ambiente, manifestações que foram
registradas, visando à adoção de medidas pertinentes.
O serviço
multiprofissional do Núcleo prestou diversos atendimentos individuais na
comunidade e São Carlos, que conta com uma atuação contínua dos especialistas
do Navit, prestando apoio para fortalecer ações de desenvolvimento econômico e
empoderamento feminino. A parceria é articulada por meio da Associação de
Mulheres Ribeirinhas de São Carlos, que tem com presidente a moradora Nágila
Oliveira.
Roda de Conversa

Com a proposta de construir uma relação horizontal, em que cada serviço prestado estivesse vinculado ao diálogo, foi realizado encontro com mulheres de São Carlos.
Na ocasião, a Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres coletou sugestões das participantes relacionadas à criação de uma feira de produtos extrativistas no distrito e realização de um curso de precificação, como forma de aprimorar o sistema de comercialização da produção local.
Na atividade, as moradoras expuseram desafios enfrentados em decorrência da última cheia, quando parte do distrito ficou alagada, mostrando resiliência e perspectiva de futuro.
“Acho importante termos esse momento de reflexão, de pensamos e olharmos em volta porque, apesar de todas as dificuldades, a gente sempre se reconstrói”, disse a agricultora Ludimila Valente, que, após os prejuízos causados pela enchente, comemora o cultivo de novas culturas na roça que mantém em São Carlos.
PRF

Organizador da ação, o Escritório Regional de Direitos Humanos da PRF é a unidade da Polícia Rodoviária Federal responsável por implementar, em nível regional, políticas de promoção, proteção e defesa dos direitos humanos dentro da corporação e em suas interações com a sociedade.
Conforme explicou a coordenadora, PRF Letícia Auler, sob várias temáticas, a unidade tem realizado palestras e sensibilizações, com o objetivo de prevenir e combater ilícitos, propor reflexões e contribuir com as comunidades.
“O projeto tem sido muito bem recebido, em especial pelos estudantes, para quem ofertamos palestras sobre carreiras, sonhos e aspirações. As parcerias com instituições que ofertam serviços jurídicos e de assistência social vêm da necessidade de atendermos a demandas sensíveis identificadas nesses encontros. Percebemos que a experiência tem dado certo”, afirmou.
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