Segunda-feira, 8 de dezembro de 2025 - 08h29

As fornadas de Natal na Cheiro do Pão dos
panettones premiados de Chocolate e Clássico Milanês, além da edição limitada
de Doce de Leite com Maracujá, Pistache e do Pandoro, consumirão juntos uma
tonelada de insumos nacionais e importados, como farinha italiana, fermento
natural, fava de baunilha de Madagascar, laranja italiana cristalizada em
cubos, laranja bahia, uvas passas, rum Bacardi Ouro, chocolate 38% e 70%, doce
de leite, pasta de maracujá, pistache, mel de acácia e manteiga de cacau. Serão
3.450 panettones somente neste mês de dezembro, representando um crescimento de
50% em relação ao mesmo período do ano passado, e 60% maior que o mês de
novembro deste ano – no mínimo.
As encomendas nacionais, via sedex, tem atendido
estados como Alagoas, Bahia, Brasília, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa
Catarina, São Paulo e Tocantins. Segundo explicou o padeiro cearense Brunno
Malheiros, o panettone entrou no cardápio em 2020 – ano de abertura da Cheiro
do Pão - e, desde então, pode ser degustado o ano inteiro.
O produto que leva frutas teve a procura aumentada
em dezembro do ano passado, após ser eleito pela segunda vez o Melhor do Brasil
e ocupar também o Top 10 mundial na competição Coppa Del Mondo Del Panettone, e
voltou a disparar nas vendas, juntamente com o de chocolate, em outubro deste
ano. Os novos reconhecimentos, que destacam não apenas o Ceará, mas o Brasil,
passaram pelo crivo técnico da Panettone World Championship 2025, novamente na
Itália: 2º melhor Panettone de Chocolate e 4º Clássico Milanês do mundo.
Nesta época do ano, as fornadas são mais robustas,
saindo, por vez, 180 panettones. Feito artesanalmente, cada receita leva três
dias para ficar pronta. “O fermento natural precisa ser alimentado com farinha
e água até ganhar o volume e a textura ideais para ser misturado com os demais
insumos. Esse processo inicial representa 90% do sucesso do panettone e a
técnica é sempre aperfeiçoada. Ou seja, a receita no próximo ano terá um novo
plus. Será melhor ainda”, explica Brunno Malheiros. Outra observação é sobre o
tempo que o panettone passa de cabeça para baixo, antes de ser embalado,
podendo chegar até 12 horas. “Eu costumo dizer que os panettones descansam mais
que os padeiros”, brinca o cearense. No total, são três dias entre preparação,
produção e finalização do panettone.
“Essa jornada é feita em equipe e com o suporte do meu
técnico para competições de panettone, o espanhol Massimiliano Liberatore.
Também há muito estudo envolvido, dedicação e o compromisso de todos que fazem
a Cheiro do Pão ser uma gigante na fermentação natural. E temos muito para
aprender e fazer ainda”
Brunno Malheiros
Para este período de festas, Brunno decidiu
incrementar a produção com duas novidades: Panettone de Doce de Leite com
Maracujá, que fez parte de uma das nove categorias na competição PWC 2025, e o
Pandoro, cuja primeira fornada aconteceu em junho deste ano. Ambos com edição
limitada. Também terá o sabor Pistache. Sobre o primeiro produto, a proposta é
unir a tradição italiana e a alma brasileira, com o tradicional doce de leite
artesanal sendo dissolvido delicadamente na massa, conferindo cremosidade e
maciez únicas. A pasta de maracujá e o mel de acácia completam essa receita
exclusiva e irresistível. Já o Pandoro, que tem como característica a forma que
remete à uma estrela de oito pontas, é o queridinho de quem aprecia uma massa
extremamente delicada, macia e sofisticada.
Empreendedorismo na veia
Mesmo tendo nascido em meio a panificação, pois seu
avô esteve à frente de uma das mais tradicionais padarias de Fortaleza ao longo
de cinco décadas, empreender nessa área e literalmente colocar a mão na massa
não foi fácil. Nem mesmo a resistência da família, que preferia vê-lo na parte
mais burocrática, fez com que o “padeiro”, como é carinhosamente conhecido
entre os amigos, desistisse da sua paixão pela produção.
Formado em Administração de Empresas pela
Universidade Federal do Ceará (UFC), chegou a estagiar no estabelecimento do
avô no recebimento de mercadorias, estoque, compras, financeiro e até no
contato com o público. Sem espaço, decidiu tomar outros rumos. Antes de abrir a
Cheiro do Pão em 23 de julho de 2020, no meio da pandemia e com apenas duas
fornadas e atendimento restrito ao WhatsApp e Instagram, Brunno trabalhou em
uma empresa familiar de consultoria de varejo.
Em busca de qualificação nessa área, fez o primeiro
curso na Levain Escola de Panificação, em São Paulo, no ano de 2017. “A partir
daí, a minha paixão só cresceu. Tive contato com a ciência do pão. Matemática,
química, física, biologia e muita farinha se misturavam. Então, tive a certeza
de que estava no caminho certo. Lá também aconteceu o primeiro contato com a
fermentação natural e pude entender a raiz da panificação”, descreve o padeiro
cearense, cujo brilho nos olhos reflete essa paixão e o compromisso de entregar
o melhor produto para os seus clientes.
Foram vários cursos e no meio uma interrupção
passageira por conta de uma queimadura de terceiro grau na mão esquerda, que o
fez perder por um tempo o movimento do dedo polegar. Entre tratamentos e
cirurgia para recuperar o movimento, dedicou seis meses para estudar ainda
mais. Passado esse processo, foram novos cursos, livros e viagens
internacionais que possibilitaram ter mais conhecimento sobre o universo da
panificação artesanal.
Os primeiros pães sob encomenda foram produzidos em
casa, com uma batedeira emprestada da mãe. Mas foi em 2019, com o apoio da avó
paterna, que Brunno iniciou a reforma de um pequeno espaço na residência dela
para ampliar a produção e diversificar o mix de produtos. São folhados variados
com recheios doces e salgados, como danishes, croissants, grissinis folhados
com queijo parmesão e pães de fermentação natural como franceses e italianos
produzidos pela Cheiro do Pão. Há, ainda, tortas rústicas com recheios de
cogumelo com gorgonzola ou tomatinhos cereja com cebola roxa e queijo parmesão.
E não poderia faltar a sobremesa no cardápio, com destaque para o tiramissu e o
banoffee.
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