Quarta-feira, 13 de setembro de 2023 - 15h08
Turismo é sempre um assunto
que provoca possibilidades de sorrisos e ares de satisfação em muitas rodas de
conversas, especialmente se os interlocutores se imaginarem na condição de
turistas.
Diante disso, sendo o turismo
uma atividade quase sem contraindicações, é salutar fazer sempre reflexões
sobre o seu potencial na contribuição do PIB de um país, de uma cidade ou de
uma localidade. Existem países que a atividade contribui com quase 15% de toda
a capacidade de gerar emprego e renda. Além disso, o turismo pode ser um grande
instrumento de preservação de valores, identidades culturais, patrimônios
materiais e imateriais que forjam a história de muitos povos.
O Brasil, um país continental
e “abençoado por Deus”, oferece paisagens das mais belas e inesquecíveis. Uma
gastronomia diversificada e saborosa. Tradições e manifestações culturais que
marcam para sempre quem vive tais experiências. Um povo hospitaleiro, de etnias
diversas, mas extremamente acolhedor, apesar das adversidades que sempre
enfrenta. Mas por qual razão o número de turistas que visitam esse grandioso
país patina sempre nos mesmos pífios números?
Não pode ser somente a
distância geográfica. Nosso vizinho Peru é um exemplo de promoção e visitantes
anuais. Não pode ser somente a implacável tributação que impõe grandes desafios
aos empreendedores. Deve ter algo a mais nesta história.
Talvez algumas das explicações
sejam a falta de institucionalização do turismo como modelo de desenvolvimento
por parte do ente público. Os planos de governo, invariavelmente, citam a
atividade muito en passant, quase que apenas “para constar”. Não existem
- ou são pouco conhecidas - linhas de incentivos federais, estaduais ou municipais
que encorajem os empreendedores a investirem em equipamentos turísticos. Os
recursos destinados à promoção, qualificação e infraestrutura são aquém do
necessário para o desenvolvimento pleno da atividade, sendo que o destino, para
ser bom para o turismo, precisa ser melhor ainda para o cidadão morador. Será
possível elencar algumas outras possibilidades, basta um debate com qualquer
trade turístico local no país.
Para evidenciar a força do
Turismo, um estudo da Gerência de Informação e Inteligência de Dados da
Embratur, mostra que o consumo do turista no Brasil movimenta 571 atividades
econômicas: 21 serviços ligados diretamente ao turismo, como agências de
turismo, hotéis, companhias aéreas; 191 atividades dedicadas aos moradores
locais, como bares, restaurantes, táxis e serviços médicos, mas que também
atendem turistas; 142 ligadas aos setores de fornecimento de bens e serviços
que atendem as empresas de turismo, como agricultura familiar, terceirização de
serviços de limpeza e contabilidade e 217 não são ligadas ao turismo, mas se
aquecem quando há mais turistas no país. É o caso de oficinas mecânicas e
construção civil.
Portanto, é preciso mudar esse
mindset e incluir o planejamento turístico em qualquer Plano Plurianual para
garantir um desenvolvimento cada vez mais sustentável da atividade turística em
nosso país, com maior geração e emprego e renda. As eleições vêm aí...
* Publicitário e jornalista,
tendo atuado em Turismo tanto no setor privado como na gestão pública
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