Quarta-feira, 10 de novembro de 2021 - 11h16
A flexibilização das medidas
de isolamento social, resultante do avanço da vacinação contra a covid-19, tem
reaquecido o ritmo de atividade dos serviços turísticos. E, segundo pesquisa
realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC), caso a tendência permaneça, a expectativa é que o segmento contrate
478,1 mil trabalhadores formais entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022,
entre eles 81,7 mil voltados especificamente para atender à demanda da alta
temporada, com vagas temporárias.
De acordo com o Índice de
Atividades Turísticas, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o volume de receitas do setor avançou 49,1% desde o fim da
segunda onda da pandemia no Brasil. E, embora ainda esteja 20,7% abaixo do
nível registrado antes do início da crise sanitária, é o melhor resultado desde
fevereiro de 2020.
Com a permanência desse
cenário, a CNC projeta que as atividades turísticas faturem R$ 171,9 bilhões ao
longo da próxima alta temporada. Isso contribuiria para levar o nível de volume
de receitas ao patamar registrado imediatamente antes do início da pandemia já
a partir de maio de 2022.
O presidente da entidade, José
Roberto Tadros, observa que um sinal de reativação parcial das atividades é o
comportamento de preços setoriais. "Embora, durante a primeira onda da
pandemia de covid-19, os serviços turísticos tenham ficado mais baratos,
apresentando reduções de 6,3% nas diárias de hotéis e pousadas e de 28,5% nas
passagens aéreas, por exemplo, nos últimos meses, a retomada da demanda e,
principalmente, a evolução de tarifas, como a energia elétrica, vêm
pressionando praticamente todos os preços da economia", avalia.
Apenas em 2021, a energia
elétrica acumulou alta de 24,97% e os gastos com energia representam, em média,
19% dos custos nos serviços de hospedagem e 15% em bares e restaurantes. Ainda
assim, de março de 2020 a outubro de 2021, a variação média dos preços dos
serviços turísticos (+7,8%) se deu abaixo da inflação medida pelo IPCA-15
(+11,8%) e alguns serviços típicos do setor ainda apresentaram preços
inferiores aos praticados antes do início da crise sanitária, como hospedagem
(-5,7%), transporte por aplicativo (-6,7%) e passagens rodoviárias
intermunicipais (-10,7%).
Com avanço na vacinação, vagas voltam a
surgir
O estudo também aponta que os
impactos positivos da flexibilização vêm sendo percebidos na geração de postos
de trabalho formal nas atividades turísticas. Em 2020, quando o setor
apresentou retração de 36% no volume de receitas, a diferença entre o número de
admissões (897,51 mil) e desligamentos (1,13 milhão) produziu um saldo negativo
anual de 238,68 mil vagas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged).
Já entre janeiro e setembro de
2021, antes do início do período de contratações para a alta temporada, as
empresas já haviam registrado um saldo positivo de 167,53 mil postos formais. A
maior parte dessas vagas (126,8 mil) foi gerada a partir de maio, com o avanço
da vacinação.
O economista da CNC
responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, analisa que, tradicionalmente, o
segmento que mais oferece oportunidades temporárias nessa época do ano é o de
bares e restaurantes. "Para a temporada iniciada este ano, o ramo deverá
responder por 77,5% ou 63,4 mil vagas. Outro ramo que costuma se destacar é o
de hospedagem, que, historicamente, oferece durante o período a quase
totalidade (97,2%) das suas vagas temporárias ao longo de doze meses. Para a
alta temporada 2021/2022, esse segmento deverá responder por 13,8% (11,2 mil)
do total de empregos criados no turismo."
Para o presidente da Federação
Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, o início da
primeira alta temporada após a adoção das medidas de flexibilização não apenas
gera expectativas positivas, mas ajuda a definir o andamento da economia
brasileira. "Esse período costuma concentrar até 44% da receita anual,
frequentemente fazendo a diferença entre um ano positivo ou negativo para as
empresas do setor, especialmente para os micro e pequenos estabelecimentos".
Profissões com maior
demanda
Do ponto de vista das ocupações, os principais profissionais demandados pelo setor ao longo da próxima alta temporada deverão ser: recepcionistas (14,49 mil vagas); cozinheiros e auxiliares (8,09 mil); camareiros (7,30 mil); garçons e auxiliares (4,76 mil); e auxiliares de lavanderia (7,76 mil). Regionalmente, São Paulo (23,49 mil vagas), Rio de Janeiro (10,34 mil) e Minas Gerais (7,43 mil) deverão oferecer metade do total de vagas.
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