Quinta-feira, 26 de setembro de 2019 - 06h02
ASSEMBLEIA OFICIALIZA CPI DA ENERGISA E COMEÇA SEUS TRABALHOS NA
PRIMEIRA SEMANA DE OUTUBRO
Vai começar uma CPI que certamente dará muito o que falar. Ela envolve
um dos assuntos mais complexos dos últimos tempos no Estado: a chegada da
Energisa, substituindo a antiga estatal Ceron. Nos últimos dois meses,
principalmente, um grande volume de reclamações contra a agora nova
distribuidora de energia aos rondonienses, chegou a um nível tão intenso, que
vários deputados começaram a achar que era um assunto que se precisaria
investigar. Vários pronunciamentos foram feitos, em cima dos protestos de consumidores,
até que o deputado Alex Redano, do Republicanos de Ariquemes, propôs a criação
de uma CPI, aprovada por unanimidade na ALE. O próprio Alex Redano foi eleito
residente da CPI, agora oficializada. Ismael Crispim, do PSB é o vice. Mas o
cargo mais importante, o de relator da CPI da Energisa, ficou com o
deputado Jair Montes, hoje presidente regional de um novo partido, o
Avante, já ele deixou o PTC pelo qual foi eleito. Participam como membros
os deputados Cirone Deiró (Podemos), Edson Martins (MDB), Adelino Follador
(DEM) como 1º suplente e Adailton Fúria (PSD) o 2º suplente.
A CPI foi instalada nesta quarta pela manhã na Assembleia Legislativa.
No dia anterior, ao autorizar a formação da Comissão, o presidente da ALE,
Laerte Gomes, já havia feito duras críticas à empresa, alegando desrespeito com
a população. Há duas vertentes principais na abordagem que a CPI pretende
priorizar: o aumento exagerado nas contas de luz nos últimos meses e as
denúncias de que a nova empresa de distribuição de energia no Estado estaria
fazendo cortes de energia fora dos parâmetros legais. Numa CPI, é sempre o
relator o nome mais destacado, porque é quem pauta os depoimentos e convoca
quem dela vai participar. Será de responsabilidade dele, também, o relatório
final sobre os resultados do que for apurado. A primeira reunião já foi
agendada por Montes para a primeira quinta-feira de outubro, dia 3 próximo, às
15 horas. A CPI não tem poder de punição, mas pode encaminhar às
autoridades do Ministério Público e Judiciário, conclusões que possam abrir
caminho a processos no futuro. O que se espera é que seja uma
investigação séria e profunda, que ouça os protestos da população, mas que
também proporcione a Energisa todas as oportunidades de explicar seu trabalho e
suas ações. Que os interesses políticos e nem os eleitorais tenha espaço e que
o alvo principal seja a busca de solucionar os problemas que estão angustiando
o consumidor rondoniense. Que precisa sim da Energisa e do seu serviço,
mas que precisa ser respeitado em todos os seus direitos. Que o bom senso guie
a CPI e que ela priorize sempre o interesse público.
A INJUSTIÇA CONTRA CHRISÓSTOMO
Ironia do destino e da legislação. Vamos resumir o assunto com os
números, que são oficiais. Dos candidatos à deputado federal eleitos por
Rondônia, o Coronel Chrisóstomo, do PSL de Jair Bolsonaro, não usou um só
tostão do fundo partidário. Zero. Mariana Carvalho utilizou 2 milhões e 229
mil; Jaqueline Cassol, 2 milhões e 96 mil; Lúcio Mosquini, 1 milhão e 499
mil; Léo Moraes, 622 mil; Expedito Netto, 618 mil e 900 reais; Mauro
Nazif 608 mil e 752 mil: Silvia Cristina, 160 mil e 353 reais. Qual a ironia? É
que, mesmo sem ter usufruído de um só centavo do Fundo Partidário, Chrisóstomo
pode até perder seu mandato, exatamente por causa dele, do tal Fundo. É que o
PSL rondoniense é um dos partidos que estão sendo denunciados na Justiça
Eleitoral de ter utilizado laranjas para completar a cota de mulheres. Seria
uma tremenda injustiça contra o Coronel, mas infelizmente, é a lei. O TSE já
decidiu que todos os eleitos pelos partidos que usaram esse subterfúgio, devem
perder seus mandatos. Oito deputados estaduais também correm o risco de
perderem seus mandatos. A decisão final em Rondônia começa a sair antes do
final do ano.
CAVALGADA DA EXPOPORTO É NESTE SÁBADO
Porto Velho, depois de muitos anos, vai viver um sábado diferente. Neste
28 de setembro, várias ruas da Capital serão tomadas por cavaleiros e seus
cavalos, além de grupos que vão participar a pé. É a volta da Cavalgada que
antecipa também outro retorno: o da feira agropecuária da Capital,
antes chamada de Expovel e que agora passará ser a ExpoPorto, nome escolhido
numa enquete promovida pelo governador Marcos Rocha em suas páginas das redes
sociais. A cavalgada do sábado não permitirá carros, caminhões e outros
veículos. A concentração será entre 8 e 10 horas da manhã, no Espaço
Alternativo. Dali, o grupo sairá em direção ao aeroporto Jorge Teixeira e
depois ingressará na avenida Lauro Sodré, até o Parque dos Tanques, num percurso
de aproximadamente quatro quilômetros. O secretário Jobson Bandeira convida a
população a participar. Haverá uma Costela Solidária, gratuita e para
participar da comilança, o participante terá que doar um quilo de alimento ou
um brinquedo. A primeira edição da ExpoPorto acontecerá de 2 a 6 de outubro (de
quarta a domingo), No Parque dos Tanques. O governo do Estado tenta ressuscitar
um evento que fez grande sucesso e que, desde 2010 não é mais realizada, nos
moldes de expositores, grandes shows e um rodeio internacional, que poderá
voltar, com o decorrer do tempo.
TARIFAS AÉREAS PODEM CAIR PELA METADE
A Câmara Federal está prestes a votar uma importante medida, que
beneficiará em muito o transporte aéreo brasileiro, certamente impondo um
sistema em que as grandes empresas aéreas, que dominam o mercado e impõe preços
abusivos nas tarifas, começarão a ter que rever essa posição, obrigadas que
serão pela concorrência. O projeto, se aprovado, permitirá o ingresso, em todo
o mercado nacional, das empresas aéreas estrangeiras, que praticam tarifas
chamadas de “low cost”, ou seja, de baixo custo. Elas não cobram nada por
bagagens, desde que o passageiro apenas leve as de mão; não há escolha de
assentos e nem serviço de bordo. Em compensação, o preço da
passagem pode cair até 50 por cento. Uma passagem pela Latam ou Gol entre
Porto Velho e Brasília, ida e volta, atualmente, pode chegar perto dos 1.600
reais. Pela Azul é ainda um pouco mais caro. No sistema Low Cost, o mesmo
trecho, ida e volta, cairia em pelo menos 50 por cento. Um dos incentivadores
do projeto é o líder da bancada rondoniense na Câmara, o deputado Federal Lúcio
Mosquini. Não só ele. Praticamente toda a bancada apoia a ideia. Todos
consideram que a concorrência será a única forma de derrubar os preços abusivos
das tarifas aéreas. Vamos acompanhar o assunto, que deve ser definido em breve.
PROMESSAS, PROMESSAS...
Por falar em aviões e aeroportos, é bom lembrar que nosso Jorge
Teixeira, que de internacional só tem o nome, continua apenas um pouco melhor
do que alguma rodoviária mais traquejada em determinadas capitais brasileiras
(menos a de Porto Velho, claro, que é uma vergonha!). A internacionalização
depende anda do alfandegamento e da instalação de um posto da Polícia Federal.
A promessa de que isso ocorra se arrasta há anos e até agora, não há qualquer
indício de que essas inovações sejam implantadas a curto prazo, pelo menos.
Além disso, o aeroporto Jorge Teixeira continua sendo motivo de piada. Nele,
não se pode enxergar os aviões que chegam e saem. A pista, também, pertence à
Base Aérea da Aeronáutica. Enfim, em relação ao Jorge Teixeira, tudo
continua também sob muitas promessas e pouca realidade...
NO TRÂNSITO, CADA UM POR SI
Há necessidade urgente de um pacote de ações práticas da Polícia
Militar, Detran, Semtran e até a Polícia Rodoviária Federal, contra alguns
motoristas e motoqueiros, que estão transformando o trânsito de Porto Velho num
verdadeiro inferno. A falta de respeito, a certeza da impunidade, as transgressões
absurdas que são ignoradas, a alta velocidade e a falta de sinalização em
muitos pontos, facilitam as loucuras. Na saúde pública, 70 por cento dos casos
são de pessoas vitimadas no trânsito. O que se vê são ações isoladas, sem um
comando, sem que haja um pacote de medidas tomadas em conjunto, contra o caos
que se instala pela cidade. Junte-se a isso a falta de educação generalizada e
de respeito aos outros e teremos o resumo da inacreditável situação em que
nosso trânsito está jogada. Está na hora de mudar esse quadro dantesco.
ARAS: VITÓRIA POR GOLEADA
Foi uma vitória fácil e marcante para o governo do presidente Jair
Bolsonaro. Livre das amarras de uma ala aparelhada do Ministério Público, que
impunha aos governos anteriores uma lista tríplice de nomes para a Procuradoria
Geral da República, o Presidente foi buscar outra alternativa, fora do grupo
que domina o MPF há anos. Escolheu Augusto Aras, um nome longe do
esquerdismo e ignorou os protestos das alas que imaginavam que continuariam
mandando e desmandando ao seu modo. Aras obteve 68 votos – só precisava de 41 –
e agora é o novo Procurador Geral para um mandato de dois anos. Antes da
votação, Aras foi sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Durante a sabatina, Aras criticou temas caros ao governo do presidente
Jair Bolsonaro, como a Operação Lava Jato, disse que a Lei de Abuso de
Autoridade “pode produzir um bom efeito” e defendeu a legalidade do Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf) – atual Unidade de Inteligência
Financeira – informarem casos de irregularidades. Ele substitui Raquel Dodge,
que ficou dois anos no cargo. A lista tríplice, ao menos nesse governo, está
morta e sepultada.
PERGUNTINHA
Será que nas próximas décadas Porto Velho ganhará, enfim, uma Rodoviária
decente, como tem a maioria das Capitais brasileiras?
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