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Sec saúde indígena coordena ações emergenciais no Acre


O secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves, está no Acre acompanhando as ações emergenciais de atenção e investigação epidemiológica em população indígena no município de Santa Rosa do Purus (AC). Na região, profissionais de saúde prestam atendimento, desde 15 dezembro, e realizam busca ativa de casos de Doença Diarreica Aguda (DDA), que atingiu 70 crianças indígenas neste ano. O grupo é composto por médicos, epidemiologistas, engenheiro, enfermeiros, nutricionistas, farmacêutico, bioquímico e técnicos de saneamento e percorrerá as 46 aldeias que compõe a região.

Antônio Alves realizou encontro com a secretária de Saúde do Estado do Acre, Suely de Souza Melo, o chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Purus (DSEI), Raimundo Costa, com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena, Gerson Severino da Silva Manchineli, e outras lideranças indígenas para definir estratégias de ação in loco e otimizar o apoio logístico disponibilizado pelo Ministério da Saúde e governo do Acre para o trabalho das equipes de saúde do DSEI Alto Rio Purus/SESAI.

“Estamos com um plano estratégico emergencial em curso, mas podemos efetivá-lo como ações permanentes na região”, salienta Antônio Alves. Segundo ele, todo esforço, neste momento, está sendo concentrado para que se evitem mais mortes. Até o momento, somam-se 12 óbitos entre crianças com menos de dois anos de idade de aldeias localizadas no município de Santa Rosa do Purus.

No domingo, Antônio Alves acompanhou as condições de saúde das crianças que se encontram em recuperação na Casa de Saúde do Índio (Casai) e esteve no Hospital da Criança do Acre nesta segunda-feira (23), onde encontram-se duas crianças internadas sendo que uma delas encontra-se na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica.

ASSISTÊNCIA – Entre as ações do plano emergencial - articulado pelo Ministério e governo estadual - está a definição de centros de retaguarda que deverão servir de referência para pacientes encaminhados das aldeias e o deslocamento de equipes de saúde para fazer o atendimento no próprio local.

Para conter novos casos, as equipes do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado do Acre estão providenciando a reidratação imediata de crianças por meio de soro via oral; distribuição de cerca de 150 filtros de barro para consumo de água às famílias das aldeias com incidência da doença. Estes filtros serão priorizados para famílias que contêm crianças com até quatro anos de idade.

Também está sendo promovida a distribuição de hipoclorito às mães para o tratamento da água; a disponibilização de suplemento alimentar para combater os casos de desnutrição infantil nas aldeias; aquisição de cestas básicas de alimentação e administração de vitamina “A” para crianças. “A vitamina A é importante porque aumenta a capacidade da criança de resistir a infecções, sobretudo a diarréia”, explica a secretária de Saúde do Estado do Acre, Suely de Souza.

SITUAÇÃO - Até o momento, duas crianças continuam internadas no Hospital da Criança (AC), uma em estado grave, na UTI, e a outra na enfermaria (três já tiveram alta). Desde dezembro, foram registrados 12 óbitos, sendo dez provocados pela DDA. De acordo com dados preliminares das investigações, foram notificados pela Secretaria Municipal de Saúde 186 casos suspeitos de Doença Diarreica Aguda (DDA) - 70 neste ano -, no período de 4.12.11 (primeiro caso) a 14.01.12, sem determinação da causa. Do total, 20 aldeias registraram casos da doença. Os sintomas predominantes são febre alta, vômito e diarreia. Quando abordados pelas equipes, os pacientes recebem atendimento e tratamento sintomático na aldeia, com reidratação oral. Os casos mais graves são removidos para atendim ento hospitalar.


INVESTIMENTOS: Em 2011, foram repassados R$ 6,4 milhões para o atendimento de mais de oito mil índios atendidos Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Purus. Esse DSEI compreende o sudeste do estado do Acre, o Noroeste de Rondônia e parte do sudoeste do Amazonas. O DSEI é a unidade central do Subsistema de Atenção a Saúde Indígena, e é o gestor das atividades técnicas e administrativas visando a prevenção de doenças, a promoção da saúde e o tratamento dos casos menos complexos, além da execução de ações de saneamento ambiental em terras indígenas.

As ações para conter o surgimento de novos casos de DDA passaram a ser intensificadas pelas equipes multidisciplinares do DSEI desde que o primeiro caso suspeito foi notificado, no dia 15 de dezembro. “De lá para cá, praticamente triplicamos a capacidade instalada na região, com visitas constantes das equipes médicas às aldeias que manifestaram casos”, ressalta Raimundo Costa.

A equipe do DSEI possui 392 profissionais. Desse total, no polo de Santa Rosa do Purus, a equipe multidisciplinar é formada por um médico, três enfermeiros, quatro técnicos de enfermagem, 13 agentes indígenas de saneamento ambiental e 25 agentes indígenas de saúde, que prestam atendimento nas 46 aldeias e 3.000 indígenas.

Fonte: Agência de Saúde


 

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