Quinta-feira, 18 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Saúde

Projeto investiga ocorrência de filariose na capital


A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), em parceria com a  Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Faculdade São Lucas, Associação de Moradores da Baixa da União e o Instituto de Ciências Biomédicas 5 da USP (ICB5/USP), fomentados pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) estão empenhados em estudar se há a ocorrência da filariose em  Porto Velho. A filariose é uma doença causada por um verme (Wuchereria bancrofti) e transmitida de pessoa a pessoa pela picada do mosquito comum (Culex quinquefasciatus).

No início da doença as pessoas não apresentam sintomas, porém, ao continuar sendo infectado pelas picadas dos mosquitos ao longo dos anos, a pessoa pode apresentar a doença conhecida como elefantíase, caracterizada pela ocorrência de inchaço exagerado dos genitais e principalmente das pernas. Nesta fase tardia não há mais cura da doença e apenas medidas paliativas para amenizar o sofrimento do paciente. O tratamento à base de drogas convencionais é eficiente apenas na fase inicial da doença e a cura é próxima a 100%.

A filariose é uma doença de ocorrência mundial, sendo notificada no Brasil nas áreas metropolitanas de Pernambuco, Alagoas, Bahia, Amazonas e Pará. Em 1950 o pesquisador mineiro René Rachou encontrou 0,5% da população de Porto Velho e Guajará-Mirim infectados com o verme e nunca mais foram realizados estudos sobre a doença.

Com o crescimento da população na capital, a carência de saneamento básico (levando a formação de criadouros do mosquito), a existência de portadores da doença como diagnosticado por Rachou em 1950 e a presença do mosquito, é de se supor que a parasitose esteja afetando a população de Porto velho.

Neste contexto, as instituições referidas acima e capitaneadas pelo ICB5/USP, irão examinar moradores das áreas de risco localizados nos bairros Triângulo, Baixa da União e Candelária para evidenciar a ocorrência da doença, tratar as pessoas doentes e controlar a sua  transmissão.

O projeto se desenvolverá em quatro etapas. Na primeira, o ICB5-USP capacitará recursos humanos (alunos de graduação) da Faculdade São Lucas, UNIR e funcionários da Sesau para diagnóstico de infecção em humanos e  mosquitos.

Em seguida, os alunos capacitados, junto com professores, irão, na segunda quinzena de agosto, até às residências nos bairros Triângulo, Baixa União e Candelária para realizar coleta de sangue dos moradores e coleta de mosquito.  A coleta de sangue será realizada entre  2 e  24 horas, pois as microfilarias só estão presentes na corrente sanguínea neste período (durante o dia eles se escondem na circulação profunda). A coleta de mosquitos será entre as 6:00 e 8:00 h, onde os mosquitos serão capturados pelos alunos dentro das casas e serão examinados para ver se estão infectados com o verme.

Já na terceira etapa, o material será examinado e analisado cientificamente. E por último, os pacientes positivos serão tratados e acompanhados pela equipe de saúde, onde será traçada estratégia para erradicação dos focos criadouros de mosquitos.

A colaboração da população é de extrema importância para o sucesso dos trabalhos. Os professores e alunos estarão identificados com camisetas e crachás alusivas ao projeto. As pessoas doentes serão encaminhadas para profissionais médicos para serem tratados e acompanhados.

Fonte: DECOM

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 18 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Governo de Rondônia oferece atendimento por telemedicina para pacientes do SUS em Porto Velho

Governo de Rondônia oferece atendimento por telemedicina para pacientes do SUS em Porto Velho

Com o compromisso de garantir acesso digno e moderno à saúde, o governo de Rondônia lançou o projeto Telemedicina na Policlínica Oswaldo Cruz (POC),

Hospital e Pronto-Socorro João Paulo II ultrapassa 23 mil atendimentos entre janeiro e agosto

Hospital e Pronto-Socorro João Paulo II ultrapassa 23 mil atendimentos entre janeiro e agosto

O Hospital Estadual e Pronto Socorro João Paulo II, referência no atendimento de urgência e emergência em Rondônia, prestou assistência a 23.635 pac

Fiscalização do TCE-RO em Porto Velho aponta avanços e falhas que afetam diretamente pacientes e profissionais de saúde

Fiscalização do TCE-RO em Porto Velho aponta avanços e falhas que afetam diretamente pacientes e profissionais de saúde

O que acontece dentro das unidades de saúde de Porto Velho afeta diretamente a vida de milhares de famílias. Por essa razão, o Tribunal de Contas do

Governo de Rondônia expande atendimento e capacita profissionais para tratar fissura labiopalatina

Governo de Rondônia expande atendimento e capacita profissionais para tratar fissura labiopalatina

Com o objetivo de descentralizar os serviços e garantir atendimento digno, o governo de Rondônia fortalece a saúde especializada no estado, com a re

Gente de Opinião Quinta-feira, 18 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)