Terça-feira, 31 de julho de 2007 - 12h41
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Faculdade São Lucas, Associação de Moradores da Baixa da União e o Instituto de Ciências Biomédicas 5 da USP (ICB5/USP), fomentados pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) estão empenhados em estudar se há a ocorrência da filariose em Porto Velho. A filariose é uma doença causada por um verme (Wuchereria bancrofti) e transmitida de pessoa a pessoa pela picada do mosquito comum (Culex quinquefasciatus).
No início da doença as pessoas não apresentam sintomas, porém, ao continuar sendo infectado pelas picadas dos mosquitos ao longo dos anos, a pessoa pode apresentar a doença conhecida como elefantíase, caracterizada pela ocorrência de inchaço exagerado dos genitais e principalmente das pernas. Nesta fase tardia não há mais cura da doença e apenas medidas paliativas para amenizar o sofrimento do paciente. O tratamento à base de drogas convencionais é eficiente apenas na fase inicial da doença e a cura é próxima a 100%.
A filariose é uma doença de ocorrência mundial, sendo notificada no Brasil nas áreas metropolitanas de Pernambuco, Alagoas, Bahia, Amazonas e Pará. Em 1950 o pesquisador mineiro René Rachou encontrou 0,5% da população de Porto Velho e Guajará-Mirim infectados com o verme e nunca mais foram realizados estudos sobre a doença.
Com o crescimento da população na capital, a carência de saneamento básico (levando a formação de criadouros do mosquito), a existência de portadores da doença como diagnosticado por Rachou em 1950 e a presença do mosquito, é de se supor que a parasitose esteja afetando a população de Porto velho.
Neste contexto, as instituições referidas acima e capitaneadas pelo ICB5/USP, irão examinar moradores das áreas de risco localizados nos bairros Triângulo, Baixa da União e Candelária para evidenciar a ocorrência da doença, tratar as pessoas doentes e controlar a sua transmissão.
O projeto se desenvolverá em quatro etapas. Na primeira, o ICB5-USP capacitará recursos humanos (alunos de graduação) da Faculdade São Lucas, UNIR e funcionários da Sesau para diagnóstico de infecção em humanos e mosquitos.
Em seguida, os alunos capacitados, junto com professores, irão, na segunda quinzena de agosto, até às residências nos bairros Triângulo, Baixa União e Candelária para realizar coleta de sangue dos moradores e coleta de mosquito. A coleta de sangue será realizada entre 2 e 24 horas, pois as microfilarias só estão presentes na corrente sanguínea neste período (durante o dia eles se escondem na circulação profunda). A coleta de mosquitos será entre as 6:00 e 8:00 h, onde os mosquitos serão capturados pelos alunos dentro das casas e serão examinados para ver se estão infectados com o verme.
Já na terceira etapa, o material será examinado e analisado cientificamente. E por último, os pacientes positivos serão tratados e acompanhados pela equipe de saúde, onde será traçada estratégia para erradicação dos focos criadouros de mosquitos.
A colaboração da população é de extrema importância para o sucesso dos trabalhos. Os professores e alunos estarão identificados com camisetas e crachás alusivas ao projeto. As pessoas doentes serão encaminhadas para profissionais médicos para serem tratados e acompanhados.
Fonte: DECOM
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