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Saúde

Prefeitura reforça estratégias para combater gravidez na adolescência


A prefeitura de Porto Velho adotará uma nova estratégia em 2012 para reduzir ainda mais os índices de gravidez na adolescência no Município, através do Programa De Novo Não. Conforme a médica Ida Perea Monteiro, diretora da Maternidade Municipal Mãe Esperança, dos 4.600 partos realizados em 2011, 1.380 foram de mães adolescentes, com idade entre 10 e 19 anos, o que representa 30% dos procedimentos realizados.

Uma das estratégias, de acordo com a médica, é ampliar o tempo de permanência das adolescentes na Maternidade, após darem à luz. “Em vez de receberem alta 24 horas depois do parto só serão liberadas após 48 horas”, afirma. Nesse período de tempo, os profissionais irão trabalhar a conscientização das parturientes sobre uso de preservativos e anticoncepcionais, cuidados com o bebê, amamentação, retorno aos estudos e retorno frequente à Maternidade para receberem anticoncepcionais e novas orientações.

Outro ponto importante é que, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e Casa da Juventude, a Maternidade pretende inserir as adolescentes em programas assistenciais do Governo Federal, na escola, em programas de qualificação profissional e também no mercado de trabalho.


Índices

O programa da prefeitura para combater a gravidez na adolescência foi instituído em março de 2007, um ano após a inauguração da Maternidade, devido a equipe médica ter constatado um grande número de adolescentes gestantes que procuravam a unidade de saúde para receber atendimento. Na época, o índice de reincidência chegava a 37%, mas atualmente reduziu para 25%.

A médica explica que a quantidade de adolescentes grávidas atendidas na Maternidade continua em torno de 30%. O que mudou foi a reincidência. “O Programa De Novo Não tem como objetivo conscientizar as jovens que dão à luz na Maternidade para que não engravidem novamente”, declarou. Ainda segundo a médica, a maior acréscimo se deu incidência de partos está entre as jovens de 10 a 14 anos. (aumento de 34,1% no número de partos e 110% no número de abortos).


Fatores

A maioria das adolescentes grávidas são filhas de pais separados e convivem geralmente apenas com a mãe. Pela necessidade de trabalhar para manter a casa, a mãe acaba deixando os filhos sozinhos, em situações vulneráveis. Sem condições de acompanhá-los durante o dia inteiro, torna-os alvos fáceis para os aliciadores do sexo, das drogas e da criminalidade. Também por falta de acompanhamento dos pais, os filhos deixam de ir para a escola ou mentem dizendo que vão estudar, mas desviam o caminho. “É enorme a quantidade de meninas que engravidam e estão fora da escola ou estão bastante atrasadas com relação a faixa etária. Por outro lado, entre as que estudam e não apresentam distorção na idade série escolar, o índice de gravidez na adolescência é de apenas 4%”, comentou Ida Perea.

Conquista

Um marco na administração do prefeito Roberto Sobrinho e uma grande conquista para as mulheres de Porto Velho. É assim que Ida Perea vê a Maternidade Municipal Mãe Esperança. Desde a sua inauguração, em 2006, cerca de 17 mil partos de baixa e média complexidade já foram realizados. “Antes da inauguração da Maternidade as mulheres sofriam muito, pois todas eram encaminhadas ao Hospital de Base, único local para atender as gestantes”, recorda. Atualmente, segundo a diretora da Maternidade, o Município realiza 70% dos atendimentos e o HB 30%. Além disso, o pré-natal também está sob a responsabilidade da prefeitura( lembrando: o estado também faz pré natal especialmente de alto risco).

Fonte:  Augusto José
 

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