Quinta-feira, 28 de julho de 2011 - 06h28
Carolina Pimentel
Agência Brasil
Brasília - Há um ano, Humberto Silva, 46 anos, descobriu que tem hepatite C. O diagnóstico já mostrou de imediato uma cirrose, estado avançado da doença. Os médicos não souberam dizer quando houve a infecção, mas supõe-se que foi ainda na infância, quando passou por uma cirurgia, e somente depois de anos foi detectada.
“Não sentia nada. A hepatite fica hospedada na pessoa e vai acabando com o fígado dela aos poucos, sem que ela perceba”, disse Silva, que preside a Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite.
Assim como o brasileiro Humberto Silva, milhares de pessoas em todo o mundo têm a doença e não sabem. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 2 bilhões tenham sido infectados pelas hepatites virais e 1 milhão morram por causa da doença a cada ano. O vírus é de 50 a 100 vezes mais infeccioso do que o HIV.
No Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, lembrado hoje (28), a OMS chama a atenção das autoridades e nações para a importância do diagnóstico precoce dessa epidemia silenciosa. Na maioria dos casos, os sintomas não aparecem e, quando ocorrem, pode ser um sinal de que a doença está na fase crônica. Os mais comuns são cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômito, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
“A pessoa não se reconhece doente. Por ser uma doença silenciosa, o diagnóstico é muito difícil”, disse o presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Raymundo Paraná. O médico alerta que o consumo de álcool e a obesidade contribuem para evolução mais rápida da doença.
Estima-se que existam 5 milhões de brasileiros infectados pelos vírus B e C da hepatite, segundo as entidades da sociedade civil. Mais de 90% desconhecem ter a doença. De 1999 a 2009, foram confirmados mais de 284 mil casos dos cinco tipos de hepatite (A,B,C,D e E) no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. No mesmo período, 20.073 mortes foram registradas, sendo 70% delas devido à hepatite C, a mais agressiva. No país, as mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C.
Sem saber da doença, aumenta o risco de a inflamação no fígado agravar-se e provocar danos mais graves à saúde, como cirrose ou câncer. Humberto Silva, presidente da Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite, defende que os médicos criem o hábito de pedir o teste para identificar a doença precocemente. O exame pode ser feito por meio da coleta de sangue ou biópsia do fígado. “É preciso que alguém interrompa o ciclo da hepatite. Não se pode esperar que a pessoa descubra sozinha”, disse.
O tratamento está disponível na rede pública de saúde, pode ter duração de seis meses a um ano, dependendo do tipo de hepatite. Podem ocorrer efeitos colaterais, como dores musculares e queda de cabelo, mas a taxa de abandono da terapia é baixa. Os medicamentos mais usados são o Interferon (injeção subcutânea) e a Ribavirina (comprimidos). Na rede privada, o tratamento pode chegar a R$ 50 mil.
Existem vacinas contra as hepatites A e B, disponíveis em centros de referência imunobiológica e nos postos de saúde, respectivamente. A hepatite C não tem vacina, mas pode ser curada.
Como é a transmissão das hepatites virais:
• Hepatites A e E: a transmissão ocorre por meio do contato com indivíduo, água ou alimento contaminado com o vírus. Está relacionada à falta de higiene e de saneamento básico.
• Hepatites B e C: transmitidas por relação sexual desprotegida, da mãe para o filho durante o parto, pelo uso compartilhado de seringas, lâminas de barbear, alicates de unhas e objetos cortantes, assim como os usados em tatuagem e piercing, e por transfusão de sangue infectado. No caso da C, a infecção pelo sexo sem camisinha é mais rara.
• Hepatite D: ocorre em quem tem o vírus da hepatite B. A transmissão é semelhante à do tipo B.
Arthur Chíxaro tem seis anos, mas carrega consigo uma história de superação que emociona. Prematuro extremo, nasceu com apenas 26 semanas de gestação
Governador Marcos Rocha fortalece Tratamento Fora de Domicílio e transforma vidas em Rondônia
O Tratamento Fora de Domicílio (TFD) tem sido fortalecido na gestão do governador Marcos Rocha, garantindo atendimento especializado a pacientes que
Governador Marcos Rocha reforça compromisso com a saúde e inicia cirurgias endovasculares em Vilhena
Com um olhar atento às necessidades da população e determinação para levar saúde de qualidade a todas as regiões do estado, o governador de Rondônia
Clínica Sorriso Mágico promove Plantão do Sorriso Saudável
A Clínica Sorriso Mágico, referência em atendimento odontológico humanizado na zona sul de Porto Velho, realiza nos dias 25 e 26 de abril, das 08h à