Quinta-feira, 25 de setembro de 2025 - 18h25
Quando o assunto é saúde, o cuidado começa dentro de casa. Vacinar meninos
e meninas contra o HPV é mais do que uma decisão individual: é uma forma de
proteger toda a família e evitar doenças graves no futuro. Em Rondônia, a
vacina está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pode
salvar vidas.
O público prioritário são meninas e meninos de 9 a 14 anos, faixa em que
a resposta imunológica é mais eficaz. Além disso, o Ministério da Saúde já
anunciou que adolescentes de 15 a 19 anos também podem receber o imunizante até
o fim de 2025.
Segundo a responsável pelo Eixo Saúde da Família do Idomed e
coordenadora do curso de Enfermagem da Estácio, Emanoela Sousa, a definição
dessa faixa etária tem um motivo claro. “É essencial que as vacinas cheguem até
meninos e meninas entre 9 e 14 anos, porque nessa fase especial de vida, as
crianças ainda não iniciaram a vida sexual, aumentando a resposta da
prevenção”, explica.
Apesar de ser uma vacina segura e eficaz, a adesão ainda enfrenta
obstáculos culturais e de desinformação. Muitos pais e mães têm receio de
vacinar os filhos. Para Emanoela, esse é um dos maiores entraves. “Nós temos um
grande desafio em relação à vacinação contra o HPV, porque muitos pais e mães
entendem que vacinar contra o HPV é um estímulo para relações sexuais. E muito
pelo contrário: essas crianças e adolescentes que vão tomar a vacina estarão
preparadas para, no futuro, quando iniciarem sua vida sexual, já estarem
protegidas. A vacinação é medida promotora de saúde e não incentiva o início da
vida sexual”, ressalta.
Embora os adolescentes sejam o foco da campanha, outros grupos também
têm direito à vacina. “Mulheres e homens que convivem com HIV, pessoas
imunocomprometidas entre 15 e 45 anos e usuários de PrEP (Profilaxia
Pré-Exposição) contra o HIV também podem se vacinar”, destaca a coordenadora.
Entenda a
ligação entre o vírus e o câncer
O HPV é um vírus transmitido sexualmente que pode permanecer no
organismo por anos sem apresentar sintomas. Essa característica faz com que
muitas pessoas sequer saibam que estão infectadas, o que aumenta o risco de
transmissão e de complicações no futuro.
“O HPV é o papiloma vírus humano. Ele transmite infecção sexualmente
transmissível, causando verrugas genitais e, muitas vezes, essas lesões estão
associadas ao câncer do colo do útero, do ânus, do pênis, da boca e da
garganta. No mundo estão catalogados mais de 200 tipos de vírus do HPV. É uma
infecção que, na maioria das pessoas, não têm sintomas e pode ficar latente
durante meses ou anos sem se manifestar”, explica Emanoela.
Além das manifestações clínicas visíveis, existem também lesões chamadas
subclínicas, que não podem ser percebidas a olho nu, mas elevam o risco de
evolução para o câncer.
“Esses tipos de HPV causam um alto risco para o desenvolvimento da
doença. Por isso é tão importante vacinar adolescentes. Tanto meninos como
meninas devem tomar a vacina para se prevenir contra o vírus e contra a
possibilidade de lesões cancerígenas”, reforça.
Desde a década de 1980, pesquisas científicas vêm confirmando a relação
direta entre o HPV e o surgimento de diferentes tipos de câncer. Estima-se que,
em mais de 95% dos casos de câncer de colo do útero, o vírus esteja presente.
A boa notícia é que a vacina tem se mostrado altamente eficaz para
impedir a infecção e, com isso, reduzir drasticamente o risco de
desenvolvimento de tumores. Experiências internacionais comprovam o impacto
positivo: em países como a Austrália, que já alcançaram alta cobertura vacinal,
foi registrada uma queda expressiva nas lesões pré-malignas que antecedem o
câncer.
Serviço: Em Rondônia, a vacina contra o HPV está disponível gratuitamente
em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Para receber a dose, basta levar
o cartão de vacinação.
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