Quinta-feira, 6 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Saúde

Gordura no fígado: ressonância magnética é fundamental



*Márcio Sarmento

A cada cinco pessoas, uma sofre de gordura no fígado – muitas vezes sem saber. A ‘esteatose hepática não alcoólica’ é uma condição cada vez mais comum nos países ocidentais e provoca aumento do fígado e mudança em sua coloração – podendo evoluir para hepatite gordurosa e cirrose hepática caso não seja diagnosticada e tratada a tempo. Em termos de diagnóstico e acompanhamento, o uso da ressonância magnética como biomarcador quantitativo da gordura presente nas células encontradas no fígado é a mais recente novidade.

Obesidade, malnutrição, taxa elevada de triglicérides e colesterol no sangue, síndrome metabólica, cirurgia de redução de estômago, diabetes tipo 2 e contato prolongado com pesticidas são fatores de risco para essa doença que deve ser tratada fundamentalmente com a redução das condições citadas. Sendo potencialmente reversível, o incentivo da pesquisa por novos métodos de rastreamento e avaliação de sua severidade é muito importante. Por isso, a doença é considerada um problema de saúde pública.

Uma série de avanços técnicos fez com que hoje seja possível medir a fração de sinal de gordura hepática com o auxílio da ressonância magnética, criando mapas anatômicos com o auxílio de software. Pela primeira vez, então, é possível fazer um acompanhamento quantitativo e muito mais objetivo da resposta do paciente ao tratamento. Até recentemente, outros métodos de imagem vinham sendo empregados no diagnóstico e acompanhamento da esteatose hepática não alcoólica, mas apresentavam inconvenientes.

Ainda em relação aos exames disponíveis para diagnosticar a doença, o padrão ouro na detecção e quantificação de gordura no fígado continua sendo a biópsia hepática. Mas, por ser um método invasivo, não é o mais adequado para rastreamento e monitoramento terapêutico dos pacientes. A ultrassonografia, por sua vez, apresenta excelente sensibilidade, mas não é um método quantitativo. Já a tomografia tem o inconveniente de envolver radiação e ter menor sensibilidade para casos leves e moderados.

Nos Estados Unidos, onde 35% dos adultos são obesos, estudos divulgados pela Clínica Mayo revelam que entre 25% e 35% da população têm fígado gorduroso. Como o problema pode ser assintomático em sua fase inicial, vale a pena consultar um médico em casos de perda súbita de peso, fadiga em excesso e dor no lado direito, logo acima do abdome – principalmente se a pessoa se enquadra nos principais fatores de risco.

*Dr. Márcio Sarmento é médico radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo – www.cdb.com.br
 

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 6 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Com novos equipamentos, parte dos pacientes oncológicos não precisarão mais ficar internados para receber quimioterapia em Cacoal

Com novos equipamentos, parte dos pacientes oncológicos não precisarão mais ficar internados para receber quimioterapia em Cacoal

A Associação Assistencial à Saúde São Daniel Comboni (ASSDACO) recebeu, na última sexta-feira (24), novos equipamentos destinados à enfermaria oncol

Secretário da Sesau visita pacientes do mutirão de cirurgia

Secretário da Sesau visita pacientes do mutirão de cirurgia

Na manhã desta terça-feira, o secretário de Saúde (Sesau), coronel Jeferson Rocha, visitou os pacientes do mutirão de saúde que estão internados no Ho

Gente de Opinião Quinta-feira, 6 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)