Segunda-feira, 13 de outubro de 2008 - 06h25
Agência FAPESP  Novos fatores genéticos de risco para a calvície foram identificados em dois estudos independentes publicados neste domingo (12/10) na edição on-line da revista Nature Genetics.
Um terço dos homens aos 45 anos são afetados, em diferentes níveis, pela alopécia androgênica (ou calvície masculina). O problema não tem apenas implicações sociais, mas até mesmo foi relacionado com problemas como doenças coronárias.
Estudos anteriores haviam identificado que variações no gene que codifica o receptor de androgênio (hormônio controlador do crescimento dos órgãos sexuais masculinos) contribuem para a suscetibilidade do problema, mas fatores genéticos de risco adicionais não haviam sido descobertos.
Nos artigos publicados agora, os dois grupos verificaram a estreita relação entre a calvície masculina e ocorrência de duas variantes no cromossomo 20. Segundo o estudo de Tim Spector, do Kings College de Londres, e colegas o aumento do risco é muito expressivo.
As variantes estão próximas dos genes pax1 e foxa2. De acordo com o grupo, indivíduos com as duas variantes têm risco sete vezes maior de desenvolver calvície.
O estudo foi feito inicialmente com 1.125 homens caucasianos com calvície masculina. Após a identificação das variantes genéticas, foi feita nova análise em 1.650 homens, novamente brancos com ascendência européia, que confirmou a associação.
Podemos presumir que o problema seja causado pela mesma variação genética em indivíduos não-caucasianos. Mas, como ainda não estudamos essas população, não temos certeza disso, disse Brent Richards, da Universidade McGill, no Canadá, um dos autores do estudo.
Embora a descoberta represente um importante avanço científico, os autores dos dois estudos apontam que ela não implica o desenvolvimento de novas formas de tratamento ou menos ainda a cura para a calvície.
Apenas identificamos uma causa. Tratar a calvície masculina exigirá mais pesquisas. Mas é claro que para encontrar formas de tratamento o primeiro passo é identificar a causa, disse Richards.
Felix Brockschmidt, da Universidade de Bonn, na Alemanha, um dos autores da outra pesquisa concorda e destaca que essa é apenas a segunda região do genoma que foi comprovadamente associada com a queda prematura de cabelo.
Agora queremos tentar descobrir o papel dessa região genômica no crescimento de cabelos. Somente quando esse objetivo for atingido poderemos saber se estamos no caminho certo na busca por novas formas de tratamento, disse.
Os artigos Male-pattern baldness susceptibility locus at 20p11, de Brent Richards e outros, e Susceptibility variants for male-pattern baldness on chromosome 20p11, de Alex Hillmer e outros, podem ser lidos por assinantes da Nature Genetics em www.nature.com/ng.
Fonte: FAPESP
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