Quarta-feira, 1 de outubro de 2025 - 14h56
Rondônia ocupa hoje o 2º lugar no
ranking da região Norte em envelhecimento populacional, segundo o último Censo
do IBGE. O estado já conta com 36,84 pessoas com 65 anos ou mais para cada 100
crianças de zero a 14 anos, índice que coloca o município de São Felipe d’Oeste
como destaque, com a maior proporção de idosos frente a jovens no estado
(70,52). Esse cenário reforça a importância de discutir estratégias de saúde
voltadas à longevidade.
Especialistas apontam que a
combinação de hábitos saudáveis com o consumo de alimentos regionais pode ser
decisiva para preservar a saúde dos ossos e garantir mais qualidade de vida.
Para a coordenadora do curso de Nutrição da Estácio UNIJIPA, Jéssica Brasil,
cuidar da alimentação não deve ser uma preocupação apenas da terceira idade.
“Uma vida inteira de hábitos equilibrados, que incluem alimentação saudável e
rotina ativa, torna o processo de envelhecer muito mais leve. Nutrientes como
cálcio, fósforo, vitamina D, proteínas e gorduras saudáveis são fundamentais
para manter a saúde óssea e evitar doenças como a osteoporose”, explica.
A nutricionista destaca que a
própria alimentação amazônica oferece uma variedade de opções riquíssimas para
essa prevenção. “O açaí, o buriti, a castanha-do-pará, o cupuaçu e os peixes
regionais como o tambaqui, a matrinxã e o pirarucu são excelentes fontes de
nutrientes que fortalecem os ossos, músculos e articulações. Até mesmo as
PANCs, as chamadas Plantas Alimentícias Não Convencionais, como a taioba e a
ora-pro-nóbis, são valiosas e muitas vezes subestimadas”, reforça.
Além da dieta, manter o corpo
ativo é essencial para frear a perda natural de massa óssea e muscular, que
costuma se acentuar a partir dos 50 anos, especialmente em mulheres após a
menopausa. A coordenadora do curso de Fisioterapia da Estácio UNIJIPA, Giselle
Helena Gonçalves, explica que o movimento diário é um aliado poderoso da
longevidade. “Atividades simples como caminhar, dançar, subir escadas ou até
cuidar das plantas ajudam a estimular a formação da massa óssea e fortalecem a
musculatura. Esse conjunto reduz o risco de quedas, melhora o equilíbrio e
contribui para a autonomia do idoso”, aponta.
A integração entre alimentação e
exercício, segundo a especialista, potencializa os resultados. “Durante a
prática física, o corpo exige nutrientes para regenerar tecidos e fortalecer
ossos e músculos. Quando associamos uma dieta equilibrada, rica em proteínas,
cálcio, vitamina D e antioxidantes, os ganhos são mais rápidos e duradouros,
refletindo diretamente na qualidade de vida do paciente”, afirma Giselle.
O recado das especialistas é
claro: envelhecer com saúde depende de escolhas feitas ao longo da vida. No
contexto amazônico, onde a diversidade alimentar é um patrimônio cultural,
saber valorizar os alimentos da região e manter um estilo de vida ativo pode
ser o caminho mais eficaz para garantir ossos fortes, autonomia e bem-estar
na melhor idade.
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Veja a entrevista:
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