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Enfermeira da Agevisa explica qual a diferença entre gripe e resfriado e quais os cuidados para evitar os dois problemas


A enfermeira e coordenadora da Rede de Frios de Distribuição da Agência de Vigilância Sanitária de Rondônia (Agevisa), Juliana Silva Pinheiro, afirma que as pessoas não sabem diferenciar os sintomas da gripe e do resfriado. A principal diferença entre a gripe e o resfriado é a intensidade dos sintomas e o local das vias respiratórias afetadas.

Segundo Juliana Pinheiro, a gripe é causada pelo vírus Influenza, H1N1 e H3N2 e pode durar de 7 a 10 dias, a pessoa sente febre alta, tosse, muita dor muscular e forte dor de cabeça. Além disso, há dor na garganta, olhos e nariz escorrendo. A complicação da gripe pode ser a pneumonia.

Já o resfriado é causado pelo Rhinovírus ou outros semelhantes, tem duração de 2 a 4 dias, os sintomas são tosse, dor muscular e uma leve dor de cabeça, mal-estar, nariz escorrendo e pode haver rouquidão e são febre baixa.  As complicações do resfriado podem ser a otite, sinusite e bronquite.

A enfermeira Juliana Pinheiro explica que o vírus influenza pertencente à família Ortomixiviridae, possui RNA hélice única e se subdivide em três tipos antigenicamente distintos: A, B e C. O Vírus tipo A é mais suscetível às variações antigênicas, e periodicamente sofre alterações em sua estrutura genômica, o que contribui para os diversos subtipos.

São responsáveis pela ocorrência da maioria das epidemias de influenza e classificados de acordo com os tipos de proteínas que se localizam em sua superfície, chamadas e hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). A proteína H está associada à infecção das células do trato respiratório superior, onde o vírus se multiplica, enquanto a proteína N facilita a saída das partículas virais do interior das células infectadas.

O vírus influenza A infecta o homem, suínos, cavalos, mamíferos, marinhos e aves; o tipo B infecta exclusivamente humanos e o tipo C humanos e suínos. Os vírus são: Influenza B, H1N1 e H3N2. Os sintomas da gripe são classicamente o quadro clínico da influenza tem início abrupto como: febre, tosse seca, dor de garganta, mialgia, cefaleia e prostração.  E a transmissão acontece de forma direta de pessoa a pessoa, é mais comum e ocorre por meio de gotículas expelidas pelo indivíduo infectado com o vírus influenza ao falar, espirrar e tossir. Eventualmente, pode ocorrer transmissão pelo ar, pela inalação de partículas residuais, que podem ser levadas e distâncias maiores de 1m. Há evidências de transmissão pelo modo indireto, por meio do contato com as secreções de outros doentes.

Segundo a profissional de saúde, existem várias maneiras de prevenir a gripe, além da vacina. As precauções padrão são: higienização das mãos antes e após o contato com paciente; uso de equipamento de proteção individual (EPI); uso de óculos e máscara se houver risco de respingos; descarte adequado de resíduos.

Além de outras bastante simples, mas que fazem a maior diferença, como cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; não compartilhar objetos de uso pessoal; manter ambientes bem ventilados; evitar o contato próximo com pessoas que apresentem sinais e sintomas da influenza; evitar sair de casa no período de transmissão da doença; evitar aglomerações e ambientes fechados; orientar o afastamento temporário do trabalho, escola entre outros até 24h após cessar a febre.

Juliana Pinheiro explica que a vacina que imuniza contra a gripe ofertada pelo Sistema Única de Saúde (SUS) é a vacina trivalente, fragmentada e inativada. Cada dose da vacina influenza contém cepas do vírus Myxovirus influenzae inativados, fragmentados e purificados, correspondente aos antígenos hemaglutinina (HÁ). Serão disponibilizadas vacinas produzidas pelo Instituto Butantan e Instituto Butantan/Sanofi Pateur-França. A-Michigan/45/2015 (H1N1), A/Singapore/INFIMH-16-0019/2016 (H3N2), B-Phuket/3073/2013.

A enfermeira explica que existe diferença entre a vacina do SUS e a vacina vendida na rede particular. Segundo ela, as vacinas influenza disponíveis no Brasil são todas inativadas (de vírus mortos), portanto sem a capacidade de causar doença. Até 2014, estavam disponíveis no Brasil, apenas as vacinas trivalentes, contendo uma cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B (linhagem Yamagata ou Victoria).

As novas vacinas quadrivalentes, licenciadas desde 2015, contemplam, além dessas três, uma segunda cepa B, contendo em sua composição, as duas linhagens de Influenza B: Victoria e Yamagata. Como as trivalentes, as vacinas quadrivalentes são inativadas e não possuem adjuvantes em sua composição. Em 2018, as vacinas trivalente e quadrivalente terão uma nova cepa A/H3N2 (Singapore), que substituirá a cepa A/H3N2 (Hong Kong) presente no ano anterior. Portanto, a vacina disponível pelo SUS é a trivalente e da rede particular é a quadrivalente.

Campanha de Imunização contra gripe

O público alvo da campanha de imunização de combate à gripe que teve início no dia 23 de abril e vai até 01 de junho, são crianças de 6 (seis) meses a menores de cinco anos (4 anos 11 meses e 29 dias), todas as crianças que receberam uma ou duas doses da vacina influenza sazonal em 2017, devem receber apenas uma dose em 2018. A mobilização nacional será dia 12 de maio.

Grávidas em qualquer idade gestacional, mulheres até 45 dias após o parto estão incluídas no grupo alvo de vacinação. Todos os trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade. Professores da rede pública e particular, povos indígenas a partir dos seis (6) meses de idade, pessoas a partir de 60 anos, adolescentes e jovens com idade entre 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população carcerária, funcionários do sistema prisional e portadores de doenças crônicas e outras condições clínicas especiais (conforme listagem definida pelo Ministério da Saúde.


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