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Saúde

Campanha pretende vacinar mais de 24 milhões brasileiros


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, deu início, neste sábado (5), a 14ª Campanha de Vacinação Contra a Gripe. A campanha vai até o dia 25 de maio e pretende vacinar 24,1 milhões de pessoas, ou seja, 80% do público alvo: pessoas com mais de 60 anos de idade, trabalhadores de saúde, crianças entre seis meses e menores de dois anos, gestantes e povos indígenas que devem procurar um dos postos de vacinação mais próximo de casa ou trabalho para ser imunizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Neste primeiro dia, acontece o chamado “Dia D de Mobilização”, onde postos de saúde de todo o país vão funcionar das 8 horas às 17 horas. O ministro Alexandre Padilha explicou que a ideia é promover um dia de intensa mobilização da comunidade e ampliar a cobertura vacinal. “Hoje, no Die D, não só unidades de saúde estão abertas para atender ao público, mas também temos parcerias com igrejas, shoppings e clubes de futebol. São 65 mil postos de vacinação em todo o país, além de 27 mil veículos em mobilização, quer sejam fluviais para chegar até a região Amazônica ou caminhonetes para chegar até a área rural”, disse, durante visita à Clínica da Família Otto Alves de Carvalho, em Jacarepaguá (RJ). A mobilização com a presença do ministro será feita também em Porto Alegre (RS), à tarde.

Desde 1999, idosos e população indígena recebem a imunização. A partir do ano passado, crianças entre seis meses e dois anos de idade incompletos, mulheres grávidas em qualquer fase da gestação e trabalhadores de saúde também passaram a receber as doses. Já neste ano, a vacinação também se estenderá para a população prisional. A imunização desse grupo ocorrerá logo após a campanha, em estratégias definidas pelas secretarias de Saúde e Justiça estaduais e municipais.

A escolha dos grupos foi recomandada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), respaldada em estudos epidemiológicos e na observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. Segundo Padilha, ao vacinar o grupo prioritário, os resultados são sentidos em toda a sociedade. “Também estamos protegendo todo o conjunto da sociedade, porque cortamos a cadeia de transmissão do vírus para o conjunto da sociedade”, comentou.

O principal objetivo da campanha de vacinação é reduzir a mortalidade, as complicações e as internações provocadas por infecções do vírus da gripe. Além do público alvo, também podem vacinar pessoas com comorbidades, sob prescrição médica, nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIEs).

A campanha deste ano tem como lema “proteger é cuidar”. O Ministério distribuiu para os estados e Distrito Federal, 31,1 milhões de doses da vacina e repassou R$ 24,7 milhões do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos fundos estaduais e municipais. Esses recursos são usados para custear a infraestrutura das campanhas, como a aquisição de seringas e agulhas, o deslocamento das equipes e o material informativo distribuído. Cerca de 240 mil profissionais do SUS estarão envolvidos na ação.

A campanha é realizada pelo Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de todo o país. A vacina protege contra os três principais vírus da gripe que circulam no hemisfério Sul, entre eles o da influenza A (H1N1), como recomenda a OMS.

Como a vacina a ser utilizada na campanha de 2012 tem a mesma composição da utilizada em 2011, todas as crianças de 6 meses a menores de 9 anos que receberam uma ou duas doses da vacina contra a influenza sazonal em 2011, devem receber apenas uma dose em 2012.

EFICÁCIA DA VACINA – Estudos apontam que a campanha anual de vacinação contribuiu ao longo dos anos para a prevenção da gripe nos grupos imunizados, quebrando, por consequência, a cadeia de transmissão para a população em geral.

Em 2011, foram imunizadas 25,1 milhões de pessoas, o que representou 84,1% do público total de 29,9 milhões. Resultado da imunização, já em 2011, houve redução de 64,1% nas mortes por agravamento da gripe H1N1 – foram 53 óbitos, contra 148 no ano anterior. Já o número de casos graves notificados teve redução de 44% - de 9.383 para 5.230.

Estudos demonstram ainda que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% do número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global. Entre os residentes em lares de idosos, pode reduzir o risco de pneumonia em aproximadamente 60%, e o risco global de hospitalização e morte em cerca de 50% a 68%, respectivamente.

Além da ampliação do público-alvo no ano passado e da superação da meta de vacinar 80% deste grupo, o ministro da Saúde atribui a sequencia de reduções nos óbitos, casos graves e hospitalizações pela forma mais grave da gripe, “a ampliação da distribuição do único remédio que existe contra influenza, que é o oseltamivir”.

A OMS estima que há no mundo cerca de 1,2 bilhão de pessoas com risco elevado de complicações por gripe: 385 milhões de idosos acima de 65 anos de idade, 140 milhões de crianças, e 700 milhões de crianças e adultos com doença crônica.

REAÇÕES - A vacina não é recomendável para pessoas com alergia à proteína do ovo – usada na fabricação – ou para quem teve reações adversas a doses anteriores. Em casos de doenças agudas e febris ou de pacientes com doenças neurológicas, é aconselhável a busca de avaliação médica.


Fonte: Amanda Costa, da Agência Saúde

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