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BRASIL É LÍDER EM MORTES POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. AÇÃO ALERTA PARA TRATAMENTO



O Brasil é o líder mundial em mortes por insuficiência cardíaca. São 100 mil novos casos a cada ano e 12,5% dos internados por causa da doença morrem no hospital, segundo dados da Associação Brasileira de Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca Artificial (ABEC) e do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA) da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV).

No país, ainda é grande o número de pessoas com alterações graves sem saber que são portadores de insuficiência cardíaca e, portanto, sem receber o tratamento adequado. Um dos meios para se corrigir essa doença é o marcapasso, um dispositivo eletrônico que substitui o sistema elétrico natural do coração, proporcionando a cadência e frequências de batimentos adequadas às necessidades do corpo humano.

Enquanto no Brasil há apenas 199 marcapassos implantados por milhão de habitantes, no Chile são 216, na Argentina, 382, no Uruguai, 578 e em Porto Rico, 606. Em países desenvolvidos, a diferença é ainda maior: 746 implantes por milhão na Espanha, 1.126 nos Estados Unidos e 1.267 na Alemanha.

Com o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos da insuficiência cardíaca e sobre as formas de tratamento - por meio de marcapassos, ressincronizadores e desfibriladores implantáveis -, uma série de ações será promovida na próxima quarta-feira, 23 de setembro, quando se celebra o Dia do Portador de Marcapasso. Uma delas acontecerá no Centro Empresarial de São Paulo (Cenesp), na zona Sul da capital. Funcionários da Boston Scientific, fabricante norte-americana de dispositivos médicos, entre eles marcapassos, vão distribuir materiais informativos e dar orientações aos frequentadores do complexo, onde estão instaladas diversas empresas e lojas (veja detalhes abaixo).
Insuficiência e arritmia

Insuficiência cardíaca é uma doença que resulta de alguma desordem estrutural ou funcional do músculo do coração (miocárdio) e que compromete sua capacidade de bombear sangue. Uma das causas dessa desordem, que pode levar a um aumento do tamanho do coração e provocar arritmias, é o infarto do miocárdio. Os sintomas da insuficiência cardíaca são falta de ar, cansaço fácil, dor no peito e tonturas. Há ainda sinais como palidez, pressão arterial baixa, cianose (coloração arroxeada das extremidades) e edema (inchaço) nas pernas e no abdôme.

O tratamento é feito com medicamentos, desobstrução das artérias coronárias, cirurgias para corrigir defeitos congênitos e adquiridos e implante de marcapasso ressincronizador (com ou sem desfibrilador), que soluciona muitos desses transtornos.

Já a arritmia é um ritmo cardíaco anormal, que pode ser irregular, acelerado ou lento. A bradicardia significa ritmo lento e muitas vezes é provocada por bloqueios cardíacos, situações em que não há bombeamento suficiente de sangue e oxigênio para o corpo. E a taquicardia significa ritmo acelerado e, se a frequência for muito alta, o coração não encherá de sangue completamente e também não haverá oxigênio suficiente para o corpo, o que pode provocar tonturas, desmaios, pressão arterial baixa e até parada cardíaca.

A taquicardia mais perigosa é a fibrilação ventricular, em que o coração não bate, apenas treme, não conseguindo bombear sangue para o corpo. O paciente perde rapidamente a consciência e pode falecer em poucos minutos. Para tratar a fibrilação ventricular, os médicos utilizam a desfibrilação, um choque forte no peito que provoca o retorno do coração ao ritmo normal. O choque pode ser proveniente de um aparelho desfibrilador com pás externas ou de um cardiodesfibrilador implantável (CDI), que é implantado no corpo por meio uma pequena cirurgia.

Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a arritmia cardíaca pode provocar parada cardíaca, doenças no coração e a morte súbita.

Os sintomas da arritmia são palpitações ou "batedeiras", desmaios, tonteiras, confusão mental, fraqueza, pressão baixa, dor no peito. Mas algumas arritmias cardíacas são assintomáticas e podem desencadear uma parada cardíaca inesperada.

Quem está sujeito

As arritmias cardíacas podem acometer pessoas de qualquer idade e estilo de vida, desde recém-nascidos a atletas. A maior porcentagem de ocorrência está no grupo de pessoas que possuem doenças cardíacas ou entre os que já sofreram parada cardíaca, bem como naqueles que têm histórico familiar.

No mundo, milhões de pacientes já foram operados para receber um marcapasso. Atualmente, a cirurgia é considerada simples, dura pouco mais de uma hora e o paciente pode ir para casa no mesmo dia ou no dia seguinte.

O marcapasso melhora a capacidade do coração de bombear o sangue regularmente e no momento adequado. Quase todos os portadores deixam de sentir sintomas como tonturas, vertigens, desmaios, falta de ar e cansaço e sentem-se mais dispostos e com mais energia para as atividades habituais.

Atualmente, os marcapassos são amplamente protegidos contra a influência de aparelhos elétricos-eletrônicos. E têm duração aproximada de 10 anos, em média. Se o paciente é acompanhado regularmente por seu médico, este indicará a troca do gerador de forma profilática, antes do desgaste total da bateria. Por isso, todos os pacientes devem ser avaliados de forma regular.

Fonte: André Sales

 

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