Quarta-feira, 26 de novembro de 2025 - 17h49

Final de ano é sinônimo de família reunida. Quando
as férias escolares se juntam ao recesso de final de ano, o resultado é mais
gente dentro de casa e mais tempo no aconchego do lar, o que aumenta a
propensão a acidentes domésticos. De acordo os últimos dados do Ministério da
Saúde, o Brasil registrou cerca de 9,3 mil mortes por acidentes domésticos, o
que dá uma média de 25 óbitos por dia, em 2023. Ainda segundo o órgão, mais de
120 mil internações ocorrem por ano em decorrência desses episódios.
O médico emergencista e professor do IDOMED, Lucas
Campos, explica que acidentes domésticos quase sempre nascem de situações
cotidianas. “Os casos mais comuns são queimaduras, cortes ou quedas. A pessoa
escorrega no banheiro, tropeça caminhando dentro de casa, se corta ou sofre uma
queimadura enquanto está cozinhando, uma criança passa correndo e se machuca”,
enumera.
Ainda de acordo com o especialista, crianças
pequenas, que exploram os ambientes sem noção de risco, e idosos, que
frequentemente têm mobilidade reduzida, lideram o grupo mais vulnerável. Veja
abaixo como proceder diante dos acidentes domésticos mais comuns e como saber
se é caso de procurar o hospital ou posto de saúde mais próximo.
CORTES - Nem todo corte exige hospital, mas é
importante saber avaliar a gravidade da situação. A extensão do corte e a
dificuldade de estancar o sangramento são os principais fatores a serem
observados nesses casos. Se o ferimento for leve, a orientação é lavar com água
corrente e sabão neutro. Em seguida, pressione a região com força usando um
pano limpo, até estancar o sangramento. Depois que parar de sangrar, faça uma
nova lavagem para remover o excesso de sangue e aplique um curativo se
necessário.
“O que define a ida imediata à emergência é a
incapacidade de parar o sangramento apenas com compressão”, reforça o
especialista. “Cortes muito profundos ou extensos também precisam ser avaliados
por um profissional”, alerta.
QUEDAS - Segundo o Ministério da Saúde, as
quedas são a principal causa de morte por ferimentos não intencionais,
especialmente entre idosos e crianças. Os principais fatores a se observar após
uma queda são o nível de dor, a capacidade de se movimentar normalmente e se há
alguma deformidade visível na área afetada. “Pequenas fraturas podem passar
despercebidas pelos familiares. Por isso, é importante buscar o atendimento
especializado, especialmente se a dor não melhora com o tempo ou se a vítima de
queda apresenta alguma dificuldade de locomoção”, explica.
O alerta máximo, segundo o especialista, é quando a
pessoa experimenta desorientação ou tontura após a queda. “Pacientes que se
mostram desorientados, perdendo a noção do espaço, ficam tontos ou não
conseguem conversar direito, precisam ser avaliados por um médico
imediatamente”, reforça.
QUEIMADURAS - Em caso de queimadura em casa, o
primeiro passo é interromper imediatamente a fonte de calor e lavar a área
afetada em água corrente fria. Não use soluções caseiras como pasta de dente,
gelo, café ou manteiga. Em vez de ajudar, esses produtos podem agravar ainda
mais a lesão. Se a queimadura formar bolhas, não estoure. Seque a região
suavemente e cubra com um pano limpo ou gaze.
É fundamental procurar emergência quando a
queimadura for extensa, envolver rosto, olhos, mãos, pés, genitais ou grandes
articulações; quando houver dor intensa, bolhas grandes, escurecimento da pele
ou sinais de profundidade; quando a vítima for criança ou idoso; ou, ainda, se
a pessoa apresentar dificuldade para respirar, tontura ou mal-estar.
Queimaduras elétricas ou químicas também exigem avaliação médica imediata.
Embora muitos acidentes possam ser tratados em
casa, a prevenção ainda é o maior aliado para reduzir as estatísticas de
acidentes domésticos. Entre as medidas recomendadas estão instalar tapetes
antiderrapantes no banheiro, manter o piso de casa sempre seco e acompanhar
pessoas idosas em ambientes com escadas ou desníveis. Lembre-se, também, de
guardar objetos cortantes fora do alcance de crianças e manter tomadas sempre
tampadas. E mais: nunca deixe crianças sozinhas na cozinha e, ao cozinhar,
mantenha as panelas sempre com o cabo virado para dentro do fogão.
“Dentro de casa, o perigo mora nos detalhes. São
situações corriqueiras dentro de uma casa, mas que podem se tornar graves”,
resume Lucas Campos.
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