Quarta-feira, 14 de novembro de 2012 - 08h33
Ao usar a tribuna para alertar o executivo municipal da necessidade de editar decreto regulamentado emenda à Lei Orgânica, de iniciativa do vereador Marcelo Reis(PV), aprovada recentemente pelo plenário da Casa, restabelecendo eleições diretas para os administradores distritais, o vereador José Wildes(PT) abriu, sem querer, uma grande discussão que envolveu vários vereadores.
Wildes alertou que o decreto tem que sair agora porque as eleições devem ocorrer no primeiro trimestre do próximo ano, já no mandato do novo prefeito. O vereador Bengala(PT) foi pra tribuna também para alertar que esse assunto está gerando uma grande confusão política nos distritos. “Isso não vai dar certo. Não vai funcionar. Vai é criar intriga e confusão. Todos sabem que as principais lideranças destes distritos apoiaram o Garçom. Ou seja, são da oposição. E aí?”
Ramiro Negreiros(PMDB) também demonstrou sua preocupação. “Acho que o prefeito foi eleito para governar toda Porto Velho. Como é que ele vai nomear e governar com líderes da oposição nestas cidades que são distritos?” indaga e se coloca contra a eleição. Pra ele, o prefeito tem o direito de indicar e governar com quem lhe ajudou a ganhar a eleição.
Sid Orleans(PT) foi outro que usou a tribuna para analisar o quadro. E foi bastante aparteado. Ele lembra e reconhece que também votou a favor da emenda estabelecendo as eleições distritais. Mas reconhece que o tema é preocupante. “Se o prefeito não tem condições de nomear pessoas de sua escolha, como é que vai governar? Imagina se a Zona Leste, com mais de 130 mil habitantes, a Zona Sul com mais de 90 mil e a Norte com mais de 60 mil quisessem administradores regionais, e o prefeito não pudesse nomear ninguém por ter que fazer eleição, onde fica a autonomia do prefeito de escolher a equipe com quem trabalhar? “
O vereador Marcelo Reis fez a defesa do seu projeto tanto da tribuna quanto nos apartes. Lembrou que o processo democrático de escolha dos seus administradores que está chegando aos distritos. “E o povo dizendo, indicando e dando procuração para alguém da sua confiança, representar e seus interesses junto ao governo de Porto Velho. Isso é democracia, e precisa ser respeitado” defende o parlamentar.
E teve o apoio imediato do vereador Cláudio da Padaria(PC do B) que disparou: “ Acabou a mamata gente. Acabou a mamata de vereador indicar administrador de distrito. E de este administrador se comportar como se fosse o dono do lugar, sem respeitar ninguém, nem mesmo os demais vereadores”.
O modelo de eleição já existiu nos governos de José Guedes, Chiquilito e Carlos Camurça. Em função das dificuldades agora novamente apontadas, foi revogado pela Câmara. Mas o momento agora é outro. Entretanto os temores são os mesmos. A discussão virou chuva no molhado. A norma está aprovada e deve ser aplicada. Ou então, revoga-se outra vez.
Fonte: Osmar Silva
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