Sexta-feira, 26 de julho de 2024 - 12h46
Há grandes filosofias, que movem o mundo, e há, digamos assim, pequenas
filosofias – reflexões e ações – que também modificam algumas pessoas e algum
contexto, com ideias propositivas, de inclusão, de descoberta, quando a
imaginação, a criatividade, estão fora, para além, de tudo que nos faz sermos o
que somos.
Podemos pensar nisso, num caso concreto, quando crianças são levadas ao
mundo da ciência, do conhecimento, do “saber-fazer social” no melhor sentido
possível. E também podemos chamar isso de iniciação científica, ao
conhecimento, ao ambiente mais satisfatório ao desenvolvimento humano.
E como fazemos isso? A divulgação científica é um meio, uma realidade já construída em que chegamos, conversamos, vivemos com pessoas, conhecimentos, “visões de mundo” diferentes, mas que se aproximam.
No exemplo concreto, fizemos uma visita à ETEC da cidade de Ibaté/SP. Fomos com três meninas: Ana Júlia (15 anos), Ana Lívia (9 anos), Ana Luiza (5 anos): a ideia era e é a de que as crianças devem ser “encantadas” pelo conhecimento que transforma suas vidas. Não preciso contar os efeitos de encantamento, de envolvimento, de descoberta, que se apossou das três. Aliás, de mim também.
Diria que é impossível (sociologicamente) não ser atingido por essas sensações, sentimentos – descoberta em si, que nos leva ali –, como fatores que aprofundam a empatia: isto é emoção. E assim estou neste exato momento – escrevendo, lembrando, revivendo as sensações provocadas, em mim, no passeio na escola.
Vimos, interagimos, sondamos, todas as instalações. Como se sabe, é uma escola técnica para a formação de jovens. Na escola em que fomos há um esforço comum, coletivo, que busca a formação integral dos jovens: há espaços educacionais, esportivos, artísticos – o que inclui um piano, no pátio coberto de convivência.
Não foi só uma visita técnica, como disse, eram crianças na escola, no ambiente mais adequado, cuidado, por pessoas e profissionais da melhor formação humana possível: a ETEC de Ibaté é uma comunidade.
Conceitualmente, sociologicamente, posso dizer que o passeio, a imersão na escola, produziu em todos, todas, nós, uma real e efetiva “solidariedade política”, posto que todo mundo se transformou. Eu sinto essa condição política até agora – e isso não se reduz a um conceito, mas nos remete a um.
Fizemos sociologia na escola – sem dúvida –; porém, o mais significativo é que essa “sociologia feita na comunidade escolar” é, precisamente, o que significa o título da crônica: “lugar de criança é na escola”.
Porque, resumidamente, na escola – boa, honesta, de qualidade, emancipatória – não há ser que não se socialize a cada dia, cada vez mais.
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