Segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015 - 18h03
Porto Velho, RO – O Município de Porto Velho tem proporções territoriais gigantescas. Tanto é que a Ponta do Abunã, formada por quatro distritos, está mais próxima do Acre do que do centro urbano da Capital de Rondônia. E é por conta desta distância que se discutiu a emancipação da região, já aprovada em discussão popular através de plebiscito, mas não efetivada pela imensa burocracia legal e administrativa.
Preocupado com essa população o vereador Everaldo Fogaça (PTB) percorreu quase 400 quilômetros no último final de semana a fim de ouvir as pessoas que moram nessas localidades.
O petebista, que costuma prestar contas de tudo o que faz em seu mandato no seu perfil particular na rede social Facebook, destacou, após falar com moradores, empresários, servidores púbicos municipais e estaduais, que a situação não é animadora, mas tem solução.
“O povo ainda tem esperança que um dia as coisas melhorem. Essas localidades têm como mola propulsora em sua economia os destaques na extração de madeira, pedreiras, criação de gado e na própria agricultura”, salientou Fogaça.
Vista Alegre do Abunã
Neste distrito, o vereador constatou que 80% dos pontos que deveriam ser abrangidos com a iluminação pública estão apagados. Os postos de saúde estão precários. Quando chove, as inúmeras goteiras facilitam a entrada de água, inundando as unidades. Há dentistas atendendo, mas o material é escasso. O esterilizador, imprescindível, está queimado. Falta ar-condicionado, material de limpeza, medicamentos de todos os tipos. A própria Secretaria Municipal de Saúde, segundo Everaldo, chegou a enviar remédios com prazo de validade vencido aos postos.
“O único ponto positivo é que a ambulância chegou e há uma médica cubana atendendo. Mas fora a questão da saúde, a população aguarda ansiosamente a regularização fundiária da área urbana. As estradas rurais estão em péssimo estado de conservação. As ruas no perímetro urbano, idem. O esporte está esquecido completamente pela Prefeitura de Porto Velho, um verdadeiro descaso”, revelou.
Extrema de Rondônia
O vereador Everaldo Fogaça também relatou inúmeros problemas neste distrito. Pouco melhor do que o anterior, a iluminação pública deixa a desejar em 50% nos pontos apagados. São 145 pontos apagados no total, e 120 que jamais tiveram iluminação. Em relação aos postos de saúde, o jornalista teve a informação de que estão precários. A chuva traz o mesmo problema da inundação já mencionado. Diferentemente do que ocorre em Vista Alegre, Extrema de Rondônia tem material, mas não tem dentista.
“Há duas ambulâncias em estado precário, que são do Governo de Rondônia, No posto de Saúde há medicamentos para atender a população, mas a médica cubana que atendia em Extrema retornou para seu país de origem. Há uma vaga que precisa ser preenchida urgentemente. Existe a necessidade de um profissional fisioterapeuta, exigido pelos pacientes, pois a demanda é muito grande. Aqui também temos ruas em péssimo estado de conservação. Existe a necessidade de máquina retroescavadeira, além de um caminhão-caçamba para ficar em tempo integral no distrito. Há apenas oito garis fazendo a limpeza urbana com roçadeiras”, disse.
Na área da educação, Fogaça contou que a população da área rural está preocupada porque as aulas começaram e até agora o transporte escolar não foi providenciado.
O dono da empresa informou que não disponibilizará o ônibus antes do mês de abril porque “necessita renovar o contrato”.
“Vamos pegar todas essas constatações e os relatos dos moradores da Ponta do Abunã e levar diretamente à Prefeitura de Porto Velho, ainda que por meio das secretarias municipais responsáveis por cada ponto destacado. Não é admissível que esses cidadãos passem por todas essas dificuldades e que o Executivo Municipal simplesmente lave as mãos. Nós vamos continuar cobrando na Câmara de Vereadores, fiscalizando pesado em prol dos direitos”, concluiu o edil.
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