Terça-feira, 1 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política

TSE: Processo contra governador Cassol volta à pauta na noite desta terça (2)


 
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) voltar a analisar, nesta terça-feira (2), o recurso que pede a cassação do governador de Rondônia, Ivo Cassol. O ministro Ricardo Lewandowski, que pediu vista do processo, deve apresentar seu voto na sessão plenária desta noite. Até o momento, o julgamento está empatado: enquanto o relator do caso, ministro Arnaldo Versiani, votou pela manutenção de Cassol em seu cargo, o presidente da Corte, ministro Ayres Britto, entendeu haver provas suficientes para cassar o mandato do governador.

O ministro Arnaldo Versiani votou contra a cassação por entender que o governador Ivo Cassol não participou do esquema montado dentro da empresa de vigilância. “Esse conjunto de elementos não me leva a concluir pela participação direta ou indireta, nem mesmo pela anuência, conhecimento ou ciência pelo recorrido Ivo Cassol do esquema de compra de votos montados na empresa de vigilância Rocha”, afirmou.

O ministro Ayres Britto divergiu, com base - entre outros fundamentos - na decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que já decidiu pela cassação do governador. O presidente do TSE frisou que, segundo a corte estadual, Ivo Cassol sabia da compra de votos e consentiu com o que ocorria “pois é praticamente impossível acreditar que no seu dia a dia de campanha, lado a lado com Expedito Júnior [ex-senador, cassado pelo TSE], ele não soubesse do esquema que ocorria dentro do seu comitê”. Para o presidente, “há sólido lastro factual que leva à seguinte conclusão: há ciência e, consequentemente, anuência dos recorridos quanto à captação ilícita de sufrágio”.

Compra de Votos

O processo, ajuizado na Corte pelo Ministério Púbico Eleitoral, chegou ao TSE em março de 2007 e começou a ser julgado em novembro do ano passado, quando o ministro Lewandowski pediu vista. Segundo o procurador-geral eleitoral, Roberto Gurgel, existem provas de compra de votos e abuso de poder econômico nas eleições de 2006, por parte dos então candidatos Ivo Cassol e seu vice, João Aparecido Cahulla.

Ao se pronunciar no início do julgamento do caso, em novembro, Gurgel sustentou que a prova está baseada em inúmeros depoimentos de vigilantes que teriam recebido os depósitos de R$ 100. Esses vigilantes são funcionários de uma empresa da família do ex-senador Expedito Júnior e teriam sido coagidos a votar nos candidatos apoiados por ele. Além disso, a pedido do MPE, a Polícia Federal investigou o esquema e conseguiu comprovar o crime eleitoral: “a compra de votos ficou amplamente comprovada, evidenciada em inúmeros depoimentos de vigilantes”, disse Gurgel.

Além dos depoimentos, o próprio Banco do Brasil em Rondônia também contribuiu com as provas, ao mostrar os comprovantes de diversos depósitos de R$ 100 e também imagens dos depositantes. O MPE também afirmou que houve o uso da Secretaria de Segurança Pública do estado na tentativa de coagir os funcionários a mudarem os depoimentos dados à polícia.

Para o procurador-geral, “os depoimentos são harmônicos, complementares e coesos entre si e demonstram a realização de captação de votos”. Ele afirmou que há ligação “pública e notória” do senador Expedito Júnior – cassado pelo TSE pelas mesmas acusações - e o governador Ivo Cassol. Segundo Gurgel, é difícil separar uma campanha da outra bem como a participação no crime eleitoral de compra de votos.

Defesa

O advogado de defesa do governador contesta as acusações. Para ele, as provas seriam insuficientes para determinar a cassação do mandato do governador. Além disso, não teria existido o citado abuso do poder econômico nem político. Os fatos que integram o processo contra o governador, ressalta o defensor, foram importados de outros inquéritos, “todos instaurados após as eleições para apurar fatos também posteriores ao pleito”.

No início do julgamento, em novembro, o advogado sustentou que o governador tinha alto índice de aprovação popular e ganhou a eleição em primeiro turno. ”O que levaria um candidato com esse nível de aprovação a se arriscar cometendo esses atos?”, questionou.

Fonte: TSE

Gente de OpiniãoTerça-feira, 1 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Presidente da Assembleia Legislativa participa da entrega de implementos agrícolas para onze associações em Buritis

Presidente da Assembleia Legislativa participa da entrega de implementos agrícolas para onze associações em Buritis

Nesta sexta-feira (27), o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Alex Redano (Republicanos), realizou a entrega de implementos a

Recursos para o transporte escolar fluvial são autorizados pela Alero

Recursos para o transporte escolar fluvial são autorizados pela Alero

A Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) aprovou o Projeto de Lei 884/2025, que destina recursos à Secretaria de Estado da Educação (Seduc), com

Assembleia Legislativa aprova crédito para fortalecimento da Emater

Assembleia Legislativa aprova crédito para fortalecimento da Emater

A Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) aprovou o Projeto de Lei  887/25, que autoriza o Poder Executivo a abrir um crédito adicional suplement

Inédito: Cristiane Lopes leva internet gratuita para moradores de Extrema, em Porto Velho

Inédito: Cristiane Lopes leva internet gratuita para moradores de Extrema, em Porto Velho

Com o compromisso de promover a inclusão digital, a deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil-RO) realizou nesta semana a entrega oficial de ch

Gente de Opinião Terça-feira, 1 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)