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Técnicos indígenas fazem treinamento sobre malária no Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia


Sob a orientação do microscopista Alcides Alves de Azevedo, um grupo de sete técnicos de várias etnias indígenas realizam nesta semana, na sede do Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (Lacen), em Porto Velho, uma jornada de treinamento sobre análise de lâminas, visando apresentar diagnósticos cada vez mais precisos para um tratamento mais eficaz da malária.

O programa de treinamento no âmbito do Lacen tornou-se rotineiro, segundo seu diretor, o bioquímico e farmacêutico Luiz Tagliani, já que, como laboratório de referência, tem entre tantas outras funções a responsabilidade de monitorar e controlar os exames de lâmina (malária e outros) realizados em todo Estado de Rondônia. Por isso, realiza mensalmente cursos de atualização para os técnicos da área, como estratégia para manter a qualidade e a excelência dos resultados, que são metas do governo de Rondônia.

A atualização proporcionada à equipe de técnicos indígenas, segundo o farmacêutico e bioquímico Acilon Almeida Meneses, gerente da área, é igual para todos os profissionais da rede em todos os municípios. Isto porque seja fundamental preparar a mão de obra especializada para a realização dos exames; o Lacen monitora e identifica possíveis falhas, podendo atuar nesses casos com mais resolução para corrigi-las. “Tudo isso porque recebemos lâminas de todos os municípios e é responsabilidade do Lacen o controle desses resultados”, justificou.

O técnico explicou que ao analisar uma lâmina para diagnosticar a malária, o técnico pode detectar também o trypanosoma cruzi,  o agente etiológico da doença de chagas (causador da doença de chagas), e ainda a filariose (elefantíase) uma doença parasitária, e por esse motivo os técnicos, além de ser bem preparados, devem receber atualizações constantes, uma exigência de órgãos de saúde internacionais, nacionais e da própria natureza do conhecimento, ante a mutação normal de certos agentes causadores de doenças.

TREINAMENTO TÉCNICO

Além de Eliezer Lopes Carvalho, da equipe de endemias de Ji-Paraná e único branco no curso, participam do treinamento os técnicos Jairo Oronal, 37, da etnia Oronal (Guajará Mirim), que há 10 anos trabalha área e se considera um profissional qualificado, já que não perde nenhuma oportunidade de treinamento.

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Alcides Alves de Azevedo, microscopista

Considerado um técnico experiente, Meireles Silva Karitiana, 50, atua na Aldeia Rio Candeias, no atendimento aos povos Karitiana; o jovem Agnaldo Tupari, 24, está apenas há 8 meses trabalhando como técnico junto à sua aldeia e se diz entusiasmado e feliz com o trabalho. Valcemir Canoé, 30, há três anos atua em sua comunidade (Canoé), terra indígena Rio Branco em Alta Floresta, na Aldeia São Luiz, onde é respeitado pelo trabalho que realiza; Josias Oronal, 38, (Guajará Mirim), trabalha há 10 anos com os povos de sua etnia e diz gostar muito do trabalho que faz em defesa de seu povo.

O jovem indígena Cristiano Tenharin, 26, atua em sua comunidade no município de Humaitá (AM), um pouco introvertido reconheceu a importância do treinamento, informando que participa do curso em Porto velho devido à distância que o separa da capital amazonense. Cristiano Tenharin trabalha há 5 anos como técnico em sua aldeia e se sente realizado em servir ao seu povo.

Responsável pelo treinamento da equipe técnica indígena, o microscopista Alcides Alves de Azevedo (Funasa) e sua equipe são igualmente entusiastas e veem na iniciativa do Governo de Rondônia, de preparar e atualizar a mão de obra da saúde, uma medida exemplar de política governamental para o setor. “O que precisa agora é preparar os técnicos que vão nos substituir para que esse trabalho possa continuar”, disse. Muitos de sua equipe estão se preparando para a aposentar.
 


Fonte
Texto: Cleuber R Pereira
Fotos: Maicon Lemes
Decom - Governo de Rondônia

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