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Suspensa expedição ao Pacífico


Por força de uma prioridade exigida em todas as ações do Estado, qual seja a de garantir, sempre, a integridade de todos os que delas participam, o Governo de Rondônia decidiu suspender sine die a expedição comercial rumo aos portos oceânicos do Peru, de sua iniciativa, e que seria realizada por intermédio da Secretaria de Estado da Agricultura, Produção e do Desenvolvimento Econômico e Social (Seapes).
Pelo cronograma inicial, a viagem, que reuniria autoridades do governo, lideradas pelo governador Ivo Cassol, investidores, representantes de instituições científicas, órgãos de classe, terceiro setor, lideranças civis interessadas e a imprensa nacional e sul-americana, começaria em Porto Velho no próximo dia 27, última sexta-feira do mês.
As frotas oficial e privada iriam percorrer a BR-364 rumo ao Pacífico, seguindo de Rio Branco a Assis Brasil, de lá até o altiplano que precede a cordilheira e dali aos contrafortes dos Andes, até tocar o oceano em ilo, porto do extremo litoral sul peruano. Quilometragem de ida: 2.078, dos quais 550 em obras, hoje frenéticas.
O diagnóstico preliminar sobre as condições para a expedição oficial, que partiria da capital no dia 27, foi conhecido no último dia 4, quando retornou a Porto Velho a missão precursora, encarregada de mapear o roteiro da segunda comitiva.
Os oito técnicos da Seapes, Seplad e Casa Militar, incluindo um intérprete, voltaram para casa após 13 dias com uma tarefa extra: reavaliar a conveniência da data de partida. Motivos: a urgência nas obras transcontinentais e o aprofundamento da estação chuvosa no sudeste da Amazônia subequatorial brasileira, circunstâncias que recomendavam a atitude agora tomada.
Outra razão, esta mais cruel: há menos de um mês, uma engenheira brasileira e 14 trabalhadores colombianos perderam a vida, quando os comboios em que se deslocavam, próximos à cidade de Juliaca, foram empurrados por uma violenta avalanche de rochas e despencaram 2.000 metros despenhadeiro abaixo.
Prudência: voz mais alta - A rodovia será a primeira na História a ligar o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, num investimento conjunto estimado em R$ 2,2 bilhões, desembolsados por um pool de investidores que reúne o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Confederação Andina de Fomento (CAF) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre outros.
Para que seja finalmente concluída, após quatro décadas de luta, atualmente espalham-se entre cumes, vales, encostas e abismos mais de 5.000 almas - engenheiros, administradores, capatazes, trabalhadores vindos de todo o planeta, a serpentear em caminhões, escavadeiras PC, pick-ups, e no lombo de tudo o que se mover pelos Andes acima e abaixo, para asfaltar e arrematar a “Carretera Transoceanica”, obra crucial para o futuro de toda a América do Sul.
Mesmo revezando-se 24 horas por dia para cumprir obrigações contratuais, os engenheiros das empreiteiras contratadas pelo Governo do Peru, que, turno após turno, comandam centenas de frentes de trabalho na etapa final de pavimentação da “carretera”, concordaram em parar as máquinas pelo tempo necessário para auxiliar o comboio brasileiro que cruzaria a cordilheira até o Pacífico no fim do mês.
Porém, prevaleceu a prudência. “Estudos econômicos serão complementados e metas serão replanejadas para que, em nova data, possivelmente no primeiro semestre de 2008, a expedição seja realizada em condições adequadas de segurança”, explicou o secretário titular da SEAPES, Marco Antonio Petisco.
Segundo ele, a ampliação das operações comerciais e a assinatura de acordos logísticos, inclusive de interligação de modais de transporte de cargas, “são metas factíveis, muitas já em andamento, como demonstram o dinamismo de nossa economia, o aumento na renda per capita, e até o aporte de investimentos em indústrias de base, como a fábrica de cimento a ser construída pela Votorantim em Porto Velho, em área já adquirida pelo conglomerado industrial paulista.
Fonte: Decom

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