Segunda-feira, 3 de novembro de 2014 - 08h33
Integrante da Comissão da Ordem Econômica e Social na Constituinte de 1988/89 (elaboração da segunda Constituição do Estado de Rondônia), o jornalista Carlos Neves de Araújo é um dos servidores constituintes da Assembleia Legislativa que, também, levou seus conhecimentos técnicos a outros órgãos de distintos Poderes Constituídos. Com trinta anos de efetivo exercício, fala do aprendizado obtido, observando que as dificuldades enfrentadas no início tornaram o Poder Legislativo de Rondônia mais atuante e participativo junto às demais Instituições em prol do desenvolvimento do Estado e do fortalecimento das pessoas que aqui nasceram, bem com as que escolheram essa parte do Brasil para fixar residência e manter suas famílias.
“Cheguei em 1984, quando a casa estava sendo arrumada até com mobília. A adaptação do prédio onde funcionou um hospital (Oswaldo Cruz) para sede do Poder Legislativo demorou a ser assimilada não apenas pelos servidores, mas até pelos deputados, em sua grande maioria oriunda de outras partes do País. Os causos contados (assombração !...), para uns, geravam medo, mas a grande maioria levava na brincadeira. Era diversão. Bem jovem, com experiência apenas no serviço privado, passei a gostar do clima salutar, divertido e de muito trabalho entre os servidores”, recorda Carlinhos Neves, como é tratado pelos colegas de trabalho.
O começo da trajetória foi no gabinete do deputado Walter Bártolo. Depois, com a aprovação no concurso, Carlinhos Neves passou a integrar a equipe da Assessoria de Imprensa, já que era jornalista com passagem pelos jornais O Guaporé, O Parceleiro, A Tribuna e Alto Madeira. Ele lembra que a equipe era pequena, mas bastante eficiente e unida. Atendia (cobertura jornalística) os 24 deputados, as comissões técnicas e o plenário das deliberações. “Os textos elaborados eram datilografados, fotocopiados para a distribuição aos veículos de comunicação. As fotos eram produzidas em preto e branco e reveladas em laboratório na própria Assembleia Legislativa para o devido encaminhamento aos jornais e revistas. As matérias vindas dos municípios e de outros Estados chegavam via telex. Um pouco à frente, surgiu o fax. Modernizou-se com disquete por conta dos microcomputadores, fotos coloridas e até filmagens em fitas VHS. Hoje, a internet está à disposição a qualquer momento. As transmissões são instantâneas, tanto de textos como de fotos. As filmagens são ao vivo (TV ALE), a mesma coisa com os áudios. O maquinário é digital.Existe também Agência de Publicidade para a produção de peças institucionais. A antiga sala hoje apresenta melhores condições de trabalho com equipamentos modernos. A tendência é melhorar com o novo prédio que está sendo construído para acomodar o Poder Legislativo Estadual”.
No ano de 1988, o jornalista Carlinhos Neves foi designado para atuar na equipe técnica da Comissão da Ordem Econômica e Social. Lembra que o trabalho foi árduo. Além das reuniões em Porto Velho, aconteciam reuniões em vários municípios do interior. Coube à Comissão coletar subsídios sobre o desenvolvimento econômico, política urbana, política agrícola e fundiária; educação, cultura, esporte, saúde e assistência social; transporte coletivo e meio ambiente. “Eram intensas reuniões. Às vezes duravam o dia inteiro. À noite, quando dava, retornávamos para Porto Velho”, recorda ao citar que a Comissão era presidida pela deputada Odaísa Fernandes, tendo como vice-presidente o deputado Sadraque Muniz e como relator o deputado Álvaro Lustosa, assim como os deputados-membros Heitor Costa, Nei Firigolo, Pedro Kemper e Sândi Calistro. A segunda Constituição de Rondônia foi promulgada em 28 de setembro de 1989 e Carlinhos Neves recebeu o título de Constituinte Honorário em reconhecimento ao trabalho realizado. No ano de 1992, ele voltou a ser homenageado pela Assembleia Legislativa com o diploma de dez anos do Poder Legislativo do Estado de Rondônia.
Em sua trajetória no Poder Legislativo de Rondônia, Carlinhos Neves respondeu como assessor de imprensa da Assembleia em janeiro de 1989, foi assessor de imprensa do Poder em 2000 e diretor de comunicação social em 2012. Quando não esteve em cargo de direção, sempre desempenhou suas funções como jornalista. Seus conhecimentos técnicos na área de jornalismo foram requisitados pela Secretaria de Indústria e Comércio de Rondônia, onde foi assessor de imprensa em 1993; Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia (Iperon), como assessor de imprensa, no período de 1996 a 1999; Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região, como secretário de imprensa, assessor da presidência e assessor de imprensa do Colégio de Presidentes e Corregedores dos Tribunais Regionais do Trabalho, no período de 2001 a 2003, e assessor de imprensa do Ministério Público do Estado de Rondônia no período de 2003 a 2006. Por onde passou, recebeu moção de aplausos pelo denodo, ética e dedicação ao ofício. Garante que aprendeu bastante tanto na Assembleia Legislativa quanto pelos órgãos que atuou. No momento, integra à equipe de jornalismo do Departamento de Comunicação Social da ALE/RO.
“Assessorar Órgãos da Administração Pública é de uma responsabilidade a toda prova para qualquer profissional que atua na imprensa. Além da ética, o assessor precisa conquistar a confiabilidade do(s) assessorado(s) e dos próprios colegas de profissão que atuam nos veículos de comunicação. Sem a mútua confiança, não se chega a lugar algum e o trabalho a ser desenvolvido não produz o resultado esperado”, completa Carlos Neves que é jornalista com pós-graduação em Jornalismo e Mídia, além de possuir graduação plena em Letras/Português e Literaturas.
ALE/RO - DECOM - [ Paulo Ayres ]
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