Quinta-feira, 26 de novembro de 2009 - 18h39
"O cenário nos próximos anos é extremamente positivo para o Brasil, e se estamos ainda sob o efeito da crise financeira, e a Região Amazônica foi toda muito impactada, também temos um horizonte muito próximo e positivo". A previsão otimista foi feita nesta quina-feira, 26, pelo ministro Bruno de Risios, do Ministério das Relações Exteriores do Mercosul, durante o seminário de "Comércio Exterior na Amazônia: caminham para uma integração regional", realizado no Studio 5 Centro de Convenções como parte da programação da quinta edição da Feira Internacional da Amazônia (FIAM 2009), que vai até o dia 28.
Risios prognosticou que se a economia brasileira crescer na faixa dos 5% como está sendo esperado, no ano que se aproxima haverá uma explosão da indústria. Ele citou como exemplos o petróleo, gás natural, construção civil dentre outros. Com esse crescimento, assinalou o ministro, não será difícil que outras economias mais próximas se aproximem do Brasil. Segundo ele, um exemplo dessa proximidade é a moeda do Uruguai (peso) que está mais para o Real que para o dólar. Essa é uma condição que tende a se irradiar para outros países, assinalou.
Sempre fazendo comparações com os países vizinhos, Risios acentuou que O Brasil tem muitas condições de difundir fatores de demanda sustentada de bens de serviço de todos os tipos e lembrou que hoje na Argentina predomina uma visão crescente de que um componente fundamental para o futuro do país é se acoplar ao Brasil para aproveitar as oportunidades.
Sem ameaças
Além do otimismo que passou ao público presente no seminário, o ministro também destacou a importância de uma boa política de vizinhança com os países do Mercosul e lembrou que o Brasil está entre os países com o maior número de vizinhos que fazem fronteira com o País. Para Risios, um bom relacionamento com todos promove o desenvolvimento comum.
Segundo o ministro, essa postura é fundamental, principalmente levando em consideração as razões geopolíticas e econômicas que determinam a proximidade. "Essa relação positiva com os nossos vizinhos é imprescindível porque isso implica em vantagens concretas que dependem desse investimento. Integração é uma força que o governo não controla e essa integração com os países do Mercosul vai ocorrer de uma forma ou de outra, então é melhor que ocorra de forma positiva", declarou.
Risios lembrou ainda que nessa relação com os demais países do bloco o país sempre foi visto como uma ameaça e hoje essa imagem começa a ser diluída pela política da boa vizinhança. Esse quadro pode mudar nos próximos anos, mas depende do setor privado saber aproveitar as oportunidades, adiantou.
O ministro fez considerações sobre as possibilidades do mercado intraregional e criticou a falta de perspectivas. Segundo afirmou, o mercado intraregional é um comércio onde as pequenas e médias empresas têm potencial, mas a proporção de empresas que se arriscam a exportar ainda é ínfima. Ele considerou que deve haver mais avanços nessa área, com os pequenos empreendedores participando de cadeias exportadoras.
Fundo de garantia
Seguindo a mesma linha otimista, ele considerou por fim que os empresários deverão estar atentos à conjuntura econômica que começa a se delinear, porque certamente haverá uma demanda sustentada com muitas oportunidades. Nesse aspecto, o ministro destacou a ajuda que estará à disposição do empresariado por meio do Fundo de Garantia para pequenas e médias empresas, que será disponibilizado pelo Mercosul a partir de 2010. Segundo ele, serão 100 milhões de dólares para garantir iniciativas inovadoras. "São recursos que poderão financiar a réplica de medidas bem sucedidas em escala regional e acabar com um dos principais problemas que era conseguir crédito garantido", afirmou.
As negociações
Dentro do mesmo seminário, o chefe da divisão de negociações externas do Mercosul, Francisco Canabrava, que discorreu sobre Como se compõem as negociações no âmbito regional e o tema Zona Franca no Mercosul, falou sobre a questão da integração regional dentro da área da Amazônia e destacou a importância do crescimento da agenda de negociações com a União Européia, países africanos e Índia.
Canabrava disse que infelizmente as exportações ainda são relativamente pequenas na Região, mas destacou que existe um esforço concentrado no sentido de ampliar o comércio com o mercado externo. "É fundamental encorajar o setor privado no sentido de conhecer outros destinos dos quais a Amazônia poderá se beneficiar".
Questionado sobre uma possível discriminação contra as zonas francas em acordos comerciais firmados com Israel, União Aduaneira da África Austral (Sacu) e Índia, ele negou o fato e adiantou que isso não existe, mas garantiu que em acordos futuros haverá sempre a preocupação de preservar os espaços das zonas francas como instrumentos de desenvolvimento regional.
Recursos do Mercosul
Durante o seminário, o embaixador Régis Arslanian, representante permanente do Brasil junto à Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Integração (Aladi) do Ministério das Relações Exteriores falou da importância do Mercosul para a Região e discorreu sobre o Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). Em seguida ele anunciou a disponibilidade de recursos estimados em US$ 300 milhões a fundo perdido nos bancos para projetos de integração que interessem ao Mercosul.
Arslanian explicou que esses recursos visam reduzir as desigualdades entre os países do Mercosul e estão destinados especialmente aos menores do bloco (Uruguai e Paraguai), mas que podem ser usados também pelos dois maiores (Argentina e Brasil), desde que os projetos visem a integração.
Segundo ele, os recursos podem ser solicitados por governos, universidades ou qualquer outro órgão público. O embaixador ressaltou que recent emente esteve em Pelotas, no Sul do País, e foi procurado por prefeitos de fronteira que mostraram interesse pelo assunto.
Fonte: Vera Lima
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