Domingo, 7 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política

REVISTA CARTA CAPITAL: Cassol a perigo


REVISTA CARTA CAPITAL: Cassol a perigo - Gente de Opinião 
Um dos políticos brasileiros mais encalacrados com a Justiça, o governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido), encontra-se em momento especialmente delicado. Seu parceiro de campanha política em 2006, o senador Expedito Júnior (PR-RO), cassado pela segunda vez no Tribunal Regional Eleitoral do Estado, acaba de ter negada pelo Tribunal Superior Eleitoral a liminar que pretendia mantê-lo no Senado. Cassol corre o risco de trilhar caminho semelhante, em direção à perda de mandato e direitos políticos. A investigação em torno da suposta compra de votos na campanha que o elegeu será julgada pela Justiça eleitoral em breve.

Os autos relativos ao crime eleitoral que redundou na extinção do mandato de Expedito têm vários elementos em comum com o processo que tramita contra Cassol. Mas guardam também diferenças relevantes. As duas investigações ganharam fôlego a partir de uma operação da Polícia Federal chamada Garoupa, em alusão ao peixe graúdo da nota de 100 reais, desencadeada em setembro de 2006. A Garoupa comprovou a compra de quase mil votos para a candidatura de Expedito, a esposa dele – Val Ferreira – e um irmão do senador, também candidato na ocasião. Contudo, nessa oportunidade a PF não encontrou elementos suficientes para sustentar a negociação de votos a favor de Cassol.

Alguns meses depois, outra ação policial, levada a cabo em janeiro de 2007, mudaria o quadro, na contramão dos interesses do governador. A PF revelou que Cassol teria participado de uma operação armada com o intuito de “abafar” os desdobramentos da Garoupa.

A “operação-abafa” envolveria jornalistas, advogados, policiais civis e criminosos de aluguel. A idéia era ameaçar cinco testemunhas do esquema de fraude eleitoral, de modo que elas mudassem os seus depoimentos. Chamada de Pirarara (o nome de um perigoso peixe amazônico), o trabalho da PF acabou por delinear claramente as ligações do governador com o esquema de compra de votos encabeçado por Expedito, aquele mesmo que motivou sua dupla cassação. Gravações telefônicas, devidamente autorizadas pela Justiça, mostram que policiais civis iniciaram uma investigação paralela à da Justiça Eleitoral, sem a menor competência para tanto e a mando do Executivo estadual.

Fonte Revista Carta Capital

Gente de OpiniãoDomingo, 7 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Deputa Cláudia de Jesus solicita implementação da lei que divulga condenados por violência contra a mulher

Deputa Cláudia de Jesus solicita implementação da lei que divulga condenados por violência contra a mulher

A necessidade de garantir transparência e fortalecer as políticas de combate à violência contra a mulher motivou a deputada estadual Cláudia de Jesu

Deputada Ieda Chaves propõe estudo para criar Superintendência Estadual de Bem-Estar Animal em Rondônia

Deputada Ieda Chaves propõe estudo para criar Superintendência Estadual de Bem-Estar Animal em Rondônia

A deputada estadual Ieda Chaves (União Brasil) apresentou nova recomendação ao governo de Rondônia, através da https://sapl.al.ro.leg.br/materia/5159

Assembleia Legislativa vence prêmio nacional da Unale com o projeto CCJ Cidadã

Assembleia Legislativa vence prêmio nacional da Unale com o projeto CCJ Cidadã

A Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) conquistou um dos prêmios mais importantes da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduai

Deputada federal Cristiane Lopes acompanha andamento das obras no Complexo Deroche Pequeno Franco, em Porto Velho

Deputada federal Cristiane Lopes acompanha andamento das obras no Complexo Deroche Pequeno Franco, em Porto Velho

A deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil), esteve em uma visita in loco ao canteiro de obras do Complexo Esportivo Deroche Pequeno Franco, l

Gente de Opinião Domingo, 7 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)