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Queda da intenção futura de consumo não impede aquecimento do mercado P.Velho



A Pesquisa Nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) das famílias, iniciada em janeiro de 2010, faz um levantamento mensal que mostra como as famílias de Porto Velho pretendem se comportar em relação ao mês de Abril. O ICF de Porto Velho caiu de 154,49 pontos em março para 143,3 pontos em Abril com 5 dos 7 itens que o compõem tendo desempenho negativo. Apesar disto quase todos os itens se situam acima do patamar de indiferença e Porto Velho demonstra uma maior capacidade de consumo que o restante do país


Sílvio Persivo - Fecomércio

Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO, realizou a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias de Porto Velho (ICF-Rondônia) relativa ao mês de abril que tem como objetivo antecipar o potencial das vendas do comércio. Os resultados do ICF são avaliados sob dois ângulos. O primeiro é o grau de satisfação e insatisfação dos consumidores. O índice abaixo de 100 pontos indica uma percepção de insatisfação, enquanto acima de 100 (com limite de 200 pontos) indica o grau de satisfação em termos de seu emprego, renda e capacidade de consumo. O segundo ângulo é o da tendência do grau de satisfação e insatisfação, por meio das variações mensais do ICF total. O ICF é composto por sete itens. Quatro deles – emprego atual, renda atual, compra a prazo e nível de consumo atual - comparam a expectativa do consumidor em relação a igual período do ano passado. Os demais itens referem-se a perspectivas de melhoria profissional para os próximos seis meses, expectativas de consumo para os próximos três meses e avaliação do momento atual quanto à aquisição de bens duráveis. As informações são obtidas a partir de 500 questionários aplicados em Porto Velho . 

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS- Porto Velho-Abril de 2010

INDICE
FEVEREIRO
       MARÇO
      ABRIL
   VARIAÇÃO %
 
INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS
Emprego Atual
Perspectiva Profissional
Renda Atual
Acesso a Crédito
Nível de Consumo Atual
Perspectiva de Consumo
Momento para Duráveis
 
 
      162,0
 
    
      182,5
      184,5
      177,1
      173,7
        80,4
      152,5
      185,9
 
          154,49
 
         
           181,0
           167,3
           162,2
           163,9
             69,4
           157,8
           182,7
     
 
        143,3
 
 
        155,9
        173,8
        153,3
        141,5
          81,2
        145,0
       152,6
 
          -7,5
 
 
        -13,9
           3,9
          -5,5
        -13,7
          17,1
          -8,1
        -16,4

Fonte: Pesquisa Direta CNC/Fecomércio/RO
 
 
 
Emprego Atual: caí o nível satisfação das famílias em todas as faixas de renda
 
O Emprego Atual caiu em abril para 155,9 depois de ter atingido em março 181,0 pontos. Embora tenha caído o índice se situa bem acima da média Nacional de 132,4 pontos, indicando muito maior satisfação das famílias locais em relação ao restante do país.   No corte por faixa de renda, as famílias que percebem renda total acima de 10 salários mínimos que se encontravam num patamar muito elevado por isto mesmo tiveram uma queda maior de -13,7 pontos, porém, ainda com 149,8 se encontram com ¾ do máximo (200,0 pontos), o que não deixa de ser um patamar alto de satisfação das famílias. As famílias com renda inferior à 10 SM apresentam mesmo com queda um nível de 142,9 pontos. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) no primeiro trimestre Rondônia teve um saldo positivo de 8.275 novos empregos com o mês de março batendo todos os recordes históricos com a criação de mais 3.393 novos empregos. È natural que a geração de emprego cresça um pouco mais lenta depois de um pico assim e os empregos ofertados tendam a ser para as classes de renda abaixo de 10 salários mínimos.
 

Perspectiva Profissional: cresce a crença na melhoria profissional

Queda da intenção futura de consumo não impede aquecimento do mercado P.Velho  - Gente de Opinião
As famílias de Porto Velho demonstram um elevado grau de confiança de que terão uma melhoria profissional nos próximos seis meses tanto que o índice subiu de 167,3, em março, para 173,8 em abril.  Em todas as faixas de renda a perspectiva é otimista, embora a faixa de renda abaixo de 10 salários mínimos com 173,9 pontos esteja ligeiramente acima das famílias com renda acima de 10 SM (172,4). A perspectiva profissional, portanto, não somente é muito acima da nacional, que caiu de 131,4 pontos, em março, para 130,4, também variou no sentido inverso subindo 3,9%. 



Renda Atual: inflação continua a influir
 

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A percepção dos entrevistados sobre a renda atual novamente apresentou um quadro de queda de -5,5% influenciado, principalmente, pela inflação que influencia a satisfação não somente das famílias de Porto Velho, pois, fenômeno similar aconteceu com as famílias brasileiras em menor escala na medida em que o índice nacional caiu de 143,8 para 141,3, ou seja, 1,7%. No entanto o patamar de 153,3 pontos é ainda bem maior que o nacional e sua queda foi muito influenciada pelo fato de que as famílias de Porto Velho com mais de 10 SM subiram sua satisfação ao teto máximo de 200,0 pontos, em março, de forma que ao baixarem para 169,9 pontos, um patamar muito alto, influenciaram na baixa da média.

 

Acesso à crédito continuou a cair em todos os níveis 

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O acesso ao crédito caiu ainda mais no mês de abril de 163,9 pontos para 141,5 pontos mais ainda se situa ligeiramente acima dos 140,0 da média nacional. A pesquisa revelou que, apesar da queda acentuada, há um maior grau de satisfação por corte de renda com o acesso ao crédito por parte das famílias com renda acima de 10 salários mínimos que tiveram uma queda no acesso ao crédito de 197,8 pontos para 158,6 pontos que, como se observa, ainda é muito acima dos níveis nacionais. Para os de renda abaixo deste corte houve uma queda de 160,4 pontos para 140,3 pontos, ou seja, praticamente dentro da média nacional. 

Nível de Consumo Atual volta a subir 

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A percepção das famílias quanto ao consumo atual foi o indicador que apresentou o melhor desempenho positivo com um crescimento de 17,1% saindo do nível de 69,4% para 81,2 pontos revertendo a queda que havia tido em março. Aqui, mais uma vez, quanto ao corte de renda que os comportamentos foram divergentes. Enquanto caíram de 95,7 pontos para 65,5 pontos a percepção das famílias acima de 10 salários mínimos as abaixo elevaram significativamente de 66,7 pontos para 82,3 pontos. Este ítem, todavia, continua a ser o único item em que Porto Velho está abaixo dos 102,2 pontos do país e também possui uma avaliação negativa do consumo abaixo dos 100 pontos mesmo quando as perspectivas quanto ao emprego e à renda futura sejam positivas. 

Perspectiva de Consumo diminui sensivelmente

A intenção de consumo das famílias teve uma forte queda saindo 157,8 pontos, em março, para 145,0 pontos em abril, embora ainda acima dos 138,4 pontos nacionais. Aqui com relação aos dois cortes de renda com as famílias com renda acima de 10 salários mínimos tiveram uma queda de perspectiva muito maior (descendo de 187,0 em março para 131,0 em abril). As famílias com renda abaixo de 10 SM que tiveram em março 154,7 tiveram uma queda para 145,9 pontos. É um indicador de que as classes de menor renda tiveram, por questões como melhoria de salário e aspectos conjunturais, um abalo menor nas perspectivas de consumo que as classes de renda mais elevadas. 


Momento para os duráveis ainda permanece bom


Houve uma sensível redução da percepção das famílias de Porto Velho de que o momento é bom para a aquisição de bens duráveis. A percepção que era de 182,7 pontos em março teve uma queda de -16,5% resvalando para 152,6 pontos que é ainda muito acima ainda dos 133,3 pontos nacionais. A queda se explica em parte pelo fim das alíquotas reduzidas sobre o Imposto sobre Produtos Industrializados-IPI e a diminuição do acesso ao crédito, bem como as perspectivas inflacionárias com possibilidade de aumento da taxa de juros. Ainda assim a perspectiva de duráveis permanece num patamar alto se considerada a comparação com o restante do país.

Silvio Persivo/ Aristóteles Quintela   -   Fecomércio
E-mail:
spersivo@fecomercio-ro.com.br
afquintela@fecomercio-ro.com.br

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